Dzi Croquettes - A Ousada Arte do Ser
SINOPSE ENREDO
2014
Dzi Croquettes
- A Ousada Arte do Ser
"Roda mundo, roda
gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante..."
Até que parou, ou parecia ter parado.
A vida marchava sob os olhares patentes dos dragões
No entanto permanecia estagnada
Foi presa e torturada
Com as artes, companheiras de luta
Que mesmo sob a sova
Guardavam forças em seus peitos para dizer
"Eu quero seguir vivendo
Eu vou...
Porque não..."
"Não há nada que você possa fazer que não
possa ser feito
Ninguém que você possa salvar que não possa ser
salvo
Nada que você possa fazer, mas você pode aprender a estar
no tempo certo
É fácil
Tudo que você precisa é de amor..."
E através dele pessoas se uniram, pregando a paz
Cultivando a mudança, cantando e vestindo a "contracultura".
Seus hinos ecoaram, suas sementes se espalharam
E, aos poucos, em meio ao campo minado, um jardim brotou
Flores de ternura foram colhidas por homens de bem.
Colorindo suas vidas, buscavam resgatar o sorriso de sua gente!
Somos gente!
E gente é feita de carne, assim como croquetes.
Presentes em cada esquina da boemia carioca
"Enquanto a cidade dorme
A Lapa fica acordada
Acalentando quem vive de madrugada..."
E abrigando os sonhos de uma família diferente
Que buscava a liberdade
Tendo como arma a arte
A ousada arte do ser.
Encenavam a revolução sem palavras de ordem
Estava no gozo do besteirol,
No sentimento da dança e no brilho da purpurina
O estandarte do protesto
Era preciso se despir do preconceito
Para mostrar que o corpo da verdade era peludo e musculoso
E dizer na cara da sociedade:
"Tá boa, Santa?"
"Ouvi tua voz murmurando
São dois pra lá
Dois pra cá..."
Nessa levada, ela se ampliou
O teatro já brilhava como paetê
O reluzir ofuscou a visão dos "milicos", que até
então não se importavam
Já era tarde! O brilho se espalhou pelos céus.
Vai tentar me proibir?
"Disso já to cansada, baby
Adeus Brasil, oh pátria amada
Que eu tô com o pé na estrada..."
O mundo é de quem quer conquista-lo
E por ele bateram asas
Sucesso na Europa
Espetáculo da Broadway? Por que não?
Porque o palco deles era verde e amarelo
Mas os tempos não eram os mesmos,
Se o amor não se alterou, a família era outra
A cortina se fechava...
"Abra as suas asas, solte suas feras
Caia na gandaia,
Entre nessa festa..."
Pois bicha não morre
Vira purpurina, a mesma da revolução
Que passou a cintilar no corpo de muita gente
Que brilhou depois que o tempo voltou a girar
E ela permanece no ar, tenha certeza
Mais grudenta que "Tieti"
Não sou dama, nem valente, eu sou "Dzi Croquette".
Guilherme Estevão