OS ORIGINAIS DO SAMBA
OS ORIGINAIS DO SAMBA
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O
conjunto carioca Os Originais do Samba foi um verdadeiro “dream-team”
de sambistas, compositores, ritmistas e músicos performáticos. Em suas
diversas formações (principalmente as primeiras), sempre reuniu
integrantes que tinham uma vivência muito direta com as escolas de
samba do Rio de Janeiro.
Os Originais do Samba começaram no
início da década de 1960 no Clube dos Baianos, na Praça Tiradentes, no
Rio de Janeiro, com o nome de “Os Sete Modernos do Samba”. Contratados
em 1961, por Carlos Machado – um dos reis da noite carioca – logo
passaram a se apresentar em teatros, festas e shows musicais. A boate
Fred’s e o Golden Room do Copacabana Palace foram os lugares principais
de atuação do grupo durante o início de sua carreira, posteriormente se
transferindo para a capital paulista e atuando no famoso Cassino Royale
e na boate Blow Up.
Em 1965 trocaram o nome para Os Originais do
Samba. Os rapazes (agora um sexteto) levavam para os palcos a alegria e
espontaneidade das rodas de samba, numa performance que era baseada em
dança, percussão e canto coletivo, com espaço para improvisos e
recheada com muita simpatia. O impacto positivo de seu som alegre e
descontraído junto ao público dos night clubs paulistas e cariocas
fazia com que Carlos Machado agendasse cada vez mais participações do
grupo em vários espaços, inclusive numa turnê pelo México, num
espetáculo que ficou sete meses na capital mexicana.
Em 1968,
estrearam na indústria fonográfica no disco “Baden, Márcia & Os
Originais do Samba – Show Recital”, pelo selo Philips, gravado ao vivo
no Teatro Bela Vista, em São Paulo, acompanhando a cantora Márcia
(esposa do narrador esportivo Sílvio Luiz) e o violonista Baden Powell.
Ainda no mesmo ano, no mês de junho, os produtores Luís Carlos Miéle e
Ronaldo Bôscoli convidaram os seis rapazes para se apresentar ao lado
de Elis Regina, na 1ª Bienal do Samba, interpretando “Lapinha”, de
Baden Powell e Paulo César Pinheiro. A música foi a vencedora do
festival e os Originais do Samba foram contratados pela gravadora RCA
Victor e lançaram no ano seguinte seu primeiro LP, cujo carro-chefe foi
“Cadê Tereza”, de Jorge Ben.
Nesta época, o conjunto era formado
por músicos oriundos das escolas de samba do Rio de Janeiro. A
liderança do grupo cabia a Antônio Carlos Bernardes (1941 – 1994),
tocador de reco-reco da Estação Primeira de Mangueira. Nascido no
bairro de Lins de Vasconcellos, zona norte do Rio, contador de piadas,
comunicativo e dono de um excelente humor, Carlinhos, como era chamado
entre os colegas de grupo, foi convidado a participar de um show de
televisão como humorista. Em 1965 estreou no programa “Bairro Feliz”
(TV Globo). Consta que foi nos bastidores deste show que o ator Grande
Otelo lhe deu o apelido de Mussum, que se origina do muçum, um peixe
sul-americano assemelhado com uma enguia. Como o peixe, Mussum era
escorregadio e liso, já que conseguia facilmente sair de situações
estranhas.
Mussum trabalhou em vários musicais da TV Globo e
Excelsior, já nos anos 60. Em 1972, o músico passou a integrar o
programa humorístico “Os Trapalhões”, com Renato Aragão e Dedé Santana
(Mauro Gonçalves, o Zacarias, se junto aos comediantes em 1976). Apenas
quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo (1977), e o sucesso o
impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou os Originais
do Samba, em 1980. Mas o artista não se afastou da indústria musical,
tendo gravado discos com Os Trapalhões e até três álbuns solo dedicados
ao samba. Uma de suas paixões era a escola de samba Mangueira: todos os
anos, sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da
ala de baianas, da qual era diretor de harmonia. Em suas apresentações
com os Trapalhões, quase sempre se caracterizava com as cores verde e
rosa no figurino. Dessa paixão, veio o apelido “Mumu da Mangueira”.
