Desde
criança, Rogerinho começou a tocar na bateria da Em
Cima da Hora. Nascido e criado no berço da escola, no bairro de
Cavalcante, o jovem Rogerinho começou logo em seguida a defender
sambas nas disputas da agremiação. Sua voz forte, carisma
e animação no jeito de cantar fisgaram diretores da
Portela, que o levaram para Madureira no início dos anos 90,
para ser apoio de Dedé. Em 1995, esteve na Arrastão de
Cascadura. Junto com Anderson Paz, fez parte do grupo de apoio que
acompanhou Edmilson Villas, que substituiu Rixxa na escola quando este
se transferiu para a Portela.
A
estréia de Rogerinho como voz principal ocorreu no ano seguinte,
na Em Cima da Hora, ao levar "Iara cigana, canta, dança e toca.
É Rio, é rua, é carioca". Mesmo na ECDH, o cantor
manteve-se no carro de som portelense. Com a saída do Pavarotti
do Samba, em 1997, Rogerinho foi alçado naturalmente como
intérprete principal da Portela.
Em
2000, tornou evangélico, passou a se dedicar aos caminhos da
fé e se afastou do carnaval. A retomada da carreira no samba
aconteceu em 2004, ao receber um convite para integrar o grupo de apoio
de Nêgo, no Império Serrano, quando a Serrinha reeditou o
mitológico "Aquarela Brasileira", de Silas de Oliveira.
Em
2005, Rogerinho aceitou o desafio de defender a emergente Renascer de
Jacarepaguá, que estava chegando ao Grupo A, após uma
carreira meteórica nos grupos inferiores. Foi imediata a
identificação da escola, que o cantor passou a adotar a
denominação Rogerinho Renascer.
Para
Rogerinho, a interpretação de "Os olhos da noite", na sua
estréia na Portela em 1998, foi o seu melhor momento na
Sapucaí até hoje. "Tudo deu certo naquele dia. Os
componentes e o público cantaram o samba, a escola não
venceu, mas passou linda na avenida", afirma. Rixxa é apontado
pelo cantor como uma espécie de ídolo e mentor. Entre os
cantores da nova geração, Rogerinho tece rasgados elogios
ao amigo Tinga. "Será um dos grandes intérpretes do
carnaval", destaca.
Rogerinho
é casado há mais 20 anos. Tanto esposa
quanto a filha pertencem à Igreja Universal, mas a
opção religiosa não é barreira e a
família dá força para a carreira do músico.
Rogerinho é vigilante de profissão e adora cantar nas
quadras, na avenida ou em shows. Em 2011, estreou no carnaval
virtual da LIESV defendendo a Sereno de Cachoeiro.
Depois do desfile de 2013, Rogerinho anunciou seu desligamento da
Renascer após nove carnavais frente à escola. 15 anos
depois, retornou à Portela como apoio de Wantuir,
cantando também ao lado de Rixxa. Deixou a Águia pouco
antes do desfile de 2015, integrando o carro de som de Pixulé na
Império da Tijuca. Depois daquele Carnaval, foi confirmado como
o
novo cantor da escola do Morro da Formiga, onde ficou até 2017.
Em 2018, foi apoio de Igor Sorriso na Vila Isabel. Depois de algumas
temporadas sem escola, voltou à Em Cima da
Hora depois de duas décadas, compondo um trio com
Tiãozinho Cruz e Maderson Carvalho, se apresentando em algumas
lives e eventos representando a escola. No entanto, acabou dispensado
junto com os outros dois cantores em novembro de 2020. Na Intendente,
defenderá a Acadêmicos de Jacarepaguá.
|
Início: Em Cima da Hora
desde pequeno e Portela, em 91.
Primeiro
ano como intérprete oficial: 1996 (Em Cima da Hora)
1991 a 1997 - Portela (apoio de Dedé e Rixxa)
1995 - Arrastão de Cascadura (apoio de Edmilson Villas) - Grupo A
1996 e 1997 - Em Cima da Hora (cantor principal)
1998 e 1999 - Portela (cantor principal)
2004 - Império Serrano (apoio de Nêgo)
2005 a 2013 - Renascer de Jacarepaguá (cantor principal)
2006 - Inocentes de Belford Roxo (apoio de Tem-Tem) - Grupo B
2011 - Sereno de Cachoeiro (LIESV)
2014 a 2017 - Portela (apoio de Wantuir, Wander Pires e Gilsinho)
2015 - Império da Tijuca
(apoio de Pixulé)
2016 e 2017 - Império da Tijuca (cantor principal, em 2017 dividiu o posto com Daniel Silva)
2018 - Vila Isabel (apoio de Igor Sorriso)
Desde 2021 - Acadêmicos de Jacarepaguá (cantor principal, junto com Léo Simpatia)
GRITO
DE GUERRA: Alô,
Jacarepaguá, vem comigo. A Renascer é só alegria!
Graças a Deus!
GRITOS
DE EMPOLGAÇÃO: "tira onda, bateria"; "vamos lá bateria", "tá
direito, tá direito"; "é isso aí, é isso
aí", "vamos lá vamos lá"; "tá bonito,
tá bonito"; "vamos girar, minhas baianas".
SAMBAS
DE SUA AUTORIA: "A sombra
da ilusão, uma fantasia brasileira" (Em Cima da Hora/1992, com
Robson Lima); "Sérgio Cabral, a cara do Rio" (ECDH/1997, com
Cláudio Russo, Antonio Nick e Paulo Cara Feia).
|