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ROCINHA
- 2019 Que eu quero passar com minha cor Plante flor sem ter espinhos O ódio não flagela o amor Senhor, a liberdade ainda não raiou Quem deveria me chamar de irmão Tem tanto desprezo na alma Porque, se somos iguais na raiz Primatas na essência Mas só a mim restou a cicatriz? Abre a porta da senzala ôôô Me liberte das mazelas, ê favela (bis) Bananas que a vida dá, a gente consome Quando a fome apertar, quero ver, quem não come E quando a liberdade é lei De Congo à Chico-Rei, a negritude é ouro É arte que enfrenta a chibata Nos terreiros de Ciata, é mão no couro O negro é forte feito baobá Verdadeira fortaleza, coisa de orixá Ê crioulo, erga essa cabeça, vai na fé Ê crioula… mostra que a nossa raça Não é só samba no pé Não mil vezes não Replique a dor que o preconceito Fere igual punhal Quando atravessa nosso peito Voa liberdade, entra na roda sinhá Meu povo quer igualdade, respeito (bis) Essa luta, é tanto sua quanto minha Vai ter quizomba no quilombo da Rocinha |
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