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SINOPSE ENREDO 2009
Ara Ayé - O Sonho de Olodumaré
Autor
lmperial
Um dia as nuvens se paralisaram por todo o órun (céu) e os ventos cessaram.
Yansã, a rainha dos ventos e
tempestades, caíra em sono profundo e fizera do ayé (terra) seu
refúgio. Adormecida, o mundo passou a sofrer grandiosas
calamidades. Contra o físico humano a sequidão das terras.
Contra o espírito humano a sequidão da alma e a cegueira capaz
de lançar a discórdia entre os iguais. Com Yansã desaparecida,
os quiúmbas (espíritos atrasados e possessivos) passaram a
assediar os homens que praticaram assim as mais insólitas
chacinas e os mais inverossímeis pecados. Era o tempo de larogum
- confusão!
Diante da barbárie, do solo africano tão flagelado e violentado pedidos de clemência, de renovação subiram às alturas, alcançando o conhecimento do supremo criador Olodumaré. Ciente de todas as mazelas sobre o planeta, o supremo criador convocou todos seus filhos e, em torno da grande árvore da vida (Irôko), realizou-se o concílio dos deuses. Sem palavras, cada um dos Orixás soube que havia chegado o tempo de aprender e ensinar.
Desta forma, por todo ayé, o axé dos orixás começou a se manifestar. Sob o grande eclipse movido por Ogum, enormes transformações foram se sucedendo. Armas se tornaram pólvoras, pilhas de pedras com balanças julgavam os injustos sob o poder de Xangô, os mares de Yemanjá em grande revolta devolveram aos Homens tudo aquilo que um dia foi tomado deles. As águas doces, correntes pelos rios e veios da terra, tornaram-se sanguíneos com a manifestação de Oxum. Os animais invadiram as selvas de pedra com o grito de guerra de Obá. Com o poder de Ossain, as árvores ganharam vida e devastaram cidades. Obaluayé, batendo seus pés no chão, ergueu uma grande nuvem de poeira que propagou doenças que dizimaram muitos. A lição aos Homens deveria ser dolorida.
Enquanto os grandes cataclismos reeducavam a humanidade, Exu, o orixá mensageiro, buscava o paradeiro da grande rainha. Com o axé de seu ogó, descobriu onde adormecia Yansã que libertada de seu sono pôde entender que tudo o que havia ocorrido havia sido premeditado por Ifá, o destino. Recebendo novos desígnios de Olodumaré, Yansã retornou ao ayé e dançando expulsou os quiúmbas, libertando o espírito dos Homens.
Por fim, Oxalá desfez o grande eclipse e o sol da vida rebrilhou pelos horizontes da terra sem fim. Das alturas, grandes trombas d´água lavavam e preparavam a terra para o nascimento de uma nova humanidade. Eram as águas de Oxalá! Sob o brilho solar, desenhou-se então um novo elo entre o órun e o ayé, entre criador e criatura, entre os Homens e Olodumaré. Era o arco-íris de Oxumaré que, tal qual uma serpente multicor, riscava o ar. Por fim, numa grande manifestação de amor e sabedoria, o supremo criador fecundou os mares e, do ventre de Yemanjá, uma nova humanidade nasceu. Era um ser humano muito mais humano. Eram seres com valores como amor, respeito e compaixão extremamente aflorados. Era ara ayé (humanidade) o sonho de Olodumaré.
O destino então se cumpriu.
Os caminhos foram abertos e o basta foi dado!
ALAFIA, BRASIL!!!
ALAFIA, MUNDO!!!!
ALAFIA, BANDEIRANTE DA FOLIA!!!
* Alafia = caminhos abertos
Diante da barbárie, do solo africano tão flagelado e violentado pedidos de clemência, de renovação subiram às alturas, alcançando o conhecimento do supremo criador Olodumaré. Ciente de todas as mazelas sobre o planeta, o supremo criador convocou todos seus filhos e, em torno da grande árvore da vida (Irôko), realizou-se o concílio dos deuses. Sem palavras, cada um dos Orixás soube que havia chegado o tempo de aprender e ensinar.
Desta forma, por todo ayé, o axé dos orixás começou a se manifestar. Sob o grande eclipse movido por Ogum, enormes transformações foram se sucedendo. Armas se tornaram pólvoras, pilhas de pedras com balanças julgavam os injustos sob o poder de Xangô, os mares de Yemanjá em grande revolta devolveram aos Homens tudo aquilo que um dia foi tomado deles. As águas doces, correntes pelos rios e veios da terra, tornaram-se sanguíneos com a manifestação de Oxum. Os animais invadiram as selvas de pedra com o grito de guerra de Obá. Com o poder de Ossain, as árvores ganharam vida e devastaram cidades. Obaluayé, batendo seus pés no chão, ergueu uma grande nuvem de poeira que propagou doenças que dizimaram muitos. A lição aos Homens deveria ser dolorida.
Enquanto os grandes cataclismos reeducavam a humanidade, Exu, o orixá mensageiro, buscava o paradeiro da grande rainha. Com o axé de seu ogó, descobriu onde adormecia Yansã que libertada de seu sono pôde entender que tudo o que havia ocorrido havia sido premeditado por Ifá, o destino. Recebendo novos desígnios de Olodumaré, Yansã retornou ao ayé e dançando expulsou os quiúmbas, libertando o espírito dos Homens.
Por fim, Oxalá desfez o grande eclipse e o sol da vida rebrilhou pelos horizontes da terra sem fim. Das alturas, grandes trombas d´água lavavam e preparavam a terra para o nascimento de uma nova humanidade. Eram as águas de Oxalá! Sob o brilho solar, desenhou-se então um novo elo entre o órun e o ayé, entre criador e criatura, entre os Homens e Olodumaré. Era o arco-íris de Oxumaré que, tal qual uma serpente multicor, riscava o ar. Por fim, numa grande manifestação de amor e sabedoria, o supremo criador fecundou os mares e, do ventre de Yemanjá, uma nova humanidade nasceu. Era um ser humano muito mais humano. Eram seres com valores como amor, respeito e compaixão extremamente aflorados. Era ara ayé (humanidade) o sonho de Olodumaré.
O destino então se cumpriu.
Os caminhos foram abertos e o basta foi dado!
ALAFIA, BRASIL!!!
ALAFIA, MUNDO!!!!
ALAFIA, BANDEIRANTE DA FOLIA!!!
* Alafia = caminhos abertos