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Carioca, intérprete de samba enredo, produtor musical, cantor e cavaquinista. De família de sambistas, Marcinho Alexandre foi criado dentro de escolas de samba e passou a maior parte da infância na quadra da Império Serrano, onde foi diretor musical.

Sua trajetória no carnaval iniciou-se como músico de carro de som. Além da verde e branco da Serrinha, também tocou cavaquinho na Imperatriz Leopodinense, Tradição e Unidos da Tijuca. Depois, passou também a cantar. No Rio, atuou como intérprete de samba enredo na Vila Isabel, Arranco do Engenho de Dentro, Unidos da Tijuca e Império Serrano.

Dos amigos, ganhou o apelido de Marcinho Picanha, nome que o inseriu no meio artístico. Foi arranjador do CD das escolas de samba do grupo de acesso do Rio de Janeiro entre os anos de 2007 a 2011. Neste período, os álbuns foram produzidos por Leonardo Bessa e por Ivo Meirelles.

O músico realizou diversas gravações com produtores renomados, como Bira Haway, Marquinhos Santos, Evaldo Santos e maestro Ivan Paulo. Hoje tem seu próprio estúdio musical, o MAFUÁ MUSIC onde realiza diversas produções dentro e fora do carnaval.

No final de 2013, Marcinho ingressou no carnaval paulistano. O músico foi a voz da Vai-Vai nos anos de 2014 e 2015, quando a Saracura conquistou seu décimo quinto campeonato, e, ao lado de Gilsinho, sacudiu o Sambódromo do Anhembi com o enredo: “Simplesmente Elis. A fábula de uma voz na transversal do tempo”.

Em 2016, Marcinho Alexandre integrou o carro de som da Unidos de Vila Maria e, logo após o carnaval, no mês de abril, foi anunciado como o cantor oficial do Camisa Verde e Branco para desfile do ano seguinte, pelo Grupo de Acesso, quando a entidade escolheu reeditar o samba-enredo “A Revolta da Chibata: luta, coragem e bravura! João Cândido, um sonho de liberdade”, de 2003. No entanto, em outubro o cantor foi apresentado como novo integrante do Grupo Fundo de Quintal, um dos mais tradicionais do samba brasileiro. Isso fez com que a agenda de shows da banda e os ensaios para o carnaval fossem difíceis para conciliar. Com isso, amigavelmente o intérprete e o Trevo da Barra Funda chegaram a um acordo para o desligamento.

Antes de entrar no Fundo de Quintal, Marcinho produziu e lançou seu CD solo (Samba com Picanha). Também produziu o primeiro disco solo do intérprete Bruno Ribas, além de ter participado do musical “Canta Brasil”, dirigido pelo maestro, artista plástico e carnavalesco Jorge Freitas (Portela, Arranco, Rosas de Ouro, Império de Casa Verde e Gaviões da Fiel). Em 2017, produziu o EP da cantora Paula Esteves, sobrinha-neta de Pixinguinha.