Samba 1: Cecel Altaneiros, Jmauro, João Marcos, Thiago Meiners, Murilo Sousa, Ewerton Fintelman e Leonardo Moreira

Sinta essa força sobrenatural
Magia da casa do dor
Hotel Del Salto, ancestrais em seu alento
Pois ficou no pensamento, é o tempo curador
Na luz de Chibchacum sua criação
Natureza em comunhão, energia e poder
Mas ecoa o som de um trovão
A revolta cobre a terra
Chora o céu, transformação
Renovação, arco-íris que emana
Surge taquendama, tribo em formação 

NA LUTA AGORA... A FORÇA ESPANHOLA
CRUZAVA O DESTINO A ATACAR
VINGANÇA VIRIA, QUEM LIBERTARIA
ECOARIA UM GRITO DE ÁGUIA NO AR 

Siga o som em direção a liberdade
Nas profundezas da verdade
O lamento do xamã
Muísca transformação, surge a revoada
Amaldiçoando a chegada
Da humilhação, sua alma aprisionada
Preservando a cultura e a tradição
Voando pra libertação 

NAS ÁGUAS DA CACHOEIRA
UM SONHO VAI ME LEVAR
CHEGOU A ESTRELA DO SAMBA
ESTRELA QUE ME FAZ SONHAR 

Samba 2: Igor Antônio

Terror ôô...criaturas assombrosas vagam
Em seus martírios sofrem o preço da ganância
Nos corredores vultos fazem assolação na selva colombiana
Então desperta o Deus maior
E se cria o Sol, a Lua, Planetas, estrelas
Tudo de bom que se imaginar
Pra cada criação... um nobre guardião
Mistérios da luz que aquece o nativo coração
Vem cantar... todo o meu povo em pó de ouro pra louvar
O paraíso veste o sonho Eldorado
Um brilho de Estrela a eternizar 

OH MINHA ESTRELA
PURO OURO NA AVENIDA
SINTA A DOCE ENERGIA QUE EMANA
HOJE TEM FESTA DE SAMBA, VEM SAMBAR 

Terra dourada, a fantasia
Emoldurada por um grande ritual
Sacrificados, oferenda ao panteão
Segue nas águas na canoa sepulcral
Mas os Catios, inimigos declarados
Por um Deus tão enganados
Despertaram a fúria do trovão
Lamenta o xamã no terreiro
Rezas e cantos rasgam o céu do arrebol
Cobiça de gente e divinos
Lutas de sangue no pavor de um espanhol 

VOA BAILANDO MINHA ÁGUIA AAA
VOA BAILANDO PELO CÉU
A MINHA TRIBO NESSE LAGO FAZ MORADA
FILHO DAS ÁGUAS , A CACHOEIRA É MEU VÉU 

Samba 3: Leandro Thomaz

O tempo se propaga no vazio
Escorre sombrio por esse lugar
São almas que vagam acorrentadas
Ao desejo de vingança
Onde a ganância fez morada
Brilhou na escuridão a luz interior
E o mundo ao ser criado se espelhou
No Deus que habitou o ser humano
E ensinou do voo para eternidade
Mas o homem provou da ambição e da maldade
A criatura então quis ser o criador
E a ira de um trovão se derramou 

ÔÔÔ... QUANDO A TERRA VIROU MAR
A FÚRIA DAS ÁGUAS VEIO CASTIGAR 
MAS O SER DIVINO O CÉU PINTOU
RECRIOU A VIDA COM O SEU CALOR 

Mas a paz ali não duraria
O espanhol numa sangria invasão
Montado em sua cavalaria
Legou os guerreiros à escravidão
Em dias de terror e sofrimento
Clamaram do lamento, a salvação
O grito esperado se ouviu
E a maldição ao invasor se cumpriu 
Voar... bater as asas, se libertar
Poder voar, e encontrar
Lá no azul do infinito
O encanto de um futuro mais bonito
Metamorfose do meu carnaval 

VEM SE TRANSFORMAR
EMBARCAR NESSA VIAGEM 
MINHA ESTRELA VAI BRILHAR
A ALCANÇAR A LIBERDADE
(MINHA ESTRELA A BRILHAR
O SÍMBOLO MAIOR DA LIBERDADE)