Com
uma bela voz de timbre grave, bela dicção e
formidável potencial vocal, Daniel Silva tem tudo para se
ingressar no primeiro time nos intérpretes do carnaval. Apesar
de 2005 ter marcado a sua estréia como cantor oficial, Daniel
é experiente e figura constante nas eliminatórias dos
sambas.
Daniel Silva começou no mundo do samba precocemente, com apenas
7 anos de idade, sendo mascote da bateria da São Clemente, onde
tocava tamborim em 92. Em 95, sua família se mudou para o bairro
de Cavalcante e o garoto aprendeu a tocar cavaquinho e ingressou na Em
Cima da Hora. Foi o cavaco oficial da escola até 2000.
Começou a soltar o vozeirão nas
rodas de samba da Império Serrano. Impressionada com o jovem, a
presidente da escola Neide Coimbra pediu a ele cantasse um samba da
verde e branco da Serrinha. Daniel cantou e imediatamente foi convidado
a sair no carro de som do Império, onde permaneceu até
2003. Nesse período, foi apoio de Carlinhos da Paz, Jorginho do
Império e de Wantuir.
Ao defender um samba na disputa para o enredo “Tuiuti desfila o
Brasil em telas de Portinari”, no Paraíso do Tuiuti,
Daniel Silva foi convidado pra sair no carro de som da escola com
Clóvis Pê. No mesmo ano, em 2003, foi intérprete
principal pela primeira vez, na Em Cima da Hora no Grupo B. No ano
seguinte, integrou o coro de apoio de
seu primo Bruno Ribas na Inocentes da Baixada. Nas eliminatórias
para 2005, defendeu um dos três sambas vencedores que
participaram da fusão da Acadêmicos de Santa Cruz. Como
David do Pandeiro, contratado para ser o intérprete na avenida,
foi dispensado pela diretoria da escola, Daniel foi convidado para
assumir o microfone da Santa Cruz, onde ficou dois anos. Em 2007,
defendeu a Unidos de Cosmos no Grupo D. Em 2010 participou do carro de
som da Mocidade e foi de 2011 a 2016 o intérprete oficial do
Paraíso do Tuiuti, onde ajudou a escola a conseguir o
título do Grupo B em 2011, abocanhando neste mesmo ano o
Prêmio
Sambanet de melhor intérprete. Em 2016, se sagrou campeão
com a escola da Série A e foi apoio de Wander Pires na
Estácio de Sá. Após o título, Daniel Silva
deixou a Tuiuti. Em 2017, cantou ao lado de Rogerinho na Império
da Tijuca, escola da qual se tornou o único intérprete
oficial de 2018 a 2024. Em 2023, defendeu a Caprichosos
de Pilares na Intendente. Para 2025, cantará na Inocentes de Belford Roxo, compondo dupla com Thiago Brito.
A maior influência musical de Daniel é seu pai, o
músico Sidney Silva, cantor da casa de shows Plataforma 1. Na
sua opinião, seu melhor desfile até agora na
Sapucaí foi o da Tuiuti, em 2003. “Foi um momento
mágico, daqueles que quando você acha que está
começando, acaba. Todo mundo brincando, se divertindo, foi muito
bom mesmo”, define.
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Início: integrante mirim da bateria da
São Clemente e cavaquinista da Em Cima da Hora
Primeiro ano como
intérprete oficial: 2005, na Santa Cruz
2000 até 2003 –
Império Serrano (apoio de Carlinhos da Paz, Jorginho do
Império e Wantuir)
2003 – Paraíso
do Tuiuti (apoio de Clóvis Pê)
2003 - Em Cima da Hora
2004 – Inocentes da
Baixada (apoio de Bruno Ribas)
2005 e 2006 –
Acadêmicos de Santa Cruz
2007 - Unidos de Cosmos
2010 - Mocidade (apoio de Nêgo e
David do Pandeiro)
2011 a 2016
- Paraíso do Tuiuti
2012 - Amigos do Samba (carnaval virtual)
2016 - Estácio (apoio de Wander Pires)
2017 a 2024 - Império da Tijuca (2017 ao lado de Rogerinho, oficial a partir de 2018)
Desde 2023 - Caprichosos de Pilares
Desde 2023 - Mangueira (apoio de Marquinho Art Samba e Dowglas Diniz)
Desde 2025 - Inocentes de Belford Roxo (ao lado de Thiago Brito)
GRITO DE GUERRA: Ih! É disso que o povo gosta! Com
muita paz no coração, pisa forte (nome da escola)!!!
CACOS
CARACTERÍSTICOS: “alegria,
alegria, alegria”; “tira onda, bateria”;
“lindo, lindo, minha escola”; “vamos girar,
minhas baianas”; “esse é o suíngue”;
“prepara, prepara”; “repete”;
“que bonito, minhas crianças”; “ô
ô ô ô”; “vambora, vambora, vambora”;
“ih, gente... maravilha”; “vamos lá,
comunidade”; “vem comigo”; “minha
velha guarda querida”; “batuque de crioulo é
assim”.
SAMBAS
DE SUA AUTORIA: "Sou
Cosmos, 100% negro, da Abolição aos dias atuais" (Unidos
de Cosmos/2007, com Rafael, Rosele, Geraldo e Quinzinho da Vila).
Obteve o
Prêmio Sambanet de melhor intérprete do Grupo B em 2011 e
o Estrela do Carnaval mais o Prêmio SRZD de melhor intérprete da Série A, ambos em
2019.
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