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O Corsário - Um Nobre Sequestrador em Águas Brasileiras
SINOPSE ENREDO 2013

O Corsário - Um Nobre Sequestrador em Águas Brasileiras

JUSTIFICATIVA:

Buscando seu segundo título do carnaval virtual, os Camarões dos Pampas mais uma vez encontram em heroicos feitos marítimos e em uma composição magistral de João Bosco e Aldir Blanc sua inspiração.

René Duguay-Trouin foi um lendário aventureiro e o mais famoso corsário do Rei de França Luís XIV em uma época onde o Rei Sol se viu ante a uma coalizão de oito países fazendo a marinha francesa acumular derrotas e seu corso, fracassos entre o final do século XVII e início do século XVIII.

Entre raras vitórias contra as poderosas frotas de Espanha, Holanda e Inglaterra, o mais famoso feito de René Duguay-Trouinfoi o épico sequestro da cidade do Rio de Janeiro em 1711. Cerca de um ano antes, seu compatriota francês François Duclerc tentou invadir o Rio de Janeiro e caiu ante o exército português. Segundo os franceses, Duclerc teria sido injustamente assassinado pelos portugueses, o que gerou um sentimento de revolta no Rei Luis XIV.

Com habilidade e perícia invejáveis, René Duguay-Trouin foi o nome escolhido pelo rei a chefiar a nova missão. Ele liderou uma invasão à Baía de Guanabara com uma frota de dezessete navios e cinco mil homens, levando à rendição o então governador da cidade Francisco Castro de Morais. Levou de volta a seu rei um lucro de noventa e dois por cento da missão e a vingança pela morte de Duclerc.

Em seu retorno a França, René foi saudado como um verdadeiro herói. Além de salvar as finanças francesas com os lucros da invasão em seu feito imortal, ele mostrou a toda a Europa o poderio da marinha francesa. Do Rei Luis XIV, ele recebeu o título de almirante, mas da história, restou a ele apenas o esquecimento.

Assim, ao som de "O Corsário", os Camarões dos Pampas remontam um mundo de aventuras e desventuras e convidam René Duguay-Trouin, o lendário sequestrador do Rio de Janeiro, a reviver suas batalhas pela honra e glória do Rei de França, Luis XIV.

 

SINOPSE:

 

Paris, 1720         

"Meu coração tropical
Está coberto de neve, mas
Ferve em seu cofre gelado
E a voz vibra e a mão escreve: Mar

Bendita a lâmina grave
Que fere a parede e traz
As febres loucas e breves
Que mancham o silêncio e o cais"

Espero que aqueles que a partir de agora lerem essas memórias possam entender que o homem é tudo que a natureza construiu. Entendam que todo o perigo que passei fez nascer em mim essa condição de um guerreiro constante. Concordo que minha inclinação desde cedo foi dada para a guerra, sempre sonhei em ouvir o som dos tambores, pífaros e salva de tiros. Formei essa imagem diversas vezes até ter a chance de viver essa alegria marcial. Confesso que a sensação de perigo constante causou em mim revoluções estranhas, algumas vezes, muitas vezes, a eterna busca pela glória e honra me fizeram recuperar a razão e seguir adiante. Espero que vocês entendam que não são apenas as memórias de um homem que conhecerão, são lembranças de um soldado a serviço de seu Rei.

"Roseirais! Nova Granada de Espanha!
Por você, eu, teu corsário preso,
Vou partir a geleira azul da solidão
E buscar a mão do mar

Me arrastar até o mar,
Procurar o mar
Mesmo que eu mande em garrafas
Mensagens por todo o mar"

Lembranças de aventuras, espada em punho por minha bandeira. Fui destinado a singrar os mares por um estado ferido pela lâmina da injustiça contra a palavra de Deus, a tais hereges o Rei Sol jamais silenciou. Mesmo o coração abraçado à solidão das derrotas, parti o azul do mar em glória e honra a França. Canhões riscaram os ares destinados a arrastar inimigos às profundezas do caminho inglório que a eles foi escolhido. Assim o traço de Deus me conduziu rumo a mais gloriosa das missões: navegar ao inferno tropical e fazer de cada légua vencida, uma vingança mais prazerosa. Valer cada palmo da maldita terra, seu peso em ouro e prata e pela palavra de cada nativo a história se espalhar entre mensagens por todo o mar.

"Meu coração tropical
Partirá esse gelo e irá
Com as garrafas de náufragos e as rosas
Partindo o ar"

Sei que o tempo pode me esquecer, os homens que caminham sobre essa terra não mais me reconhecerem, mas que os mares jamais me esquecerão, disso eu tenho certeza. Que a poesia de uma canção transpareça um pouco de uma época mágica e inexplicável: versos formados por sonhos e epopeias de quem um dia será somente história. E sei que desse chão, jamais nascerão palavras que poderão descrevê-las, pois só puderam ser vividas. Minhas aventuras em honra e glória pelo Rei de França não terminaram por aí, mas o resto da história fica para uma próxima vez. Acho que já temos um bom material por ora.

Autores: Alan Dias e Yuri Aguiar