Um dos timbres mais espetaculares da
música popular brasileira, o talentoso Rixxa é aclamado,
graças à sua voz de tenor, como o "Pavarotti do Samba".
Sua carreira se iniciou nos idos de 1973/74, quando integrou, em
Marechal Hermes, o conjunto Os Autênticos do Samba, que se
apresentava em várias rodas de samba e shows contando com a
presença de grandes nomes como Clara Nunes, Paulinho da Viola,
Roberto Ribeiro, e que tinha como artista principal Candeia.
Na mesma época, Rixxa começou
a atuar como cantor de samba-enredo, tendo sua primeira
experiência no bloco Periquito de Jardim América. Depois,
passou a defender composições nos concursos de
sambas-enredo. Interpretou sambas na Portela, Imperatriz Leopoldinense
e Império Serrano. Na disputa para o carnaval de 1983, defendeu
o samba de Aluísio Machado e Beto Sem Braço para o enredo
"Mãe Baiana Mãe" no Império Serrano. Até
1986, interpretou vários sambas nos concursos de samba-enredo.
Em 87, fez sua estréia como intérprete oficial no disco e
na Marquês de Sapucaí, ao cantar o samba "E por que
não?", na Acadêmicos do Salgueiro. Permaneceu na escola
até 1989, quando ganhou o prêmio Estandarte de Ouro, do
jornal O Globo de melhor puxador de samba. A partir daí, Rixxa
passou por diversas escolas e passou a ser um dos mais disputados
intérpretes de samba-enredo. Seu currículo inclui
passagens por Estácio de Sá, Acadêmicos da Rocinha,
Império Serrano, Imperatriz Leopoldinense, Mangueira, Infantes
da Piedade, Arrastão de Cascadura, Portela, União da Ilha
do Governador, São Clemente, Unidos da Ponte e, mais
recentemente, União de Jacarepaguá. Em 95, 96 e 97, o
"Pavarotti do Samba" defendeu os desfiles da Portela, quando ganhou seu
segundo Estandarte de Ouro. Ainda no final dos anos 90, foi para
São Paulo cantar na Tom Maior, na Leandro de Itaquera e no GRES
Embaixada do Morro, de Guaratinguetá (SP).
Entre 1984 e 1986, sendo funcionário
da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, participou do
coral Comunica Som como primeiro tenor. Esta experiência lhe deu
uma sólida formação musical erudita e permitiu sua
participação em concertos do Projeto Aquarius, na Sala
Cecília Meireles e Igreja da Candelária, no Rio de
Janeiro, com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Rixxa se
apresentou nos Estados Unidos em 1995, obtendo sucesso de
público e crítica naquele país.
Rixxa
também é compositor de música popular e tem
músicas gravadas com Arlindo Cruz, Alcione, Beth Carvalho e
outros intérpretes. Integrou o projeto "Quintal do Pagodinho",
produção de Zeca Pagodinho, junto com parceiros e
compositores ligados ao sambista. Em agosto de 2002, participou do
projeto "Clássicos do Samba", do Ministério da Cultura,
no qual artistas integrantes da Mangueira, Portela, Império
Serrano e Unidos de Vila Isabel dividiram o palco com músicos
eruditos, em uma junção democrática e
inédita, com uma temporada de sucesso em vários teatros
municipais do Brasil e fazendo participação no Festival
de Música Latina na Dinamarca. Atualmente, Rixxa atua como
músico de estúdio fazendo backing vocals nas
gravações de CDs de sambistas, integra a banda de Zeca
Pagodinho e realiza turnês com o cantor. Em 2006, foi parceiro de
Jamelão no carro de som da Mangueira. Desde 2003, é
o intérprete oficial da União de Jacarepaguá.
Depois do carnaval de 2008, Rixxa fundou aquela que é a
primeira escola de samba GLS: a Arco-Íris de Amor. Depois de
quatro anos, Rixxa voltou
à Mangueira, fazendo parte do projeto "três tenores"
idealizado pelo presidente mangueirense Ivo Meirelles, sendo
o intérprete oficial da verde-e-rosa ao lado de Luizito e
Zé Paulo. Após o desfile, deixou a Mangueira alegando se
dedicar exclusivamente à Arco-Íris do Amor. Mas acertou
com a Mocidade e defendeu a verde-e-branco junto com Nêgo
em 2011.
