PRINCIPAL EQUIPE LIVRO DE VISITAS LINKS ARQUIVO DE ATUALIZAÇÕES ARQUIVO DE COLUNAS CONTATO |
|||
QUANDO A BOLA ROLOU NAS AVENIDAS DO PAÍS... ENREDOS RELACIONADOS AO FUTEBOL FORA DO EIXO
Desde
quando o Brasil é o Brasil, as duas principais
preferências do seu povo são o futebol e o carnaval. E
quando os dois se juntam num mesmo espaço, aí é
festa geral. Incontáveis foram as ocasiões em que a
Sapucaí ou o Anhembi foram, de sessenta a oitenta minutos, um
pequeno Maracanã ou Morumbi. Vem a lembrança a dupla
homenagem recebida por Ronaldo - 2003 na Tradição e 2014
nos Gaviões da Fiel -, a exaltação nos anos de centenários: da Mancha Verde
ao do Palmeiras em 2015, dos Gaviões da Fiel
ao do Corinthians em 2010, da Unidos da Tijuca ao
do Vasco em 1998 e da Estácio de Sá ao
do Flamengo em 1995. Este último enredo recentemente teve
anunciada sua reedição para o próximo carnaval e
é o fio condutor deste texto.
Daí o leitor certamente pergunta: mas porque o fio condutor? A reedição anunciada pela Estácio nos inspira a contar um pouco mais sobre as ocasiões em que futebol foi exaltado pelo carnaval. Mas não foi só no eixo Rio-São Paulo que isto ocorreu. Nas passarelas do samba país afora, o esporte-bretão foi tema pelas mais diversas óticas e vertentes. A coluna lista abaixo algumas oportunidades em que as paixões nacionais se entrelaçaram na avenida além da ponte-aérea.
'
Bambas da Orgia 2003 –
"No Caminho Uma Bola, Dentro da Bola o Sonho Azul de Um Grêmio
Vencedor" No carnaval de Porto
Alegre, a azul e branca do bairro da Floresta exaltou em 2003 o lado azul da
capital gaúcha. Completando seu centenário naquele ano, o Grêmio teve sua
trajetória de glórias e conquistas cantada n'avenida. Se nos gramados o clube
não andava tão bem das pernas a época, no Porto Seco a sorte foi melhor:
alcançando 160 pontos, a Bambas conquistou seu décimo sétimo campeonato no
desfile porto-alegrense - sendo um bicampeonato consecutivo. Imperadores do Samba 2009
– "150 Anos de
Glórias. Vermelho e Branco, Uma Só Paixão" Seis anos mais tarde, foi
a vez de uma vermelha e branca exaltar o lado vermelho de Porto Alegre. A
Imperadores do Samba homenageou, em 2009, o centenário do Internacional. E não
só isso: aproveitou o embalo para incorporar no enredo o cinquentenário da
própria agremiação - até por isso o "150 anos de glórias" do título,
afinal 100+50... Pois bem, tal como Bambas/Grêmio em 2003, a tabelinha Imperadores/Inter
também deu campeonato: a escola da Praia de Belas levantou seu décimo sexto
troféu no Porto Seco. Este desfile, aliás, rendeu uma cena emblemática: o
intérprete da escola, Viny Machado, assumidamente gremista, vestido de colorado
da cabeça aos pés... Bambas da Alegria 2009 - "Internacional: 100 anos de lutas e glórias"
' Acadêmicos da Realeza
2009 – "Do Alto da Glória, Para 100 Anos de História" Ainda em 2009, ainda no
sul, mas em Curitiba. No ano em que o lado verde da capital paranaense celebrou
o centenário do clube, o Acadêmicos da Realeza exaltou a trajetória e as
glórias do coxa-branca - com destaque, é claro, ao título brasileiro de 1985
frente ao Bangu. Se dentro de campo o centenário não foi lá dos mais felizes,
dentro da pista o Coritiba ajudou a Realeza a chegar ao sexto título do
carnaval da capital paranaense. Imperadores do Samba 1988
– "Das Glórias dos Gramados, Apoteose da Alegria, Um Rei Entre os
Imperadores" Vinte e um anos antes de
homenagear o Internacional, a Imperadores do Samba teve como enredo um dos
grandes ídolos do clube. Paulo Roberto Falcão, que havia encerrado sua carreira
nos gramados dois anos antes de ser exaltado na passarela porto-alegrense. E o
Rei de Roma deu sorte à vermelha e branca, que conquistou seu sétimo título,
quebrando um jejum que durava sete anos. Estado Maior da Restinga 2003
– "Vida e arte de um pequeno ser que cresceu nas glórias de um gramado para o Mundo: Ronaldinho Gaúcho" '
Ano de Copa do Mundo em
Terra Brasilis. E no Norte do país, um dos clubes mais importantes da região
teve seu centenário exaltado na passarela do samba de Belém do Pará, o
"exemplo pro mundo" cantado pela Imperatriz Leopoldinense na Marquês
de Sapucaí no ano anterior. A Rancho Não Posso Me Amofiná homenageou os 100
anos de fundação do Paysandu, tendo samba assinado por Dominguinhos do Estácio
- que cantou o Pará no já citado desfile gresilense - e Gustavo Clarão. O Papão
da Curuzu ajudou o Rancho a conquistar o tricampeonato. Rancho Não Posso Me
Amofiná 2005 – "Das águas do Guajará ás terras do Pará: Clube do Remo, cem
anos de tradição e glória!" Se falamos do lado
bicolor, também temos que falar do lado azulino de Belém, não é verdade? Pois
então... muito antes da vez do Paysandu, o Rancho homenageou na avenida
paraense o centenário do Clube do Remo, comemorado em 2005. Tal qual como o
rival faria posteriormente, o Leão da Amazônia levaria a escola do Jurunas a
mais um título - o vigésimo segundo na ocasião.
O
Atlético Rio Negro Clube foi homenageado no Carnaval de Manaus,
com a Mocidade Independente de Aparecida desfilando com um enredo sobre
o Galo da capital amazonense. A escola se classificou em terceiro lugar
no Grupo Especial daquela temporada.
Carlos Fonseca |
Tweets by @sitesambario Tweets by @sambariosite |