Pedrinho da Flor
começou no samba na adolescência, freqüentando as
rodas na quadra do então bloco carnavalesco Flor da Mina do
Andaraí (daí seu nome artístico). Depois,
ingressou na ala de compositores da vizinha Unidos da Tijuca, onde
ganhou seu primeiro samba enredo “Flor Serrana”, em 1974.
O sambista passou a integrar as alas de
compositores das agremiações tijucanas: Flor da Mina,
Unidos, Império e Salgueiro. Paralelamente, desenvolvia seu
trabalho como músico, primeiro como ritmista do grupo de samba
Sambaslan, depois compositor e, finalmente, cantor. Como compositor,
gravou com Fundo de Quintal, Nosso Samba, Almir Guineto, etc.
Em 1985, a gravadora RGE lançou o LP
Raça Brasileira, uma coletânea que lançou os nomes
da chamada jovem guarda do emergente pagode de fundo de quintal que
dominou a segunda metade da década de 80: Zeca Pagodinho,
Jovelina Pérola Negra, Mauro Diniz, Elaine Machado e o
próprio Pedrinho da Flor. O músico passa a viver uma fase
inspirada e fértil: torna-se presidente do Flor da Mina,
sagrando-se campeão entre os blocos, arrebata por dois anos
consecutivos sambas na Império da Tijuca (86 e 87), uma vez no
Salgueiro (90) e emplaca várias obras nas paradas de sucesso nas
vozes do Fundo de Quintal, Dhema, Dominguinhos do Estácio,
Razão Brasileira, Leci Brandão, Zeca Pagodinho, Grupo
Molejo, Almir Guineto, Grupo Raça, Karametade, Raça Negra
e Dicró.
Pedrinho
da Flor é um compositor que
gosta de cantar seus sambas na avenida. Em 1991, cantou, pela primeira
vez, um samba que não era de sua autoria: “Asa
Branca”, pela Paraíso do Tuiuti, no Grupo A. Pedrinho
é o atual presidente da Flor da Mina do Andaraí, que se
transformou em escola de samba na década de 90. Em 1997,
lançou o CD Tem que ser assim, com canções de sua
autoria. Integrante da Ala de Compositores do Salgueiro, onde concorre
anualmente no concurso de samba-enredo, foi bicampeão da disputa
da Unidos de Padre Miguel, ganhando samba
em 2013 e 2014.
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Início: bloco carnavalesco Flor da Mina do
Andaraí, aos 16 anos
Primeiro ano
como puxador: 1974
1974 –
Unidos da Tijuca
1986 e 1987
– Império da Tijuca
1990 –
Salgueiro (apoio de Rico Medeiros)
1991 –
Paraíso do Tuiuti
GRITO DE GUERRA: Alô,
massa tijucana... Vamos cantar!
CACOS CARACTERÍSTICOS: bonito, gente!; Império na área; vai, meu povo!;
“vamos nós”;
vamos lá; que beleza.
SAMBAS
DE SUA AUTORIA: “Flor
Serrana” (Unidos da Tijuca/74, com Cassinho e Djalma Rodrigues);
“Tijuca, cantos, recantos e encantos” (Império da
Tijuca/86, com Baster, Belandi e Marinho da Muda); “Viva o povo
brasileiro” (Império da Tijuca/87, com Baster, Belandi,
João Quadrado e Marinho da Muda); “Sou o amigo do
rei” (Salgueiro/90, com Alaor Macedo, Arizão, Demá
Chagas e Fernando Baster); "O
Reencontro do Céu e a Terra no Reino de Alá Áfin
Oyó" (Unidos de Padre Miguel/2013, com Fernando Piá,
Jefinho Rodrigues, Jorginho Medeiros, Tuninho do Trailer, Marcelo
do Rap e Andrezinho); "Decifra-me
ou te Devoro: Enigmas - Chaves da Vida" (Unidos de Padre Miguel/2014,
com Arlindo Neto, Jefinho Rodrigues, Jorginho Medeiros, Lauro Silva e
Fernando Piá)
MÚSICAS DE SUA AUTORIA: “Eu menti”, “Medo” e
“Telefone” (em parceria com Adalto Magalha, sucessos do
grupo Razão Brasileira); “Do lado de minha janela”
(com Dhema, sucesso deste) “Sob os olhos de Oxalá”
(com Adalto Magalha e Zé Roberto, sucesso na voz de Dominguinhos
do Estácio) e “Você quer voltar” (com Gelcy do
Cavaco, sucesso com o grupo Fundo de Quintal). “A bruxa
está solta”, “Clínica geral” e
“Garoto Zona Sul” (sucesso do grupo Molejo); “Menor
abandonado” (sucesso na voz de Leci Brandão e Zeca
Pagodinho); “Pedra no caminho” e “Maravilhas do
amor”.
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