Também cuidava do desfile da escola de samba mirim Mangueira do Amanhã.
N’Os Originais do Samba também estava o salgueirense Francisco
de Souza Serra (1944 - ???), o Chiquinho (ganzá/agogô), filho de um
violonista e fundador da Acadêmicos do Salgueiro, Iracy Serra,
conhecido pelo apelido Ioiô, e de Nair de Souza, a Dona Fia. Os irmãos
de Chiquinho também enveredaram para a música e para o carnaval. Seu
irmão do meio, dois anos mais moço que ele, Almir Serra (1946 - 2017),
faria uma rápida passagem pelos Originais do Samba em 1979. Almir
ganharia mais tarde o mundo do samba e se tornaria a partir do início
da década de 80 o cantor e compositor Almir GuinEto, o homem que inovou
o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho –
ideia revolucionária dele e do companheiro Mussum. O irmão mais novo
dos Serra foi Lourival de Souza Serra (1950 - 2008), mais conhecido
pelo apelido de Mestre Louro, considerado um dos maiores diretores de
bateria da história do carnaval carioca e que esteve à frente da
bateria do Salgueiro no período entre 1972 e 2003.
Outro
salgueirense na parada era Wanderlei Duarte (1946), o Lelei (tamborim).
Além de excelente ritmista, Lelei – que se apresentava como morador do
alto do Morro do Salgueiro, na “primeira casa à direita de quem desce”
– divertia a todos quando fazia brincadeiras com a voz, fazendo-a
parecer rouca. Em várias gravações dos Originais ele utilizou esse
recurso para cantar. Lelei ficou no grupo até 1993.
O terceiro
salgueirense da trupe, Arlindo Vaz Germino (1942), o pandeirista
Bigode, é o único remanescente da formação original do grupo. Começou a
carreira no Trio Fluminense em meados dos anos 60. Em 1965 o trio foi
para São Paulo, onde fizeram shows por dois anos. Depois, junto com
Malaquias e Luiz Carlos Fritz “Escovão” (futuro Trio Mocotó), formou o
Trio Skindô. Nessa época, foi convidado para um teste nos Originais do
Samba e acabou ficando. Quando mais jovem começou como passista na
Imperatriz Leopoldinense, mas depois se transferiu para a vermelho e
branco da Tijuca. Bigode do Pandeiro é o decano, o único músico que
participou da gravação de todos os discos da carreira do grupo.
O
primeiro cuiqueiro dos Originais do Samba (e um dos seus fundadores)
foi José de Oliveira (1935 - 2020), o Zeca da Cuíca. O ritmista nasceu
em Friburgo (RJ) e por ter morado no Morro de São Carlos desde os três
anos de idade, acabou ingressando como ritmista na escola, no tempo em
que a Estácio de Sá ainda se chamava Unidos de São Carlos. Como
integrante d’Os Originais, Zeca estava na defesa de “Lapinha”, música
concorrente na primeira Bienal do Samba. No entanto, o músico deixou o
conjunto antes da gravação do primeiro LP, em 1969. À medida em que foi
ficando (re)conhecido pela maestria no toque da cuíca, Zeca foi sendo
convidado para tocar em discos e shows de grandes nomes da música
brasileira, como Ismael Silva, Cartola, Martinho da Vila, Zeca
Pagodinho, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Aragão, Marisa Monte e
Paulinho da Viola, entre muitos outros nomes. Zeca da Cuíca foi um dos
60 bambas laureados em 2007 pelo Ministério da Cultura como “Baluarte
do Samba”.
No lugar de Zeca da Cuíca, um substituto à altura:
Murilo da Penha Aparecida e Silva, o Bidi (1932 - 1983). Além de
notável ritmista, Bidi – que não deve ser confundido com Alcebíades
Barcelos, o “Bide” (1902 - 1975), compositor e parceiro de Armando
Marçal (1902 - 1947) em “Agora é cinza” – era dono de um currículo
invejável: recebeu o título de Cidadão Samba em 1966 e integrou a ala
de compositores da Imperatriz Leopoldinense. A verde e branco de Ramos
desfilou quatro vezes com sambas de sua autoria. Além de tocar cuíca,
Bidi fazia as vezes de solista. É dele a voz que ficou marcada em
diversos sucessos d’Os Originais do Samba.
