QUINHO
QUINHO
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Nome Completo: Melquisedeque Marins Marques
Ano de nascimento: 1957
Ano de falecimento: 2024
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O público
que assistiu ao desfile da União da Ilha do Governador pela
tevê ou nas arquibancadas surpreendeu-se com o show de
animação e empolgação de Quinho ao cantar o
samba “Festa profana”. O cantor estava inspirado naquele
dia e foi um espetáculo à parte. Irriquieto, inventou
cacos a cada estrofe do samba e conduziu sempre em alta o samba. A
performance chamou atenção de todos para aquele
ex-feirante surgido no mundo do samba como puxador do extinto bloco Boi
da Freguesia (atual Escola de Samba Boi da Ilha do Governador) em 1976,
quando assumiu o lugar de Aroldo Melodia, que havia se transferido para
a União da Ilha.
Em 1984, Quinho foi integrado à ala de compositores da
União da Ilha e, já no ano seguinte, assumia o posto de
primeiro puxador da escola para cantar o samba “Um enredo, um
herói, uma canção”. Com o retorno de Aroldo
Melodia para a tricolor, em 1986 e 1987, Quinho passou a ser apoio do
veterano puxador. Voltou em 1988 e teve seu auge no formidável
desfile de 1989, em que a escola conquistou o terceiro lugar. Em 1990,
Quinho ainda defendeu a União da Ilha e a partir do ano seguinte
passou a mostrar seu talento no Salgueiro, onde obteve grande
identificação. Em 1993, conduziu a escola ao
título de campeã do carnaval, com o inesquecível
“Peguei um Ita no Norte”. Um pequeno retorno à Ilha
em 94, e novamente de volta ao Salgueiro em 95. No ano 2000, trocou a
Marquês de Sapucaí pelo Anhembi e foi para São
Paulo puxar “Yes, nós temos mais que bananas”, na
Rosas de Ouro.
De volta ao Rio de Janeiro, o irrequieto puxador
esteve dois anos na Grande Rio e um novo retorno ao Salgueiro em 2003,
no ano do cinqüentenário da escola. Em 2005, além do
samba salgueirense, Quinho também puxou a União da Vila
do IAPI no carnaval de Porto Alegre. Durante o desfile do Salgueiro de
2005, Quinho, enquanto puxava o samba, teve uma crise de choro devido
à lembrança do patrono Miro e seu filho Maninho, mortos
em 2004. Em 2009, conquistou seu segundo título pelo Salgueiro,
com o enredo "Tambor". Após o desfile de 2010, chegou a anunciar
que deixaria o Salgueiro, em virtude de desentendimento com membros da
diretoria. Mas Quinho voltou atrás e deverá seguir na
Academia nos próximos carnavais.
Depois
do Carnaval de 2014, Quinho tentou se
candidatar a presidente do Salgueiro. Mas sua chapa acabou impugnada e
a presidente Regina Coeli, como candidata única, foi reeleita
para mais um mandato, para desagrado do intérprete que, numa
entrevista, se queixou de que "Salgueiro não é Cuba",
deixando consequentemente a escola. Para 2015, chegou a ser anunciado
como integrante do carro
de som da Estácio de Sá, dando grito de guerra no ensaio
técnico, mas o cantor trocou o vermelho pelo verde do
Império da Tijuca, sendo apoio de Pixulé. E em São
Paulo, chegou a ensaiar com o time de canto da Unidos do Peruche,
mas não desfilou. Em 2016, regressou à escola paulistana.
Após um período sabático, Quinho retornou
à Sapucaí como intérprete oficial da Santa Cruz em
2018. Em 2019, voltou ao Salgueiro para fazer dupla com Emerson Dias,
relação que durou até 2022. Debilitado devido a um
câncer na próstata, deu o grito de guerra no desfille salgueirense de 2023.
Sua performance na avenida era um
verdadeiro show que anima as arquibancadas e os componentes da escola
que defendia. Quinho faleceu em 3 de janeiro de 2024.
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Início: União da Ilha do Governador,
nos anos 70.
