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DA
BATUCADA À BARULHADA Que bateria é
perfeita? Obviamente você vai citar as tradicionais que você
já conhece e que não vou repetir. Mas que bateria é perfeita?
Nenhuma. Como assim? Simples. Não há como dar um show na
avenida sem uma longa e suada temporada de ensaios. Parafraseando
Cazuza, faz parte do “nosso” show. Errar é
totalmente normal... na quadra (risos). No desfile acaba sendo um
tanto comprometedor e chato. E é freqüente. Primeiramente
vamos por níveis. Grupo Especial, começando, é obviamente o
nível mais qualificado das baterias. O processo é muito
seletivo e os ensaios são muito intensos, além da alta
cobrança dos diretores. Mesmo assim, acontecem erros daqueles de
enfartar um Mestre. Vamos lembrar alguns deles... Pra mim, o
cúmulo é Acadêmicos da Rocinha É uma grande
mancada. Acredito que a chuva tenha atrapalhado sim, mas isso
não é motivo pra passar tão desafinado assim. Enfim, não fosse
o Boi da Ilha, a Rocinha teria um dos erros mais mirabolantes dos
últimos anos. A bateria foi fazer uma bossa, no mesmo ano, 2006,
reeditando “O Amanhã”, e não sei o que houve, tudo
embolou e a bateria teve que parar. Até um roqueiro punk, que
nada entende de samba e sequer o ouve, saberia apontar o tamanho
do erro. Foi absurdo. Para uma escola de Grupo de Acesso B, não
é digno um erro tamanho. Há de se
entender que pouquíssimas escolas têm bateria própria.
Ritmista toca em várias escolas. O “cara lá” que toca
tamborim na Mocidade Independente de Padre Miguel, no acesso toca
na São Clemente, no acesso B toca na Corações Unidos do
Amarelinho, por exemplo. Até em mais de uma por grupo. Normal.
Voltando ao assunto do Boi da Ilha, não se pode culpar os
ritmistas. O Mestre? Talvez, mas não é justo. O erro, na minha
visão pode ter sido duas opções. Uma que é tentar fazer algo
além da capacidade de uma Escola do Acesso B, outra pode ter
sido erro de comunicação entre os diretores na hora da
execução da bossa. É impossível fazer uma bossa complicada
numa Escola do Acesso B, pois a dedicação dos ritmistas e as
suas freqüências em ensaios é muito menor. Falando A bateria da
União de Jacarepaguá e Unidos de Lucas passaram. Apenas
passaram sem destaque. Fizeram seus trabalhos, cometeram alguns
erros não muito grotescos. No geral, foi bom. Em seguida, a
Inocentes de Belford Roxo, campeã do Grupo B passou bem. A
bateria precisa de uns acertos, coisa que eu tenho certeza que
acontecerá, pois a Inocentes é uma escola que cresce
absurdamente a cada ano. Conseqüentemente, vai vir gente boa pra
batucar por lá. A Alegria da Zona
Sul se prejudicou, principalmente pela afinação dos surdos.
Passou mediana, mas não cometeu muitos erros de execução. A Paraíso do
Tuiuti é uma escola que tem um bom chão e uma boa bateria.
Passou certinha. Apenas certinha. Tive uma grata
surpresa com a Independente da Praça da Bandeira. Bateria passou
muito bem e não cometeu praticamente nenhum erro. A Unidos de Padre
Miguel também passou relativamente bem. Apenas a afinação da
segunda estava um pouco grave mais que o normal. As escolas que
seguiram, Sereno de Campo Grande e Vizinha faladeira não
surpreenderam e fizeram passagens técnicas. A Vizinha, a bateria
mais esperada da noite não levou o bi do título de melhor
bateria do B. A Tradição
passou e só. Com aquele defeito de sempre nos tamborins. Não
só a bateria, como a escola passou muito abalada com essa queda
brusca da escola. Encerrando
os desfiles, lá vem Boi da Ilha. Logo pensei, lá vem bomba.
Queimei feio minha língua. Perfeita, melhor bateria do dia pra
mim. Precisa levada, afinação perfeita, levou o samba muito
bem. Boi da Ilha me surpreendeu por todos os lados. E em pleno fim de
Junho, começam os ensaios das baterias. Escolha a sua e vá
batucar. Não há nada melhor. Até a próxima,
um grande abraço! Ewerton Fintelmann Bruno Guedes |
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