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Os Grandes Impérios (Império da Praça Seca - 2012)
Os Grandes Impérios (Império da Praça Seca - 2012)

E num breve lapso de alegria e euforia, fecho os meus olhos e a magia me leva até o portão dourado da imaginação, encanto e fascinação, a doce ilusão do carnaval hoje guia o meu Império da Praça Seca a recordar e visitar esses tão nobres Impérios que com suas histórias pragmáticas criaram, mudaram e formaram toda a história do universo que conhecemos hoje. Sinto a brisa leve da noite a me guiar e assim começo minha longa e alucinante viagem aos grandes Impérios...
Uma arquitetura grandiosa e majestosa aporta em meus olhos, vejo samurais com suas espadas bem lustradas em uma exibição de fogo.

Um império tão grandioso que deu início a construção da grande monumental. Fogo! Dragões chineses completam esse cenário de encanto aos meus olhos. Ao longe avisto um império que lutou e combateu por fim com as práticas do feudalismo trazendo o Japão à modernidade, que com luta planejou as tomada de poder e território não encontrando resistência na Imperiosa China.

Em uma jangada chego ao Rio Nilo, me deparo com grupos hamíticos, semitas e núbios, estou no período neolítico aportando no Baixo Egito, que com o tempo foi unificado com o Alto Egito pelo poderoso Faraó, uma divindade encarnada, descendente do Deus-sol Amon-Rá e, ao mesmo tempo, encarnação de Hórus, o deus-falcão. Majestosas pirâmides são fortificadas por agricultores que durante a cheia do Nilo prestam serviços em honra ao Faraó, sempre coordenados por soldados egípcios.

Vejo um cenário de luta por tomada de poder: o Império Macedônico, guiado por Alexandre O Grande está em ascensão, e busca conquistar o a fortaleza Grega em terras de nobre arquitetura no seio da Grécia. Na verdade nunca existiu um Império Grego, pois a Grécia era fragmentada politicamente e socialmente em independentes cidades-estado o que existia era uma cultura de pensamentos gregos que os unificavam.

Ouço um badalar de sinos, meus olhos contemplam cardeais e suas mitras enormes, uma comitiva de senhores passa em Constantinopla, cidade essa que se tornou uma salva guarda aos conflitos que marcaram o início da Idade Média. Com o passar do tempo, o Império Bizantino alcançou seu esplendor graças à sua prosperidade econômica e seu governo centralizado. Tudo que se desejou o Império Romano que antecedeu sua criação e perpetuação.
Ingleses à vista!!!

Vejo uma cavalaria elegante, marchando rumo ao outro lado de onde eu estava em direção ao mar onde a indústria naval se desenvolvia a todo vapor. O maior Império que já se viu, diziam até que o sol nunca sumia, devido à sua extensão ao redor do mundo, isso garantia sempre que estivesse brilhando em pelo menos um de seus inúmeros territórios.

Chegando à Arábia sou recepcionado por escravos, seus preceitos nos pedem vestimentas mais pesadas, mulheres vestidas até a cabeça, só consigo sentir seus aromas de sândalo a exalar. Decoração sofisticada, tapetes persas completam o visual rústico do ambiente do templo.
"Na terra de Osman, participo da cerimônia Sublime Porta", onde sou recebido pelo expressivo sultão turco que nos oferece uma mesa farta com o que há de melhor na culinária local. Vinho para brindar!
A caminho das índias, avisto um grande Buda e seus discípulos, Um Império identificado por sua riqueza comercial e cultural de grande parte da sua longa história. Quatro grandes . religiõesse destacaram aqui, Hinduísmo, Budismo, Jainismo e Sikhismo.

Ouço o rufar de tambores... Sinto-me mergulhado na envolvente e instigante magia dos deuses e semideuses iorubas. Nesse Império situado na África encontro crença, fé, muita organização e prosperidade. Sou apresentado ao Imperador em Gana, famoso por sua riqueza é intitulado de "senhor de ouro" reinava no Império Oyo Yorubá.

Chego à America do sul, acordo no "umbigo do mundo", em Cuzco em plena morada do Sol e sou recebido por Manco Capac que me apresenta o seu Império Inca. Construções aos cultos religiosos, sua vida era dedicada à produção tal quais os Astecas, que viviam de forma um pouco diferente, onde em seus rituais religiosos tinham como costume o sacrifício humano aos Deuses.

Nas florestas tropicais da Guatemala muito verde, muitas flores e os nobres Maias. Um povo com pensamento e atitudes a frente do seu tempo, construíram grandes cidades, templos e pirâmides. População volumosa, área rural produtiva, até hoje o grande mistério é saber o porquê essa civilização ruiu.

Chegando ao nosso Brasil um movimento de aristocratas e ricos comerciantes separatistas descontentes com a situação econômica da então colônia estimula D Pedro a declarar nossa independência, transformando assim em Imperador do Brasil. Pronto! Dessa forma nosso país criou formas, cores, estilos e se desenvolveu.

Nessa terra de alegria ouço um surdo a marcar, a mulata a balançar, um requebrado a desenvolver. Ele que foi expulso do Olimpo morada dos Deuses, por sua personalidade zombeteira, chega ao Brasil e aqui no Rio de Janeiro faz o seu reinado. Surge o Reinado de Momo, onde a única ordem é ser feliz, soltar-se, libertar-se e deixar a alegria tomar conta do coração.

"Como toda a história o samba também possui seus Impérios."

Com toda minha sabedoria vi fundar mais um de vários impérios. O G.R.E.S. Império Serrano que tem uma história de amor que se confunde com a própria história da Serrinha. Sua trajetória é coroada por incríveis sambas, verdadeiros clássicos do samba de enredo.

Encantei-me com o "Império da Tijuca" uma união das antigas escolas Recreio da Mocidade e Estrela da Tijuca.Vi um novo Império ergue seus fortes e solidificados alicerces, com grande maestria e perseverança pude contemplar uma realização, e hoje vejo esses muros abrilhantarem com desfiles e cantigos, passarem e fascinar muitos olhares. Esse novo "Império" hoje bate em muitos corações e claro muitas lagrimas descem de varios desses olhares encantados, o G.R.E.S. Império da Praça Seca ,também surge como esses grandes pilares da História Universal...

Texto: Roberto Vilaronga e Marcio Puluker

Carnavalescos: Marcio Puluker e Denis Colares