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Preto, cadê a Jóia? - Para se adequar aos desfiles atuais, os
intérpretes predominantes no carnaval precisam ter uma voz mais
potente do que o normal e, acima de tudo, agudos qualificados, de tal
forma que se "berre" o samba. As
escolas colaboram subindo desnecessariamente tons de alguns trechos originalmente
em menor, procurando deixar a obra sempre
"pra cima", o que contribui para a famigerada
pasteurização do gênero. O que notamos são os
clássicos cantores de samba-enredo, que tanto
apreciávamos até meados dos anos 90, relegados à
segundo plano e preteridos por estes profissionais cujos agudos têm
potencial para, por que não?, quebrar copos. Preto Jóia (E), uma das mais
consagradas vozes da Marquês de Sapucaí dos últimos
tempos, perdeu espaço não só na Imperatriz como também no Grupo Especial do
Rio. Após uma passagem meteórica pela Inocentes de
Belford Roxo, onde apenas gravou o samba no CD, o experiente Amaury
Valdo foi parar no obscuro segundo grupo do carnaval paulistano. Em 2011,
defenderá a modesta Acadêmicos do Tatuapé,
campeã do terceiro grupo e que, teoricamente, tentará se
manter na segundona do Anhembi. Os CDs do Carnaval de São Paulo
foram recentemente lançados. E quando você coloca a faixa
da Tatuapé... com toda a franqueza de quem ouve samba-enredo
há tantos carnavais, Preto Jóia faz o amante de samba
manter fixo o sorriso no rosto.
Seu clássico "Ih, gente... dá licença"
já nos desperta alguma nostalgia. O estilo que o velho Preto
Jóia conduz o samba da Tatuapé é algo
similar a
artigo de colecionador: não se ouve mais nos últimos
álbuns. É reflexo da categoria de um verdadeiro
intérprete de
samba-enredo, cujos expoentes atualmente oferecem suas
experiências para
outras praças como Porto Alegre, onde se encontram Paulinho
Mocidade e Quinzinho, que já chegaram a ser os mais
cobiçados pelas escolas cariocas há um certo tempo,
além de Rico Medeiros e Sobrinho, atualmente desempregados, com
o último citado praticamente cego. A
audição do samba-enredo da escola paulistana é
deliciosa, você deixa tocando sem parar na função
"repeat" de seu player e se esquece da vida. Tudo por conta da
incrível leveza
que Preto Jóia imprime à sua interpretação.
Sempre natural e sem forçar, com um toque individual que apenas
ele parece capaz, o ex-intérprete da Imperatriz fornece ao
samba ginga, malandragem e clima absolutamente irresistíveis. O
carismático Preto Jóia é daquelas personalidades
cuja ausência no carnaval faz o simpatizante da folia do Momo
sentir-se órfão. Sua antológica
atuação no registro do samba-enredo da Tatuapé,
pelo menos pra mim, é a maior alegria deste período
pré-carnavalesco. Profissionais do seu naipe, com tanta
presença e que proporcionam do mais simples ao complexo samba um
espetáculo, infelizmente
estão em extinção no carnaval, graças
à proliferação dos intérpretes
"gritões" e dos que apelam para reverberações
vocais que beiram o insuportável em alguns momentos. Preto
Jóia faz falta no carnaval carioca. A
Tatuapé agradece! O Anhembi também!A propósito... - Qual a moral daquele andamento afrevado da bateria da Vai-Vai no CD? E até quando vai essa parafernália de dividir a comercialização dos sambas-enredo de São Paulo em dois discos, um para cada liga? Como sempre...
- O SAMBARIO foi
o primeiro veículo carnavalesco a divulgar
as opiniões a respeito dos sambas-enredo cariocas para
2011. É um serviço que o site dos sambas-enredo presta ao
bamba desde a sua primeira atualização, em 29 de maio de
2004. As avaliações divulgadas aqui, desde este período
até hoje, sempre foram isentas, julgando apenas e tão
somente a qualidade da obra, sem se deixar levar por torcida por esta
ou aquela agremiação ou pelo samba ser de autoria do
fulano ou sicrano. Já aconteceu de um compositor de samba com
avaliação razoável por nossa equipe se queixar
pessoalmente pela mesma obra ter obtido notas 10 do júri oficial. Ora,
nos desfiles, o que é levado em E as reedições? - Saíram de moda mesmo... Não há nenhuma repetição de samba-enredo nos discos do Especial, A e B. O que se sabe é que apenas a Canários das Laranjeiras, no Grupo E, irá utilizar um tema que a própria já apresentou em 1991, quando foi campeã do quarto grupo na época. Os contrários às reedições, que são muitos, e as alas de compositores não têm do que reclamar!
Desabafo - Pra fechar, disponibilizo integralmente o e-mail do internauta Renne Blum Barbosa, que em pleno Dia Nacional do Samba (2 de dezembro) tentou adquirir ingressos para as frisas da Sapucaí, porém esbarrou no contestado serviço por telefone ao tentar reservar a preferência para a compra. Um absurdo. Hoje pela manhã, mas precisamente as 9:00 começou a venda de ingressos de frisa para o Desfile da Escolas de Samba do Grupo Especial, como de costume eu e minha Mãe, já estávamos preparados para o verdadeiro “INFERNO” que seria a compra dos mesmos. Acordamos e começamos a ligar (via fax) para a Liesa para poder efetuar a compra, só que o tempo passava, passava, passava e nada, somente ocupado. Resumindo, fiquei sem os ingressos, que com certeza, como é de praxe, já tinha se esgotados em menos de uma hora. Fica a pergunta, será que esse método de venda de ingressos é justo? As empresas de turismo têm preferência? (que na minha opinião, com certeza tem). A verdade seja dita, o sambista de verdade, fica de fora do espetáculo. Minha família, muito digna, diga-se de passagem, está totalmente triste em um dia que era pra ser festejado, regado a samba, cerveja e muito alegria, vejo um clima completamente de abatimento. Hoje dia Nacional do Samba dia 2 de Dezembro, devia ser mais respeitado e mais reconhecido por essa Liga. Tenho a certeza que mesmo sem a frisa (um lugar que com certeza tem muito conforto, onde trabalho dia e noite para juntar meu “suado” dinheiro, para poder curtir o Carnaval) brincarei bastante em qualquer outro setor da Avenida. Mas o que realmente me deixa bastante, posso dizer, EXTREMAMENTE chateado, é a mordomia em que pessoas não ligadas ao Carnaval têm, tirando o direito de sambistas de verdade que não podem pagar o preço de subir em um camarote, ou comprar seu divido ingresso, seja na frisa, na arquibancada, seja em qualquer lugar, para que pessoas como artistas, e mulheres “capa de revista” as ocupem. O sambista de verdade não quer que seja dado nada a ele, quer somente o direito de curtir o Carnaval do jeito que ele deseja, e não que um simples telefonema restrinja o seu momento mais emocionante de todos, Desfile das Escolas de Samba. Abaixo a esse método ridículo de venda de ingressos. Assino embaixo! 2011 vem aí com novo visual para o SAMBARIO. Que todos tenham um Feliz Natal e um Ano Novo com muito samba no pé! |
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