Rubens Fernandes (???
– 1977), o Rubão, era aspirante a jogador de futebol e nas horas vagas
tocava surdo em um bloco carnavalesco do Rio chamado Mocidade do
Arranco. Chegou a treinar na categoria profissional de times cariocas e
no Esporte Clube Bahia, mas viu que sua carreira desportiva não iria
adiante. O frustrado atleta resolveu então aceitar o convite para tocar
surdo nos Originais do Samba. Rubão gravou 9 álbuns com o grupo e
faleceu em 1977, antes da conclusão do disco “Os Bons Sambistas Vão
Voltar”. Para substituí-lo, no surdo, entrou Nelson Fernando de Moraes
(1951 - 1989), o Branca Di Neve. Cantor, compositor e respeitado
percussionista paulistano (era oriundo da escola de samba Vai-Vai),
Branca ficou dois anos no grupo, gravou três discos (“Os Bons Sambistas
Vão Voltar”, “Aniversario do Tarzan” e “Clima Total”) e depois foi
tocar com artistas como Baden Powell, Toquinho, Nara Leão e Luiz Vagner
Guitarreiro. Fã de Jorge Ben Jor, Branca Di Neve foi um dos expoentes
do chamado samba-rock. Gravou dois discos solo cheios de suingue e com
boa repercussão de crítica, verdadeiras coletâneas de hits, como “Nego
Dito” (de Itamar Assumpção), “Boca Louca” (Zelão), “Pensamento Verde”
(João Velloso e Andó), “Kid Brilhantina” (Bedeu e Alexandre) e
“Salgueiro é uma raiz” (Branca di Neve e Luiz Carlos Xuxu). Com apenas
38 anos, Branca di Neve sofreu um derrame cerebral e faleceu em agosto
de 1989.
João Carlos de Oliveira (1947) participou da chamada
“segunda formação” dos Originais do Samba (a primeira sem Mussum).
Nascido em São Vicente (SP), Joãozinho Carnavalesco iniciou a carreira
musical como componente do Trio Mocotó, com Fritz Escovão e Nereu
Gargalo, que nos anos 70 acompanharam Jorge Ben. Após 8 anos com o Trio
Mocotó, Joãozinho entrou no lugar de Mussum nos Originais em 1982 e
gravou quatro álbuns com o grupo até 1991. O grande sucesso de
Joãozinho Carnavalesco foi “Alegrias de Domingo”, feito em parceria com
Maurinho da Mazzei. A canção foi gravada pelos Originais em 1989 e
também está no primeiro disco de sua carreira solo, lançado em 1992.
Atualmente, o cantor e compositor faz a abertura do Carnaval de São
Paulo, com o grupo Ilya Omnibu.
Diversos outros músicos
igualmente talentosos passaram pelas formações do conjunto, como o
guitarrista e vocalista Francisco de Assis Silva Pereira, o Sócrates
(1951 - 2020) e o ritmista José Delfino Rodrigues da Costa, o Gibi
(1951). Com um timbre de voz que lembrava a de Tim Maia, o paulistano
Sócrates (autor do hit “Vamos decidir”) começou a carreira cantando
black music nos anos 70. Gravou um disco, “Na Ponta da Sandália”, pelo
selo Alvorada/Chantecler, em 1978. Seu talento lhe rendeu mais de 500
composições e 200 canções gravadas por diversos artistas, tais como
Mato Grosso e Mathias, Paulo Sérgio, Carmem Silva, Ângelo Máximo e
Nilton César. Antes de entrar n’Os Originais tocava música sertaneja,
acompanhando a banda da dupla Matogrosso e Mathias. Ficou no grupo
entre 1992 e 2000, quando se afastou por problemas de diabetes, que lhe
custou parte da visão e dos movimentos das pernas. Gibi ingressou no
conjunto em 1990, tocando reco-reco e tamborim, e permaneceu por 10
anos. Saiu após sua conversão à religião evangélica, onde seguiu a
carreira musical no gênero gospel. Em 2016, ingressou na política
passando a concorrer a cargos eletivos em São Paulo. Também estavam
nesta época os músicos José Carlos Antônio Júnior, o Zeca do Cavaco
(1970), no cavaquinho e banjo; Rubens Pedreira Lima, o Rubinho Lima
(1973), na percussão, e Valtenir Aparecido Toledo, o Valtinho Tato
(1954).
