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Irajá, de Cabo a Rabo (Corações Unidos do Amarelinho - 2014)
Irajá, de Cabo a Rabo (Corações Unidos do Amarelinho - 2014)

A Região de Irajá, com seus atuais oito bairros, teve origem na mais extensa das sesmarias doadas pela Coroa Portuguesa aos primeiros colonizadores.

Como quase todo o território do município do Rio de Janeiro, era habitada pelos índios Muriáis.  Em 1568, as terras, mais tarde transformadas em fazendas, foram doadas a Antonio de França, que ali fundou o Engenho de Nossa Senhora da Ajuda, marco histórico inicial de todos os bairros da Região e também dos subúrbios cariocas.

Entre seus primeiros proprietários, foi o jesuíta Gaspar da Costa, primeiro donatário da Região, que ergueu a então Capela Barroca de Irajá, no período compreendido entre abril e dezembro de 1613.

Em dezembro de 1644, o filho de Gaspar da Costa iniciou as transformações necessárias à Capela Barroca de Irajá, criando a Paróquia de Nossa Senhora da

Apresentação de Irajá, confirmada por alvará de D. João IV em 10 de fevereiro de 1647, tornando-se seu primeiro vigário. O marco da história de Irajá.

"Irajá", que em tupi-guarani significa " MEL QUE BROTA" ou se produz, foi a primeira grande região produtora da Cidade. Possuía um clima agradável, sítios de beleza incomum e como se situava numa planície, era propícia ao plantio de cana-de-açúcar e à criação de gado. O desmatamento foi o ponto de partida da atividade produtiva, para atender à construção das edificações coloniais e para o posterior cultivo da cana-de-açúcar. Com o passar do tempo, a Região revelouse uma grande fonte abastecedora da Cidade - de frutas, hortaliças, aguardente e produtos básicos para construção, estes oriundos de suas olarias e caieiras.

Menos de cem anos depois da fundação da Cidade, foi instituída como Freguesia, tornando-se a segunda da Cidade e a maior de todas em extensão de terra, dando mostras da importância que já tinha para a administração do governo colonial.

Existem também amplas referências a respeito das velhas fortificações que defenderam a Fazenda Irajá, em pontos estrategicamente situados de modo a evitar possíveis incursões de índios, escravos de outras terras ou aventureiros e estrangeiros que ali surgissem em busca de conquista fáceis.

No século XVIII, a área já possuía grande número de fazendas, e entre 1775 e 1779, o Campo de Irajá abrigava 13 engenhos de açúcar. A Região era grande produtora de aguardente, frutas e hortaliças, além de tijolos e telhas produzidos pelas olarias. Abastecia a Cidade através do Portinho de Irajá, na foz do então navegável rio do mesmo nome( Rio Irajá ), pelo canal do rio Meriti e por inúmeros canais secundários que levavam à Baía de Guanabara.

Irajá nunca produziu café, apenas cana-de-açúcar e produtos hortigranjeiros como banana, laranja, manga, amora, couve, alface, agrião, chicória, cebolinha, entre outros. Também possuía, ao longo da atual avenida Monsenhor Félix, inúmeras árvores de pau-brasil. Essa foi, portanto, a sua primeira vocação: produtora de gêneros alimentícios e materiais de construção para o abastecimento da Cidade e simultaneamente, o centro do transporte e escoamento da produção da Região.

A lavoura de Irajá é importante, abastecendo os mercados da Capital da República.

A partir de 1661, pouco depois de se institucionalizar como Freguesia, Irajá começou a ser desmembrada, dando origem a inúmeras freguesias rurais que, mais tarde, antes mesmo da divisão em distritos de 1867, se transformaram em bairros: Jacarepaguá, desmembrado em 06 de março de 1661; Campo Grande, desmembrado em 1673; Inhaúma, em 27 de janeiro de 1743, e Engenho Velho, em 1795. Muito mais tarde, já no século XX, Realengo e Anchieta, em 1926, e Penha, Pavuna e Piedade, em 1932. Mais recentemente, Vista Alegre, bairro atualmente integrado à Região. Desse modo, a Região Irajá pode ser considerada o berço dos subúrbios cariocas.

Historicamente, a Região Irajá foi marcada por três épocas distintas. A primeira -tipicamente rural - vai do século XVI até princípios do século XIX, quando é o primeiro celeiro abastecedor de produtos agrícolas da Cidade, tendo como vetor de crescimento o transporte por via fluvial e marítima. A segunda - marcada pela formação de núcleos sub-urbanos - vai do início até meados do século XIX, em função das igrejas e dos locais de comércio surgidos por força da intensificação

do transporte das mercadorias. Na terceira - quando assume feições urbanas - vai da segunda metade do século XIX em diante, tendo como vetor o transporte ferroviário, principalmente as estradas auxiliares Rio D'Ouro e Northern, posteriormente incorporadas à malha ferroviária da Central do Brasil.

Com a implantação das linhas das estradas de ferro Northern, em 1886, e Rio D'Ouro,foi criada para transportar trabalhadores e materiais e para crescimento da região.

Entre 1870 e 1890, a Cidade começa a receber crescente contingente de população constituída por escravos livres e imigrantes, devido principalmente à crise na produção cafeeira. O processo de loteamento se intensifica, sobretudo nas terras do entorno das linhas férreas.

No século XX, a atual Região Irajá é marcada por grande número de novos loteamentos, principalmente na década de 20.

Entre 1940/50, a expansão mantém-se lenta porém contínua, acompanhando uma progressiva melhoria nas vias de acesso. Durante o Estado Novo, com a abertura da Avenida Brasil, a ocupação segue o trajeto da extensa via.

No ano de 1941  é Inaugurado o Cine Irajá; por cerca de dois anos, sendo a sala  como uma das maiores da cidade na época e também como representação clara da passagem do bairro para a modernidade.

No meados na década de 60 fundava 1967  o Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Boêmios de Irajá; onde até hoje se encontram e fazem rodas de samba e que grande frequentador e também foi morador  o grande pagodeiro Zeca Pagodinho e entre outros Baluartes.

Por este motivo que no bairro de Irajá por ter  um clima agradável e bem propício a grandes plantações na época  durante o período colonial; e caminho para grande passagens para transportar grande parte de produtos diversos principalmente agrícolas  na década de 70 foi inaugurado uns dos maiores mercados do Estado o CEASA-RJ, no intuito de atuar no mercado, na produção, no atacado e no varejo, do comércio de gêneros agrícolas. Concentra grande parte da produção rural do estado para posteriormente distribuí-la para os diversos varejistas (feirantes, supermercados, "sacolões").

Sendo assim sendo um dos maiores centro de abastecimento importante do Estado.

E o progresso  não parou...

Em  1998 foi inaugurado o Metrô de Irajá, trazendo conforto e rapideis para a grande população do bairro para diversos lugares.

Em 2011 inaugurado no bairro o Via Brasil Shopping , trazendo modernidade e conforto a todos que moram perto e nos bairros vizinhos modificando a paisagem e trazendo grande desenvolvimento a região.

E com muito orgulho o G.R.E.S. Corações Unidos do Amarelinho vem retratar e homenagiar o seu bairro de origem.

Que façamos um belo hino e um belo desfile rumo à VITÓRIA !

CARNAVALESCO :  ANDRÉ TABUQUINE