Se o Rio samba,
Sambario é quem me leva
É quem é Bambas não dá mole pra caô
Fazer a
cabeça tem hora
Couro come e não demora
Foi assim que o morro
ensinou
Malandro é malandro, mané é mané
Bamba de fato bota
banca e diz no pé
Fala aí, Bezerra, do nordeste, da tristeza
De um
povo sofredor
Que não perdoa dedo duro delator
Aperta e acende
agora
Que o preço da glória só conhece quem pagou
Se há miserê lá no
barraco
É porque há um-sete-um engravatado
Pega eu,
pega eu
Se a boca é boa
Me devolve o que é meu
A favela é assim
Um problema sem fim, exclusão
social
Afinal, quem será o tal ladrão
O "sambandido" ou o poderoso
chefão?
O delegado é quem mandou averiguar
Se a cocada é boa, todo
mundo quer comprar
Quem vai, quem vai querer
Sequestrar a minha
sogra
Tem piranha pra valer
Na periferia, fui vivendo e
aprendendo
Não dar mole pra "Kojak", enfrentar o sofrimento
Sair de
pinote, ser malandro é isso aí
Muito bem conceituado, ponta-firme até o
fim
Na batida do tambor
Salvando São
Murungar
Bato cabeça, me ajoelho no gongá
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