Apesar de irresistível, a sonoridade d’Os Originais do
Samba não era unanimidade na imprensa. Vários críticos da época
condenavam o viés comercial do grupo, situando-o fora do universo mais
tradicional do samba.
Mesmo com instrumentos presentes nas
batucadas e rodas de samba, como reco-reco, pandeiro, surdo e cuíca,
seus discos também tinham forte apelo comercial e sofisticação nos
arranjos, com a presença de guitarras, teclados e metais, sendo
precursores do estilo que nos anos 90 ficou conhecido como “pagode”. Os
rapazes não tinham constrangimento em gravar em ritmo de samba sucessos
de Roberto Carlos, Benito di Paula ou da Jovem Guarda. Com a saída dos
integrantes fundadores, os Originais do Samba foram flertando com
outros gêneros, como samba-rock, pagode romântico, funk e até mesmo o
sertanejo pop.
Os Originais do Samba têm uma trajetória de mais
de 55 anos e 24 trabalhos lançados entre álbuns e EP. Cerca de 30
músicos já passaram pelo grupo, nas mais diversas formações. A atual
conta com Bigode do Pandeiro, Júnior (reco-reco), Marcos Scooby, filho
de Bigode (cavaco) e Rogério Santos (violão).
OS ORIGINAIS DO SAMBA-ENREDO
Além
da mistura de gêneros musicais, os Originais do Samba também gostavam
de gravar e tocar sambas-enredos em seus discos e apresentações.
No
período em que acompanharam Jair Rodrigues (entre 1969 e 1972),
gravaram com o cantor sambas como “Heróis da Liberdade” (Império
Serrano 1969, de Silas de Oliveira, Mano Décio e Manoel Ferreira),
“Bahia de todos os deuses” (Salgueiro 1969, de Bala e Manuel Rosa),
“Festa para um rei negro” e “Mangueira minha querida madrinha”
(respectivamente Salgueiro 1971 e 1972, ambos de autoria de Zuzuca).
Do
companheiro Bidi, gravaram “As três capitais” no disco “O samba é a
corda e os Originais a caçamba” (1972) e incluíram “A favorita do
Imperador, Marquesa de Santos” em um medley de sambas-enredo no segundo
disco, “Vol. 2” (1970).
Lógico que a Mangueira de Mumu não
poderia faltar no repertório: os Originais gravaram “Reminiscências do
Rio Antigo” (1964, de Cícero dos Santos, Hélio Turco e Pelado) no disco
“Clima Total” (1979), o último oficialmente com Mussum; “No Reino da
Mãe do Ouro” (1976, de Rubens e Tolito), no LP “Alegria de Sambar”
(1975), e “Caymmi mostra ao mundo o que a Bahia e a Mangueira têm”
(1986, de Ivo Meirelles, Paulinho e Lula), esta última em um medley com
“O poeta falou (Zona Leste somos nós)”, samba-enredo da Nenê da Vila
Matilde para o carnaval de 1988, do compositor Marco Antônio, faixa que
está no disco “Samba, Suor e Samba” (1989).
O conjunto gravou
ainda um compacto duplo com dois sambas-enredo para o carnaval de 1977:
“Narainã” (Ideval Anselmo e Zelão), do Camisa Verde e Branco, e “Do
Cauim ao Efó, com Moça Branca, Branquinha (Geraldo Babão e Renato de
Verdade), do Salgueiro. No disquinho ainda consta um samba para o bloco
de embalo Cacique de Ramos, “Sai da Frente” (de Luiz Carlos e Vitória).
Uma
observação: no disco “Sangue, suor e samba”, a faixa “Samba do Crioulo
Doido” é erroneamente creditada como sendo da Unidos de Padre Miguel de
1971, dos compositores Nelson Oliveira e Duduca da Aliança. Na verdade,
trata-se de uma versão da famosa música composta em 1968 pelo escritor
Sérgio Porto/Stanislaw Ponte Preta (1923 - 1968), como paródia ao viés
histórico dos sambas-enredo.
