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As Cartas não Mentem Jamais (União do Parque Curicica - 2012)
As Cartas não Mentem Jamais (União do Parque Curicica - 2012)

de Felipe Herzog, Diogo Villa Maior, e Raquel Winter

SINOPSE

A pergunta foi feita. Embaralhe. Agora corte. Escolha suas cartas. Prepare-se para a verdade. As cartas não mentem jamais! Jovem e guerreira, a União do Parque Curicica, unida por um sonho comum, pergunta à cigana: "quando vai chegar a hora de gritar 'É Campeã'?". O destino arma-se a sua frente e lança o desafio: "és mesmo capaz
de fazer merecer seu desejo"? Bravamente a comunidade se agarra a seu padroeiro São Jorge para que ele abra as portas da avenida e abençoe todos os foliões que agora desfilarão em busca do tão almejado sonho. Sorte ou desventura? O jogo está na mesa.

Ávida por revelar a desafiadora profecia, a Escola pergunta: "de onde vieram ascartas? De quando vieram? Pra onde vão nos levar?" Chineses, egípcios, indianos, árabes... viajantes. Cada povo com seu baralho, seus naipes, sua cultura. Sagrado oráculo, profana sedução. As caravanas difundiram as cartas ou as cartas difundiram as
caravanas mundo afora? Ninguém sabe ao certo. Só se sabe que trilharam misteriosas vias, cruzaram terras e mares, rasgando séculos e fronteiras, tendo fundado assim, entre diversos baralhos, o poderoso jogo dos caminhos - o Tarot - traçando o elo entre o passado, presente e futuro.

O mundo não pára de avançar e com ele a busca pelo poder, prazer e diversão. E em terras européias uma pista foi dada. Às ordens do rei francês Carlos IV surgiram verdadeiras obras de arte sobre cartas: o clero se tornou Copas; a nobreza e a burguesia, Ouros; o exército, Espadas; o povo, Paus; loucos e artistas, Curingas. E neste reino de pintores e profetas verdadeiros, os verdadeiros charlatões ganham as ruas, mas a sabedoria e a voz do povo continuam sendo a voz de Deus.

Mas o mistério continua. Só resta segurar firme o amuleto! A roda da fortuna é quem escolhe os agraciados e os desafortunados. Quem tem fé e é guerreiro pode apostar que está protegido e sabe que o revés tem que ser carta fora do baralho.

Façam suas apostas! Mas lembrem-se: para alguém ganhar, alguém tem que perder.

Quem vai pagar pra ver? "O jogo é um corpo-a-corpo com o destino", dizem por aí. O amor e a ambição enfraquecem com a idade, mas o jogo floresce quando tudo o mais passa. Os senhores e senhoras jogam seu truco na praça, onde a jogatina dosmalandros domina as mesas de botequim. Nos grandes salões o verde cintilante das
mesas de carteado e as infinitas luzes das recheadas máquinas tornam-se os principais conselheiros. Quem consegue domar "os encantos das sereias das cartas" se diverte e não fica inerte. Atenção: o jogo é reluzente como o ouro que seduz, mas pode cegar.
É de criança que se aprende a jogar, perder e ganhar. O real e o fantástico se misturam e, na seriedade da brincadeira, só é herói quem compete com respeito e lealdade. "Qual é o seu super poder? Eu hoje represento a fantasia!" A sorte já parece estar mais próxima. Nas ruas, a mágica preenche o dia-dia de alegria, que arrepia e surpreende. Das mangas saem cartas e da cartola, encantamento. Agora está claro,
não dá mais para esconder! Abracadabra! O grande sonho agora nasce de onde antes brotava coelho. E o sorriso no emocionado olhar do folião confirma: "Sou um "Ás" do carteado, é das cartas o meu guia, sou Curicica e jogo em União. A profecia estava certa - as cartas não mentem. Chegou a hora de gritar É CAMPEÃO!".