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Marta do Brasil – Chorar no começo para sorrir no fim (Inocentes de Belford Roxo - 2020)
Marta do Brasil – Chorar no começo para sorrir no fim (Inocentes de Belford Roxo - 2020)

A Inocentes de Belford Roxo quer mostrar ao mundo a força da mulher Brasileira, que através de atitudes positivas tornam seus sonhos em realidade, não importando a origem ou classe social e sim a coragem, talento e persistência.

Para exemplificar essas mulheres, a agremiação de Belford Roxo homenageará, no próximo carnaval, a maior jogadora de futebol feminino do mundo, Marta da Silva, uma mulher empoderada, que é exemplo para todo planeta.

Tendo como arma suas chuteiras, lutou contra a pobreza, o preconceito, as adversidades climáticas e tornou-se a maior artilheira de todas as copas de futebol do mundo.

No Brasil jogou nos seguintes clubes: Centro Sportivo Alagoano (CSA), Vasco da Gama, Santa Cruz, Santos e Seleção Brasileira; na Suécia: Umea IK, Tyresö FF e FC Rosengard; e nos Estados Unidos da América: Los Angeles Sol, FC Gold Pride, Western New York Flash e Orlando Pride.

A escola de Belford Roxo traz com seu enredo: Marta do Brasil – Chorar no começo para sorrir no fim, uma síntese da história de uma brasileira vitoriosa.

Sinopse

“Agora chegou a vez, vou cantar
Mulher brasileira em primeiro lugar”
(Benito de Paula)

A Inocentes de Belford Roxo faz uma exaltação à mulher brasileira que é guerreira, talentosa, determinada que não tem medo de enfrentar as adversidades da vida, para exercer sua vocação e assim, conquistar o seu pão de cada dia.
 
Essa mulher é aquela que tem forças e voz firme, mas sem perder sua feminilidade e carinho por seu berço de origem, seja nas cidades, nos becos, favelas ou no sertão.

A agremiação Belforroxense para o Carnaval de 2020 exemplifica essas rainhas, através da maior jogadora de futebol do mundo, a brasileira Marta da Silva, contando uma síntese de sua trajetória vitoriosa e inspiradora para as mulheres do mundo todo.

A menina que nasceu no dia dezenove de fevereiro, teve a infância pobre, carroçou, vendeu picolé, enfrentou a seca, a poeira, a discriminação por ser mulher e jogar futebol, um esporte predominantemente masculino.

Entre jogos descalços e gols amadores, a jogadora se manteve forte diante de todos os empecilhos que eram impostos, mas jamais perdeu a chama da vaidade feminina.
 
Manteve a fé, a esperança de dias melhores usando sua habilidade com a bola no pé. Ela venceu e encantou o mundo, sempre se lembrando de sua origem, que foi um dos alicerces para transformá-la em estrela do futebol.

“Eu tenho que voltar
Eu tenho que voltar
Tenho que ver ainda o meu sertão
Que um dia eu deixei por lá.”
(Gilberto Gil)

Com muita coragem e um par de chuteiras na bagagem, a menina deixou para trás as estradas rachadas de Dois Riachos levando a saudade dos folguedos, festas juninas, festa dos padroeiros Nossa Senhora da Saúde e São Sebastião.

No coração a certeza de um dia voltar vencedora e a lembrança das palavras de amor de sua maior incentivadora e cúmplice, a mãe Dona Tereza, que sempre mostrou ter orgulho da filha e muitas vezes não permitiu que ela se abatesse diante das barreiras da discriminação. Para essa mãe carinhosa, “o lugar da mulher é onde ela sonhar”.

“Rio quarenta graus
Cidade maravilha
Purgatório da beleza e do caos.”
(Fernanda Abreu)

Marta chega ao Rio de Janeiro, numa aventura de tudo ou nada pela vida. Passou com louvor na peneira do Vasco da Gama e virou profissional. E fez mais: matou no peito a bola do preconceito. “Futebol é coisa para mulher, sim, senhor!”
 
Nas andanças pelo Rio, nas brincadeiras e peladas de futebol entre as amigas, conheceu os campos de várzea em Belford Roxo. E numa noite enluarada ao lado das companheiras de equipe, entre elas Carol Carioca e Renata Costa, brincou, cantou e sambou na quadra da Inocentes de Belford Roxo, mostrando ser gente da gente.

O tempo passou e a cada partida a torcida vibrava com os gols de Marta. E assim, as portas internacionais se abriram para a heroína. Após algumas transações internas o time cruzmaltino negociou seu passe para Umea IK da Suécia.

Acostumada com o sol do sertão e o verão carioca, ao desembarcar no solo sueco, nossa rainha se depara com o frio e com a neve, mas o clima europeu não impediu que a luz do seu talento brilhasse nos gramados. Por esse clube, tornou-se mais conhecida na Europa e foi se destacando cada vez mais até ser considerada a melhor do mundo.

“Não é sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu
É sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu
É sobre ser abrigo e também ter morada em outros corações.”
(Ana Vilela)

Nos gramados da Suécia, dos Estados Unidos, nos jogos pelo Santos e pelo mundo afora Marta foi escrevendo suas glórias pelas linhas do tempo.

Maior artilheira de todas as copas do mundo, orgulho de uma nação é o grande trunfo para o carnaval campeão que a Inocentes traz para avenida.

Marta é o ouro do Brasil que vem trazer alegria, colocando a defesa dos adversários aos seus pés. Deixou como mensagem para as jovens jogadoras na ultima copa do mundo, que é importante lutar por melhores condições para o futebol feminino, “Chorar no começo para sorrir no fim”.
 
As marcas de seus pés estão na Calçada da Fama, no Maracanã. Detentora por seis vezes do prêmio Bola de Ouro da FIFA. Hoje ela é Embaixadora da ONU Mulheres, entidade que promove a igualdade de gênero e o empoderamento feminino.

Nossa campeã vem sambar na avenida com a gente, celebrando o seu aniversário. E a Marquês de Sapucaí vai vibrar quando ela passar.

Camisa 10, deusa, rainha, exemplo de mulher iluminada, nordestina, guerreira, receba dos braços da Inocentes de Belford Roxo, a mais sincera gratidão por tudo que você representa para o Brasil.

Carnavalesco: Jorge Caribé
Texto: Avelino Ribeiro e Jeferson Pedro