No disco “Originais de Todos os
Sambas” (1996), na formação que reunia Bigode do Pandeiro, Francisco de
Assis Silva Pereira, o Sócrates (1951 - 2020), na guitarra; José
Delfino Rodrigues da Costa, o Gibi (1951), no reco-reco e tamborim;
José Carlos Antônio Júnior, o Zeca do Cavaco (1970), no cavaquinho e
banjo; Rubens Pedreira Lima, o Rubinho Lima (1973), na percussão, e
Valtenir Aparecido Toledo, o Valtinho Tato (1954), também na percussão,
o grupo registrou dois sambas que foram campeões nos principais polos
carnavalescos do país: “Peguei um Ita no Norte” (de autoria de Demá
Chagas, Arizão, Bala, Guaracy e Celso Trindade), que fez o Salgueiro
explodir corações na Sapucaí em 1993, e “Coisa Boa é para Sempre” (do
compositor Grego), em que os Gaviões da Fiel levantaram a taça na
comemoração do jubileu de prata da escola no Anhembi em 1995.
Mussum,
em sua carreira solo também adorava gravar samba-enredo. No disco
lançado em 1980, o artista gravou “Descobrimento do Brasil” (Geraldo
Babão e Walter Moreira), que o Salgueiro apresentou no carnaval de
1962. Na mesma bolacha, Mumu e Martinho da Vila fazem um dueto em
“Teatro brasileiro”, samba enredo que Martinho e Gemeu concorreram na
Unidos de Vila Isabel para o carnaval de 1974, mas que não foi para a
avenida.
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INÍCIO: Início da década de 60. Como Os Originais do Samba, o início se deu em 1965.
SAMBAS DE AUTORIA DE BIDI:
“As três capitais” (Imperatriz Leopoldinense/1963);
“A Favorita do Imperador, Marquesa de Santos” (Imperatriz
Leopoldinense/1964); “A vida poética de Olavo Bilac”
(Imperatriz Leopoldinense/1967) e “Bahia em festa”
(Imperatriz Leopoldinense/1968).
DISCOGRAFIA:
• Baden, Márcia & Os Originais do Samba – Show
Recital, gravado ao vivo no Teatro Bela Vista, em São Paulo
(Philips, 1968)
• Os Originais do Samba (RCA, 1969)
• Os Originais do Samba - Volume 2 (RCA,1969)
• Samba é de Lei (RCA, 1970)
• Samba Exportação (RCA, 1971)
• O Samba é a Corda... Os Originais a Caçamba (RCA, 1972)
• É Preciso Cantar (RCA, 1973)
• Pra que Tristeza (RCA, 1974)
• Alegria de Sambar (RCA, 1975)
• Em Verso e Prosa (RCA, 1976)
• Compacto duplo Narainã / Água com Whisky / Do
Cauim ao Efó, com Moça Branca, Branquinha / Sai da Frente
(RCA, 1977)
• Os Bons Sambistas Vão Voltar (RCA, 1977)
• Aniversario do Tarzan (RCA, 1978)
• Clima Total (RCA, 1979)
• Os Originais do Samba (RCA, 1981)
• Canta, Meu povo, Canta (RCA, 1983)
• A Malandragem Entrou em Greve (Copacabana, 1986)
• Sangue, Suor e Samba (Copacabana, 1989)
• Brincar de Ser Feliz (ChicShow/Fivestar, 1992)
• A Vida é Assim (ChicShow/Fivestar, 1994)
• Os Originais do Samba (RGE, 1995)
• Os Originais de todos os sambas (RGE, 1997)
• Os Originais do Samba Ao Vivo (Rhythm and Blues, 2000)
• Swing dos Originais (Rhythm and Blues/Canta Brasil, 2003)
• A Corda Arrebenta e o Samba não cai (Independente, 2008)
• Ontem, hoje e sempre (Sony Music, 2017)
DISCOGRAFIA SOLO MUSSUM:
• Mussum (RCA, 1980)
• Mussum (RCA, 1983)
• Mussum (RCA, 1986)
DISCOGRAFIA SOLO BRANCA DI NEVE:
• Branca Mete Bronca (Continental, 1987)
• Branca Mete Bronca Vol. 2 (Continental, 1987)
DISCOGRAFIA SOLO JOÃOZINHO CARNAVALESCO:
• Tudo Mudou (JWC, 1992)
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MAIS
FOTOS DOS ORIGINAIS DO SAMBA
Na
1ª Bienal do Samba, festival transmitido pela TV Record em 1968,
acompanhando Elis Regina (ao microfone) e Baden Powell (violão)
