DENILSON BENEVIDES
DENILSON BENEVIDES
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Nome completo: Nílson Prado Benevides
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Ano de nascimento: 1945
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Ano de falecimento: 2017
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Denílson
foi um cantor oriundo da canção popular que teve uma
passagem efêmera, porém marcante como intérprete no
carnaval de São Paulo. O cantor tinha um timbre vocal muito
privilegiado, tendo facilidade de sua voz passear por várias
tonalidades.
Nascido no Rio de Janeiro, em pouco tempo seus pais se mudaram para
São Paulo, cidade que adotou em seu coração e
onde, logo aos dez anos de idade, iniciava sua carreira musical se
apresentado em eventos musicais do circo Guaraciaba, em Santo
André. Em 1960, aos 15 anos, foi convidado a participar do grupo
Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano. O conjunto teve um relativo
sucesso nas décadas de 50 e 60 e era formado por um coro de
vozes negras femininas e masculinas, com destaque para o mítico
Noriel Vilela, com sua poderosa voz de baixo profundo, e que no final
dos anos 60, lançou o sucesso “Dezesseis toneladas”.
Entre idas e vindas dos Cantores de Ébano, o artista participou
de outros conjuntos vocais, como Os Três Tons (em 1962, com Jorge
de Oliveira e Nelson Caetano) e Os Uirapurus (1969). No início
dos anos 70, seu produtor rebatizou Nilson com o pseudônimo
Denílson, graças à existência de um cantor
homônimo, e lançou-se em carreira solo gravando discos e
se apresentando na noite paulistana. Denílson lançou
vários singles e alguns LP’s, dentre eles
“Razão, Samba e Forma”, “Meu idioma é
Samba” e “Momentos Especiais”, onde ficou claro que
Denílson se tornara um intérprete bastante variado,
lição que aprendeu nas longas noites de São Paulo.
Após a morte de Noriel, em 1975, o grupo Cantores de
Ébano se desfez por algum tempo, até que se encontrasse
um substituto à altura do cantor falecido. E o substituto
indicado foi o próprio prata-da-casa Denílson, que se
reintegrou ao conjunto durante alguns anos.
Já no início dos anos 80 ingressou no mundo encantado do
carnaval e já de saída foi considerado o melhor
intérprete de sambas de enredo de São Paulo, sendo
campeão com a escola de samba Vai-Vai, em 1981, interpretando na
Avenida Tiradentes o samba “Acredite se quiser”. No ano
seguinte, repetiu a performance com “Touro Rei”, na
Renascença da Lapa. A partir daí se apaixonou pelo
carnaval, defendeu outras agremiações e logo a seguir
passou a exercer a função de comentarista carnavalesco,
função essa que exerceu até quase o final da vida.
Em meados da década de 80, passou a se apresentar frequentemente
em boates e cassinos nos Estados Unidos. Em uma de suas passagens pela
America, Denílson teve a honra de se apresentar com uma
então desconhecida cantora que muito pouco tempo depois veio a
tornar-se Whitney Houston, considerada uma das maiores vozes femininas
de todos os tempos.
Já incorporando o sobrenome de batismo ao seu nome
artístico, Denílson Benevides também desempenhou a
função de ser maestro do Coral Anhembi, a partir do ano
2000, e seguiu lançando discos, tendo seu filho Fabrício
Benevides na produção musical. O cantor faleceu em abril
de 2017, aos 72 anos.
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INÍCIO: 1980, na escola de samba Vai-Vai (São Paulo).
1981 – Vai-Vai
1982 – Renascença da Lapa
1983 a 1986 – Renascença da Lapa e Mocidade Alegre
(defendendo samba apenas na avenida, sem gravar o disco oficial).
GRITO
DE GUERRA:
Olha o Vai-Vai pisando no asfaltooooo! (em 1981); Olha o
Renascença da Lapa chegôôô! Simbora meu povo,
diz aí! (1982)
GRITOS
DE EMPOLGAÇÃO:
Não tinha como característica ter cacos, geralmente fazia
a chamada com a primeira palavra dos versos das estrofes dos sambas.
DISCOGRAFIA CARNAVALESCA:
- Sambas Enredo Grupo Especial São Paulo 1981 – faixa Vai-Vai
- Sambas Enredo Grupo Especial São Paulo 1982 – faixa Renascença da Lapa
PRÊMIOS
Melhor intérprete de Sambas Enredo de SP nos anos de 1981, 1982, 1983, 1985 e 1986.
DISCOGRAFIA DE CARREIRA:
Compacto/78 rpm, com as canções “A Noiva” e
“Greenfields” (com Os Cantores de Ébano, 1961)
Os Anjos cantam (com Os Cantores de Ébano, 1962)
- Raízes (com Os Cantores de Ébano, 1963)
- Os Três Tons (1962)
- Os Três Tons (compacto duplo com as músicas “O
menino e o alçapão”, “Jangadeiro”,
“Canção do Amanhecer” e “Ave Maria dos
olhos dela”, 1962)
- Os Uirapurus (1968)
- Compacto simples com as músicas “Nosso sonho de
amor” (Our Love Dream) e “Caminho que era nosso”
(1972) – pseudônimo grafado na capa como DNilson
- Razão, Samba e Forma (1974)
- Meu idioma é samba (1976)
- Minha decisão (1977)
- Momentos Especiais (1977)
- The Voice (1996)
- Ainda bem que aqui tem (2000)
- The Voice II (2003)
- Benevides por Benevides (2005)
- Eu sei que vou te amar (2007)
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MAIS FOTOS DE DENILSON BENEVIDES
Capa do disco "Meu Idioma é Samba"
Capa do disco "Razão, Samba e Forma"
Capa do disco "Momentos Especiais"
Capa do disco "Minha decisão"
Capa
do compacto simples com o primeiro trabalho já com o novo nome
artístico de Denílson, grafado na capa como DNilson
Capa do disco "The Voice"
Denílson sendo entrevistado no Programa do Jô em 2004.
Foto
do disco "Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano", considerado por
especialistas como um dos 100 discos mais fundamentais da MPB.
Denílson, então com 15 anos, está à direita
do violonista. À esquerda do rapaz do violão, o
mítico baixo profundo Noriel Vilela.
Capa
do disco Os Três Tons (Denílson está à
esquerda, acompanhado por Nelson Caetano, ao centro, e Jorge de
Oliveira, à direita).
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