JULIO NEGÃO
JULIO NEGÃO
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Nome completo: Julio Cezar Cândido de Barros
Ano de nascimento: 1971
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As
grandes vozes do carnaval não estão restritas apenas
às noites de domingo e segunda-feira no sambódromo da
Marquês de Sapucaí. Grandes cantores também
demonstram seu potencial nas demais divisões do carnaval do Rio
de Janeiro. É o caso de Júlio Negão, cantor de
excelente timbre vocal e de carreira sólida nas escolas de samba
dos grupos intermediários.
Julio começou no Arranco em 1996, nas disputas de sambas da
escola do Engenho de Dentro. Depois, passou pelos Canários das
Laranjeiras e se tornou intérprete oficial em 1997 na
Foliões de Botafogo. O cantor permaneceu na escola por oito
anos, inclusive nas duas vezes em que a hoje extinta vermelho e branco
do bairro de Botafogo, na zona sul, esteve no Grupo B (equivalente
à terceira divisão), desfilando na Sapucaí, em
2001 e 2002.
Em 2005 Júlio Negão assumiu o microfone número 1
da então novata União do Parque Curicica, que naquele ano
foi campeã do Grupo C (quarta divisão). Aliás, foi
o último título da escola e o enredo era “Bahia de
São Salvador, o Porto Seguro do Brasil”, do carnavalesco
Jorge Caribé e o samba-enredo fora composto por Zezinho de
Lucas, Paulo Cruz e Manero. No ano seguinte, já no grupo B,
Júlio gravou e defendeu na avenida o irreverente samba que
homenageava a diversidade “GLS com a bandeira da alegria, o
babado da Curicica no carnaval é só alegria!”,
composto por Humberto Carlos, Elizeu, Jarbas da Freguesia e Robson
Vivendo. Em 2007, seu último ano na Curicica, gravou e cantou
“Brazil S.A – A pátria que nos pariu!”,
samba-enredo composto por Ribeiro, Pedro Miguel, Leandro Thomaz,
Ronaldo Yllê e Maneco.
Para o carnaval de 2013, o intérprete foi contratado para ser o
cantor principal da Lins Imperial, no ano em que a escola reeditou o
histórico samba “Por um lugar ao Sol”, dos
compositores Celso, Lima, Marinho e Ernandes, originalmente levado
à avenida em 1986. Era o trunfo para uma possível
recuperação da verde e rosa de Lins de Vasconcellos, que
estava no Grupo C. Infelizmente, a agremiação não
fez um bom desfile e amargou uma queda para o Grupo D.
Júlio Negão ainda desfilou no coral de apoio em outras
escolas, como a já citada Canários, Unidos de Bangu,
Acadêmicos da Rocinha e na Vizinha Faladeira, em 1996, no ano em
que a cantora Elba Ramalho foi homenageada pela “sereia da zona
portuária”. O intérprete também integrou o
carro de som da Mocidade Unida do Santa Marta, no ano em que a escola
desfilou no Sambódromo, em 1998, pelo Grupo B, com um enredo
sobre Zumbi dos Palmares.
O cantor diz que compõe e que é autor de vários
sambas que defendeu nas disputas e que já foram para a avenida,
mas sem assinar.
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INÍCIO: Nas disputas de samba enredo no Arranco do Engenho de Dentro, em 1996.
1996 – Vizinha Faladeira (apoio de Carlinhos Cantor)
De 1997 a 2004 – Foliões de Botafogo (intérprete oficial)
1998 – Mocidade Unida do Santa Marta (apoio)
2005 a 2007 – Curicica (interprete oficial)
2013 – Lins Imperial (intérprete oficial)
*Júlio
Negão também desfilou pelos Canários das
Laranjeiras, Unidos de Bangu e Acadêmicos da Rocinha.
GRITO DE GUERRA: Minha escola querida! Explode (diz o nome da escola).
CACOS DE EMPOLGAÇÃO: “mete
a mão, mete a mão”; “swingando”;
“tira onda, bateria”; “maravilha, maravilha”.
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MAIS
FOTOS DE JULIO NEGÃO
Os
personagens principais também têm seu momento de
espectadores. Júlio e seu compadre Antonio Carlos (à esq)
em 2012 no setor 1 do sambódromo da Sapucaí
Júlio, AC (de boné) e Andinho Samara (à direita) e mais um parceiro não identificado
Julio com a camiseta da infelizmente já extinta Foliões de Botafogo
Julio
Negão (de camisa branca e camiseta verde) com compositores em
disputa na Império da Tijuca para o carnaval de 2017
Júlio soltando a voz na disputa do enredo "Samba de Quilombo" na Império da Tijuca para 2021
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