Formação
dos Originais do Samba com Zeca da Cuíca (sentado com seu
instrumento no colo). Foto provavelmente tirada em 1967
Capa
do primeiro LP dos Originais do Samba, lançado em 1969,
após o sucesso na Bienal do Samba, no ano anterior. Bidi
já na cuíca
Entre
o final dos anos 60 e início dos 70 os Originais do Samba
excursionavam com o cantor Jair Rodrigues, além de fazerem o
acompanhamento musical nos discos do cantor nesta época
Contracapa
do disco "É preciso cantar", com Rubão (surdo), Lelei
(tamborim), Bigode (pandeiro), Mussum (reco-reco), Chiquinho
(ganzá) e Bidi (cuíca)
O sexteto durante a gravação do clássico programa "MPB Especial", que foi ao ar pela TV Cultura em 1972
Os
Originais do Samba eram energia pura nas apresentações,
em performances baseadas em dança, percussão e canto
coletivo, com espaço para improvisos e recheada com muita
simpatia
Originais
do Samba em apresentação ao receber o Trofeu Imprensa de
Melhor Grupo de Música, provavelmente em 1976
Além
de cuiqueiro, Bidi era o solista do grupo. Foi Cidadão Samba em
1966 e autor de quatro sambas enredo da Imperatriz Leopoldinense,
incluindo o clássico "As três capitais"
Chiquinho
foi um integrante da nobreza da família Serra: filho de Seu
Ioiô e Dona Fia e irmão mais velho de Almir Guineto e
Mestre Louro
Rubão,
de aspirante a jogador de futebol a ritmista dos Originais do Samba.
Tocava surdo em um bloco carnavalesco do Rio quando aceitou tocar surdo
no sexteto
Lelei
era fera no tamborim e divertia a todos quando fazia brincadeiras com a
voz, fazendo-a parecer rouca. Ficou no grupo até 1993
Capa do disco "Clima Total" (1977), já com Branca di Neve (à direita da foto) na formação
Contracapa do disco "Branca mete bronca Vol.1", recheado com clássicos do swing
Zeca
da Cuíca, fundador dos Originais e reconhecido como um dos 60
bambas laureados em 2007 pelo Ministério da Cultura como
“Baluarte do Samba”
Joãozinho
Carnavalesco à frente dos Originais do Samba em
apresentação no Clube do Bolinha na TV Bandeirantes, em
1988
Além dos Originais, Joãozinho Carnavalesco tocou antes com o Trio Mocotó e hoje segue carreira solo
Álbum
"Brincar de ser feliz" (1992), na formação com o
guitarrista Sócrates e o ritmista Gibi (os dois em pé,
à direita da foto, ao lado de Bigode). A mistura musical do
grupo incluiu até o hit sertanejo gravado por Chitãozinho
e Xororó, que batiza o disco
Bigode
do Pandeiro é o remanescente da formação original
e o único que participou de todos os discos gravados pelo grupo
Capa do compacto que os Originais gravaram com os sambas do Salgueiro e do Camisa Verde e Branco para o carnaval de 1977
Sócrates
ficou no grupo entre 1992 e 2000, quando se afastou por problemas de
diabetes, que lhe custou parte da visão e dos movimentos das
pernas
Após
10 anos nos Originais, Gibi saiu do grupo após sua
conversão à religião evangélica. Em 2016,
ingressou na política passando a concorrer a cargos eletivos em
São Paulo
Mussum na direção de harmonia da Mangueira do Amanhã, na Sapucaí, no carnaval de 1988
"Didi,
Dedé, Mussum e Zacarias / Seu mundo é / Encanto e
magia..." cantava a Unidos do Cabuçu ao homenagear Os
Trapalhões no Carnaval de 1988, na Sapucaí
Formação
atual dos Originais do Samba, com Bigode do Pandeiro, Júnior
(reco-reco), Marcos Scooby, filho de Bigode (cavaco) e Rogério
Santos (violão)
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