PRINCIPAL    EQUIPE    LIVRO DE VISITAS    LINKS    ARQUIVO DE ATUALIZAÇÕES    ARQUIVO DE COLUNAS    CONTATO

E o Cacique Falou: eu... para sempre hei de amar

SINOPSE ENREDO 2013

E o Cacique Falou: eu... para sempre hei de amar

JUSTIFICATIVA

Mais uma vez, carnaval!

Para emoldurar essa grande festa, voaremos nas asas de uma águia soberana.

Retornando à luz dessa passarela, o estandarte imperiano celebra as raízes do samba paulistano. Exalta, através do homem simples, o seu maior tesouro. Seu brinquedo, a sua escola de fazer samba. Exalta também quem lutou pela valorização, afirmação e reconhecimento de toda arte e poesia carnavalesca criada em São Paulo.

Do Largo do Peixe à Sapucaí. Viva o samba matildense!

Viva o samba de São Paulo.

 

Salve a Vila Matilde!

Que fez o berço em azul e branco para o samba!

 

Salve Cacique!

Alberto Alves da Silva, "Seu Nenê" imortal!

 

SINOPSE

 

Eu...

Me visto de azul e branco para contar essa história,

Mesmo que tão distante no rolar do tempo.

Azul da cor do céu. Branco dessa paz que me invade.

Tomo-me de alegria, alço voo nas asas de uma águia soberana.

 

Voei. Cheguei.

Na terra da garoa. Plantei semente, finquei raiz.

Eu, menino mineiro, e cheio de esperanças lá na vila,

Das marchinhas, mascarados, foliões. Pelas ruas, folia!

Olhei. Vislumbrei.

Tuas glórias, que com ousadia encerro na memória.

O aroma de café, o charme. Ficou a saudade.

Nos trilhos, progresso, o bonde leva sua história,

Gigante de metal. Indústria e Comércio.

Moderna. Das artes, ousada, delirante, pioneira.

Mãe apaixonada que acolheu. Coração de mil brasis.

Do paulistano que não se deixa comandar, comanda!

 

Para sempre...

Zona Leste somos nós.

A cadência, o batuque.

Culugundum. Lá na Vila Matilde, o lirismo e a própria poesia.

Lutando com galhardia, o samba fez escola.

A bênção majestade, tua águia altaneira, espírito santo do samba.

O som do pandeiro inspirou. Paulistinha criou os primeiros versos.

Soberano aos olhos da águia. Azul e branco é o manto.

Zona leste somos nós!

 

Quem te fez sambar. Quem te fez cantar.

Imortal. Sambista, batuqueiro, baluarte.

É o poeta.  Admirando a beleza do amanhecer.

Deslumbrante. O samba n’avenida, veste a camisa.

É Realeza. Baiana festeira no reinado da folia.

Exaltando um feito sensacional. É carnaval, carnaval, carnaval.

Para deslumbrar a passarela. Abram alas, a mocidade chegou!

Traz rosas para a moça na janela. Rosas para o seu amor, a mais linda flor!

 

Hei de te amar!

Pois sou um apaixonado por sua história. Toda coberta de glórias!

E ao te exaltar, só posso dizer: É campeã das campeãs!

Na "Casa Grande e Senzala". Revolução.

O "Grito do Ipiranga". Ratificou seu amor por essa pátria.

Tantos anos. De brilhante trajetória, que eu guardo na memória.

"Chica da Silva", a nobreza de diamantina e sua beleza.

"Monteiro Lobato", seu mundo fascinante. O encanto da criança.

Com o "Recife antigo" pulsando forte no coração. Que emoção!

Paulicéia de tantas glórias. "Paulicéia desvairada", arte e cultura.

Quantas recordações. Meu quilombo. Aldeia. Subúrbio.

 "Onde me deram a coroa de rei".

 

Voei, voei, voei.

No dia em que o cacique rodou a baiana,

Não houve fronteiras para o samba matildense.

Vitorioso e altaneiro. Sambando na maravilha. Rio de Janeiro.

Ai ó. O turuna vestiu camisa, paletó e gravata.

Macobeba quis alienar!

O negro quis falar mais alto, poder chegar ao planalto.

E para orgulho da nossa nação "Corinthians-Brasil".

Está tudo aí! Do Largo do Peixe à Sapucaí!

Triunfante. Minha querida.

Nenê de Vila Matilde.

 

Autor: Juninho Granzoto