A voz que conduz a Portela é
de um carioca que precisou primeiro fazer fama no carnaval de
São Paulo para depois chegar à Marquês de
Sapucaí. Gilsinho - contratado após a saída de
Bruno Ribas - é dono de uma voz potente e bem timbrada, carioca
da Vila da Penha e filho do músico Jorge do Violão,
baluarte da Portela que integrou a Velha Guarda da escola. O cantor
é afilhado do sambista Casquinha, também integrante da
Velha Guarda da azul e branco de Madureira. Gilsinho é
presença constante nas eliminatórias.
O atual intérprete da Portela já
integrou o grupo de pagode Fora de Série. Também
já foi componente de bateria, castigando instrumentos como
caixa, repique e surdo. Sobre seus intérpretes favoritos,
Gilsinho cita Rixxa e Dominguinhos do Estácio. "Sou portelense e
não me esqueço do Rixxa cantando os sambas da Portela. O
samba de 95 na voz do Pavarotti do Samba é maravilhoso", revelou.
Apesar
de só agora estar em evidência, Gilsinho é um
artista rodado. Participou do grupo de apoio de Neguinho da Beija-Flor
e há uma informação (não confirmada) de que
tenha integrado a harmonia de Dedé da Portela em 1993, no enredo
"Cerimônia de casamento". Foi através das
apresentações do grupo Fora de Série que Gilsinho
desembarcou em São Paulo, no final dos anos 90. Logo em seguida,
recebeu o convite para cantar na Vai-Vai, onde ficou em 2001 e 2002,
cantando ao lado dos veteranos Agnaldo Amaral e Thobias. Em 2004, se
transferiu para a Barroca da Zona Sul e, em 2005, ainda no
Sambódromo do Anhembi, foi primeiro cantor na Unidos de Vila
Maria. Em 2010, voltou para a Vai-Vai, onde
fez jornada dupla cantando na Portela e também na escola
paulistana. No carnaval virtual da LIESV, cantou na Imperatriz Paulista
em 2011 e 2012.
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Após
o Carnaval de 2013, Gilsinho
anunciou sua saída da Portela após oito carnavais
defendendo a Águia e foi confirmado como o novo
intérprete da Vila Isabel. Em 2015, foi para o seu segundo ano
na Vila, enquanto em São Paulo, iniciou sua terceira
passagem na Vai-Vai arrebatando o campeonato, entoando o
antológico samba sobre Elis Regina. Foi seu segundo
título como intérprete principal, os dois pela escola do
Bixiga. Em 2016, retornou à Portela, fazendo dupla com Wantuir e
desde 2017 voltou a ser o único intérprete principal
da Águia, ajudando a azul-e-branco a quebrar o jejum de 33 anos.
Em 2018, esteve no carro de som da Vai-Vai, em sua
quarta passagem pela agremiação. Desde 2022,
canta também na Tom Maior, além de assumir a
vice-presidência da União do Parque Acari, que subiu para a Série Ouro na Sapucaí.
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Sua característica como
intérprete é levantar o samba. "Gosto de colocar o samba
no alto. Sempre pra frente e com a missão de levantar a
arquibancada", afirmou.
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Primeiro
ano como intérprete oficial: 2001
Vai-Vai
(SP) - 2001 e 2002
Barroca da Zona Sul - 2004
Unidos de Vila Maria - 2005
Portela - 2006 a 2013
Vai-Vai (SP) - 2010
Imperatriz
Paulista (carnaval virtual) - 2011 e 2012
Vila Isabel -
2014 e 2015
Vai-Vai (SP) - 2015 (ao lado de Márcio Alexandre)
Vai-Vai (SP) - 2018 (ao lado de Grazzi Brasil e Belo)
Imperadores do Sol (Uruguaiana-RS) - 2019
Portela - desde 2016 (ao lado de Wantuir em 2016)
Tom Maior - desde 2022
Imperadores do Sol (Uruguaiana-RS) - desde 2023
Acadêmicos do Campo do Galvão (Guaratinguetá-SP) - desde 2024
União Imperial (Santos-SP) - desde 2024
* há uma informação (não confirmada) de que
tenha sido apoio de Dedé na Portela em 1993
GRITO DE GUERRA: Quando está na Portela, usa o grito de guerra: Aí Oswaldo Cruz e Madureira. Vaaai na giiiinga, Porteeeelaaaaa!
CACOS CARACTERÍSTICOS: Não tem muitos cacos. Geralmente faz a
chamada com a primeira palavra dos versos das estrofes dos sambas.
Também brada "É tudo
nosso!".
SAMBAS DE SUA
AUTORIA: "Rio, Azul da Cor do Mar" (Portela/2011, com Wanderley
Monteiro, Luiz Carlos Máximo, Jr.
Scafura e Naldo)
PRÊMIOS:
Estandarte de Ouro (2012, 2019 e 2022), Estrela do Carnaval de melhor
intérprete do
Especial em 2011 e 2019 e Tamborim de
Ouro de Voz da Avenida em 2012. Sambanet de intérprete do Especial em 2020.
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