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Sinopse Rainha Negra 2011
Mulheres de Oxum



Inúmeras imagens são refletidas por incontáveis espelhos ao seu redor. Nossa Rainha aguça a própria vaidade ao admirar-se por inteira. Oh, Rainha, Rainha da beleza, Rainha da beleza negra, não me canso de admirá-la! Ano após ano transforma-se em musa sendo eternizada pelos aplausos de seus admiradores e pela reverência de seus súditos. Seus espelhos também refletem seu espírito e mostram a força capaz de superar as adversidades sem perder a face feminina e sedutora. Em poucas palavras, nossa Rainha possui a essência da mulher brasileira.

Passam-se horas e mais horas entre sorrisos e olhares frente ao espelho, o tempo desliza por suas curvas e ela se faz indiferente, apesar de perceber pequenas alterações em sua imagem em relação à de ontem, além de saber que amanhã também estará diferente. É necessário revigorar o encanto de outrora para permanecer eterna. Nossa Rainha parte então rumo ao continente africano com o desejo de banhar-se nas fontes da deusa possuidora dos mais ricos encantos femininos: Oxum.

Nossa Rainha soberana chega a terras nigerianas fazendo referências a deusa. De frente ao rio de Oxum, ajoelha-se pondo sua face próxima ao espelho d’água para observar sua imagem refletida sobre as águas. Neste instante em sua mente as lembranças de cada momento vivido junto de seus admiradores, que por amor, simplesmente amor, reverenciam seu pavilhão.

Não é por banhar-se no rio de Oxum que nosso sentimento pela Rainha Negra aumentaria, nosso amor pela vossa majestade virou eterno. Oxum é a senhora dos desejos, mas é preciso saber realmente o que se procura para ter um pedido atendido. Se não desviar o olhar do espelho a imagem que vemos pode não refletir o que realmente somos ou o que queremos.

Ser bela é ser bela por inteira, caso contrário, tamanha beleza passará e não deixará marca alguma.

É a beleza, é o charme. A beleza de Oxum no Folclore, nas mulheres que passam pelas ruas da cidade cantando e dançando a atrair os olhares de todos.

São mulheres que possuem a mesma personalidade, símbolos da sensualidade, simplesmente festeiras. Exaltai Oxum, divindade de água doce, fascinante e cheia de encantos.

Sempre coberta por cobre e panos vistosos dourados como teu pavilhão, oh Rainha Negra!

São mulheres como milhares de mulheres trajadas de branco e ouro que partem em cortejo louvando Oxum pela Orla de Atalaia no dia da padroeira da capital sergipana e juntas ao bloco Afoxé Omo Oxum lutam pelos direitos femininos de igualdade racial.

São mulheres como mulheres que, também de branco, jogando água de cheiro, rodopiam com suas vassouras na tradicional lavagem das escadarias do Senhor do Bonfim, fazendo um misto de fé, devoção e folia.

São mulheres como mulheres a usar coroas enfeitadas com fitas multicoloridas. Mulheres fortes e elegantes a dançar a congada balançando seus vestidos frouxos e rodados nas batidas das caixas e tambores ao som das violas, sanfonas e pandeiros, carregando a felicidade estampada com seu largo sorriso e simpatia.

São mulheres descalças, ornamentadas por colares e pulseiras de sementes, usando longas saias de cetim e blusas de cores lisas a marcar o ritmo do carimbó.

São mulheres vestindo azul para o Menino Jesus e vermelho para São Benedito, oh mulher enaltecida, personagem principal na marujada!

São  mulheres que sonham com seu dia de princesa, ou quem sabe Rainha... Rainha do carnaval, afinal, a Rainha Negra também é uma mulher de Oxum.

Autores do Enredo:
Leonardo Augusto dos Santos e Ewerton Fintelman