Dono de uma bela voz grave e nítida
dicção, Celino Dias fez sua estréia no carnaval em 1986, ao
interpretar “Por um lugar ao sol”, samba com que a Lins
Imperial venceu o desfile do Grupo B daquele ano. A
agremiação verde e rosa do subúrbio de Lins de
Vasconcellos crescia e Celino Dias cresceu com a escola. Em 1990 e
1991, a Lins consegue um feito inédito: desfilou dois anos
consecutivos no Grupo Especial. Depois de vários anos na Lins, o
cantor passou a defender sambas no Salgueiro. Em 1991, após
vencer a disputa no Salgueiro ao
interpretar a composição da parceria encabeçada
por Preto Velho e Tiãozinho para o enredo “O negro que
virou ouro nas terras do Salgueiro”, o cantor carimbou o
passaporte para o carro de som da escola no carnaval de 1992. Naquele
mesmo ano, conduziu, na Marquês de Sapucaí, “Um
mistério chamado Brasil” por outra escola tijucana, a
Império da Tijuca. No ano seguinte, defendeu na quadra a
antológica composição de Arizão, Bala,
Celso Trindade, Demá Chagas e Guaracy para o enredo
“Peguei um Ita no Norte”.
A
partir daí, Celino Dias passou a ter a dupla
função de ser apoio no carro de som do Salgueiro e ser o
intérprete principal da Lins Imperial ou da Império da
Tijuca. Em 2001, rumou para a Tradição, onde teve a
oportunidade de cantar um dos sambas mais populares daquele ano, uma
homenagem a Sílvio Santos. Celino foi a voz da escola de
Campinho por três carnavais. De volta ao Salgueiro em 2004, o
intérprete acompanhou Quinho no carro de som até 2010. Celino Dias
também foi presidente da Ala de Compositores do Salgueiro por
cinco anos. Em 2007, chegou a retornar às suas velhas
raízes sendo o intérprete oficial da Lins Imperial,
escola onde começou. No carnaval de 2009, Celino Dias defendeu a
Santa Cruz. Em 2011, puxou a Inocentes de Belford Roxo no Grupo
A. Em 2013, foi um dos quatro cantores oficiais da Caprichosos
de Pilares. Em 2020, foi o intérprete oficial da nova
escola Guerreiros Tricolores, que estreou na Intendente, ao mesmo tempo em que retornou à Tradição.
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Primeiro ano como intérprete
oficial: 1986
1986 a 1991
– Lins Imperial
1992 –
Império da Tijuca
1993 e 1994
– Lins Imperial
1993 a 2000
– apoio no Salgueiro
2000 –
Império da Tijuca
2001 a 2003
– Tradição
De
2004 a 2010 – Salgueiro (apoio de Quinho)
2007 e 2008 - Lins Imperial
2009 - Santa Cruz
2011 - Inocentes de Belford Roxo
2011 - Unidos da Tijuca (apoio de Bruno
Ribas)
2012 - Unidos da Major Gama
(Corumbá-MS)
2013 - Caprichosos (principal, junto com
Lico Monteiro, Sandro Motta e Pepê Niterói)
2015 - Unidos da Tijuca (apoio de Tinga)
Desde 2018 - Viradouro (apoio de Zé Paulo Sierra)
2020 - Tradição (ao lado de Lico Monteiro)
2020 - Guerreiros Tricolores
GRITO DE GUERRA: Alô, Lins! Faz o que sabe: sacode a
Sapucaí
(nos primeiros tempos como puxador); Alô, galera! Um beijo no
seu coração! (grito
de guerra mais recente).
GRITOS DE EMPOLGAÇÃO: não possui muitos cacos
característicos.
SAMBA DE SUA AUTORIA: Os Olhos da Noite (Portela 1998, com Noca da
Portela, Colombo, J. Rocha e Darcy Maravilha)
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