Em
2012, chegou a acertar com o Império Serrano para ser
intérprete oficial da escola no Grupo A, mas acabou dispensado
e, em seguida, foi anunciado pela Delírio da Zona Oeste no Grupo
E.
Teve uma passagem no carnaval virtual, defendendo a
Princesa da Zona Norte na LIESV. Em 2014, voltou
à Portela após 17 anos, sendo apoio de Wantuir. Saiu da
escola após o desfile de 2015. Em 2018, defendeu a
Império Ricardense na Intendente. Em 2020, foi o
intérprete da Difícil é o Nome ao lado de Raphael
Bart. Para 2023, cantará na Acadêmicos do Recreio no Grupo de Avaliação.
|
Início: começou defendendo sambas
nos concursos das escolas de samba. Interpretou sambas na Portela,
Imperatriz Leopoldinense e Império Serrano.
Primeiro ano como
intérprete oficial: 1983, no Império Serrano, como apoio
de Quinzinho.
1983 -
Império Serrano (apoio de Quinzinho)
1985 -
Salgueiro (apoio de Rico Medeiros)
1987 a 1989 -
Salgueiro
1990 e 1991 -
Estácio de Sá
1992 -
Acadêmicos da Rocinha
1993 -
Império Serrano (apenas no disco, não cantou o samba da
Serrinha na avenida devido a divergências com os diretores da
época) e Imperatriz Leopoldinense (apoio de Preto Jóia e
Alexandre D'Mendes)
1994 -
Arrastão de Cascadura (e em 1995, cantou o samba da escola
apenas no disco)
1995 a 1997 -
Portela
1998 -
União da Ilha (em 1999, cantou o samba da escola apenas no CD)
1999 - Imperatriz
Leopoldinense (novamente como apoio de Preto Jóia) e Cubango
(Grupo A)
2000 -
São Clemente e Tom Maior (SP)
2001 - Leandro
de Itaquera (SP) e Unidos da Ponte (não gravando no CD oficial,
mas cantando no desfile)
2001 e 2002 -
Unidos da Ponte
2003 a 2009 -
União de Jacarepaguá
2006 - Mangueira (apoio de Jamelão)
2010 - Mangueira (intérprete
oficial, ao lado de Luizito e Zé Paulo)
2011 - Mocidade (intérprete
oficial, ao lado de Nêgo)
2011 - Princesa da Zona Norte (carnaval
virtual)
2012 - Delírio da Zona Oeste
2012 - Caprichosos de Corumbá
(Corumbá-MS - gravou no CD)
2014 e 2015 - Portela (apoio
de Wantuir e Wander Pires)
2018 - Império Ricardense
2020 - Difícil é o Nome (ao lado de Raphael Bart)
Desde 2024 - Acadêmicos do Recreio
GRITO DE GUERRA: Alô, minha (nome da escola)
queriiidaa!
GRITOS DE EMPOLGAÇÃO: "sacode... sacode... sacode, bateria"; "vamos
lá, minha (nome
da escola) queriiidaa"; "que
maravilha, minhas baianas"; "tá bonito, tá direito".
Estandarte de Ouro: 2 (1989 e 1995). Possui também dois
prêmios Sambanet de melhor intérprete. Um ganho no Grupo A
de 2002, quando atuou na Unidos da Ponte (Rixxa dividiu o prêmio
com Nego Martins, na época da Villa Rica), e o outro pelo Grupo
B em 2007, desfilando na União de Jacarepaguá.
|
MAIS FOTOS DE RIXXA
Em 1987, durante a vinheta da Globo para o carnaval, cantando
o samba do Salgueiro (Rixxa estreava como intérprete oficial na
ocasião - imagens cedidas por Fred Sabino)
Puxando a Estácio em 1991 (fotos enviadas por Fred
Sabino)
Como apoio de Preto Jóia na Imperatriz, em 1993 (fotos
enviadas por Fred Sabino)
No histórico desfile portelense de 1995 (imagens
cedidas por Fred Sabino)
No desfile e na vinheta global, em 1997, último ano em que
esteve na Portela
Na União da Ilha em 1998
Em 2008, puxando a União de Jacarepaguá (as quatro
últimas fotos foram enviadas por Daniel Machado)
Em 1992, defendendo a Rocinha
Na gravação do CD da LIESV em 2011
Com o editor-chefe do SAMBARIO, Marco Maciel, no Mercado Público de Porto Alegre, em 14 de junho de 2019
Voltar à seção Intérpretes
|