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O Achamento do Novo Mundo

SINOPSE ENREDO 2014

O Achamento do Novo Mundo

Justificativa

Abre-se o livro lúdico da imaginação, inspirando novos sons, ecoando nos céus da terra do samba e do carnaval. Os versos contados nas páginas da história se contradizem na festa de Momo, que abençoa o delírio brasileiro de inventar e reinventar sua origem.

Nossa viagem fantástica pelos caminhos imaginários do carnaval leva-nos ao verão escaldante das terras de Pindorama: um paraíso de beleza e pureza infindas, inimaginável até para o mais louco trovador. Lá pelos idos de 1500, Jaci e Guaraci bailavam pelos ares sobre a terra de madeira vermelha, e enamorados, vem se banhar nas águas do Grande Rio que corta a gigantesca terra verde-floresta.

Ao pousar sobre as infinitas águas, o Grande Rio espreguiçou-se em um mar de calmaria e tranquilidade para ver o amor dos dois deuses do dia e da noite. A serenidade perene do rio se espalhou para além dos limites da gigantesca Pindorama e carregou consigo lindas canoas, remadas pelos filhos de Tupã, guiando os nativos ao desconhecido.

Contemplando o bailar de Jaci e Guaraci, os Tupis são guiados pelo infinito azul até os seus limites, cortejados pelo amor do Sol e da Lua, encantados com o ritual nos céus. Após muito tempo flutuando pelo espelho d?agua, as treze canoas aportam numa terra estranha, desconhecida até mesmo pelo cacique e pelo pajé, senhores dos segredos ancestrais.

Os nativos de Pindorama desembarcam numa terra de pessoas de pele clara e verdades escondidas debaixo de vestes extravagantes que lhes embrulhavam como uma casca de fruta. A terra de hábitos estranhos e ocas de pedra arregala os olhos dos "embaixadores de Tupã", mas sem perder tempo, esperto que só, o Pajé envolve os nativos da nova terra ofertando seus presentes trazidos nas canoas encantadas. E a arte do Tupis encanta os nativos, que penduram nos pescoços os colares e reverenciavam a nobreza da alma dos navegantes!

Ao contrário do que se possa imaginar, os bravos navegantes de Pindorama nada usurparam dos pobres nativos, inocentes, perdidos em seus "não me toques" e "rococós". Os Tupis, de alma altiva e brilhante, contaram suas histórias aos nativos em volta de uma fogueira no centro das ocas de pedra, lendas de bravura e amor, de sabedoria e respeito à terra e aos animais, aos espíritos da floresta e aos antepassados.

Num rito de celebração, os mestres pintaram nos corpos dos nativos seus temas e símbolos, abençoando aquela gente e aquela terra. E pintados, sem as vestes que lhe cobriam como frutas, se fizeram iguais ao filhos de Tupã, numa só tribo. Sem preconceitos, felizes, dançando desde o alvorecer de Guaraci até o bailar de Jaci e os espíritos brilhantes dos guerreiros que piscavam nos céus do novo mundo.

E uma pajelança se fez, e o amor de Pindorama se espalhou pelos corações, numa festa pintada em vermelho urucum, de cantos de pássaros e beleza incomparável. Uma grande Taba foi erguida à Tupã e o deus maior tomou assento nos corações dos nativos, comemorando o dia do "achamento" do novo-velho-mundo.

E essa história foi contada de geração para geração, mantendo viva a lenda dos filhos de Tupã que atravessaram o infinito azul, guiados pelo amor de Jaci e Guaraci até o os limites da imaginação.