Primeiro ano como
intérprete oficial: 1985 (União da Ilha). Seguiu como
apoio de Aroldo Melodia em 1986 e 1987.
1988 a
1990 – União da Ilha
1990 -
Reino Unido da Liberdade (Manaus, na gravação do LP)
1991 a
1993 – Salgueiro
1993 -
São Clemente (Grupo
A)
1994 e
1995 – União da Ilha
1996 a
1999 – Salgueiro
2000
– Rosas de Ouro (SP)
2001 e
2002 – Grande Rio
2003 a
2014 – Salgueiro (de 2011 a 2014, junto com Serginho do Porto e
Leonardo Bessa)
2005 -
União da Vila do IAPI (Porto Alegre)
2008 e 2009 - Unidos de Vila Maria (SP)
2015 -
Império da Tijuca (apoio de Pixulé)
2016 - Unidos do Peruche (ao lado de Toninho Penteado)
2016 - Unidos dos Morros (Santos)
2018 - Santa Cruz (ao lado de Roninho)
2019 a 2022 - Salgueiro (ao lado de Emerson Dias, sem gravar o samba no CD em 2019)
GRITO DE GUERRA: Arrepiiiiaaaaa
Salgueeeeeeeeiroooo (ou Ilha ou Grande Rio)! Pimba, pimba! Ai, que lindo! Que lindo!
GRITOS DE
EMPOLGAÇÃO: “vai
que dá”; “futuca, futuca”; “siiiim”; “tá certo”; “minha bateria baqueta de ouro”; “volte logo”; “tá sabendo”; “tique-tá”; “assim, Salgueiro... Salgueiro é
assim”;
“na ginga, na ginga”; “feliz daquele que tem o Salgueiro no
seu coração”; "é
leso, é leso"; "biito, biito", “ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô...uh!”, “se joga”, “é assim sim”, “ai que lindo, que lindo”, “há... haaaaaai”, "arreda
que lá vem Salgueiro"; "já vai?"; "tá surdo?";
"segura, seu Miro"; "será?"; "ai ai ai, ai ai ai".
SAMBAS DE SUA AUTORIA: “Um caso por acaso” (95, com
Adalto Magalha e Márcio Paiva), “Anarquistas sim, mas nem
todos” (96, com Adalto Magalha, Eduardo Dias e Márcio
Paiva), “De poeta, carnavalesco e louco... todo mundo tem um
pouco” (97, com Adalto Magalha, Eduardo Dias e Márcio
Paiva), “Salgueiro, minha paixão, minha raiz – 50
anos de glória” (2003, com Claudinho, Leonel, Luizinho
Professor, Serginho 20 e Sidney Sã), “A cana que aqui se
planta tudo dá, até energia... álcool, o
combustível” (2004, com Claudinho, Leonel, Luizinho
Professor, Newtão, Serginho 20 e Sidney Sã), "Do Fogo que
ilumina a vida, Salgueiro é chama que não se apaga"
(2005, com Moisés Santiago, Waltinho Honorato, Fernando
Magaça e Luiz Antonio), "Microcosmos - O que os olhos
não vêem, o coração sente" (Salgueiro/2006,
com Tiãozinho do Salgueiro, Abs, Leonel, Luizinho Professor,
Moisés Santiago, Waltinho Honorato, Fernando Magaça e
Paulo Shell) e "No Vôo Mágico da Esperança, quem Acredita sempre Alcança" (Santa Cruz/2018,
com Preguinho Santa Cruz, Tatiane Abrantes e Claudio Mattos).
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MAIS FOTOS DE QUINHO
Foto que
marcou seu retorno ao Salgueiro para o Carnaval 2019, onde desde então é
titular ao lado de Emerson Dias
Em 2007, puxando "Candaces"
Em 2001, na Grande Rio
A pedido do
filho (ao lado do intérprete), esquentando com "Erguei as
Mãos" no desfile de 1999, com Celino Dias à esquerda
Em 2004
Com Aroldo Melodia
Com Serginho do Porto
Na vinheta do carnaval de 1989, cantando "Festa Profana"
No carnaval de 1992, com o jovem Emerson Dias à direita
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