Jorginho
do Império é de estirpe nobre. Nascido em Madureira e
filho do saudoso compositor Mano Décio
da Viola, começou a carreira fazendo abertura de shows
de Martinho da Vila, no final dos anos 60. Tem cerca de
20 discos gravados em mais de 35 anos de trajetória
artística. Jorginho já era um artista consagrado quando
recebeu o convite da diretoria do Império Serrano para
ser puxador oficial da escola, logo após o carnaval de
95.
Estreou
defendendo um dos mais bonitos sambas da década de 90,
“Verás que um filho teu não foge à luta”, em
homenagem ao sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. O
belo desfile deu à verde-e-branco da Serrinha a sexta
colocação no carnaval de 1996. No ano seguinte,
Jorginho voltou novamente ao carro de som a escola.
Porém, a escola não foi bem sucedida com o discutido
“O mundo dos sonhos de Beto Carrero” e amargou
o rebaixamento para o Grupo A. Jorginho do Império se
afastou durante um ano e retornou em 1999, para puxar o
samba “Uma rua chamada Brasil”.
Até hoje, estas foram as três
experiências de Jorginho do Império como puxador de
samba de fato. Até então, só cantava samba-enredo em
shows ou em disco, geralmente os sambas de seu pai, Mano
Décio da Viola, ou de Silas de Oliveira. Jorginho
freqüentava a quadra do Império Serrano desde
adolescente. Passou a desfilar na escola com regularidade
e participava das rodas de samba na Serrinha. Em 1971,
Jorginho foi eleito "Cidadão Samba do Estado da
Guanabara". Por essa época, participava como
ritmista do grupo que acompanhava Martinho da Vila. No
ano de 1973 lançou o primeiro LP: "Pedra
noventa". Em 1975, lançou o disco "Viagem
encantada" e alcançou sucesso com as músicas
"Na beira do mar" e "Dinheiro vai,
dinheiro vem".
Sua carreira internacional inclui
shows em vários países, como Hong Kong, Argentina,
França e Japão. Gravou 21 LPs e três CDs durante a sua
carreira. Na década de 80, Jorginho afastou-se do
Império alegando divergências e se integrou à
diretoria da União da Ilha do Governador. Nos anos 90,
foi diretor da Unidos do Porto da Pedra, escola que
ajudou a organizar e foi um dos responsáveis em
transformar um pequeno bloco carnavalesco de São
Gonçalo numa escola de samba em condições de competir
no Grupo Especial do Rio de Janeiro. Em 2003, voltou
à diretoria da Império Serrano, onde permanece até hoje.
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INÍCIO: Império Serrano, desde a
adolescência.
Primeiro ano como intérprete oficial:
1996
1996, 1997 e 1999 – Império
Serrano
GRITO DE
GUERRA: Alô,
familia imperiana! Verás que um filho teu não foge à
luta!
Discografia:
· Pedra noventa (1973)
· Quem quiser pode vir
(1974)
· Viagem encantada (1975)
· Jorginho do Império
(1977)
· Agora sim... (1978)
· Festa do preto forro
(1980)
· Jorginho do Império
(1981)
· Alma imperiana (1984)
· Festa do samba (1985)
· Pra quem
gosta de samba (2002)
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MAIS FOTOS DE JORGINHO DO IMPÉRIO
Jorginho com o pai, Mano Décio da Viola, durante o
desfile do Império Serrano de 1980
Com o sambista Jairo Bráulio, durante o programa "Carnaval de Primeira", que apresentou na CNT em 1996
Em 1992, como diretor de harmonia da Rocinha
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