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CAPRICHOSOS DA HARMONIA

CAPRICHOSOS DA HARMONIA


PRESIDENTE Leonardo Rodrigues
CARNAVALESCO Jhoni Martiniano
INTÉRPRETES Felipe Lima e Monika Moretty
FUNDAÇÃO 01/04/2017
CORES Azul e Branco
CIDADE-SEDE Rio de Janeiro-RJ
SÍMBOLO Apito

A origem do nome vem da homenagem à Caprichosos de Pilares e o Harmonia é uma homenagem à um dos quesitos mais importante do Carnaval.

As cores da escola também são uma homenagem à Caprichosos de Pilares, que no ano da fundação da escola, passava por um momento complicado na sua história. O apito é o símbolo da Harmonia e por isso foi escolhido como símbolo.

Ano

Enredo

Colocação

2022 Bravas Amazonas -º (Especial)
2021 A Voz do Povo é a Voz do Rei 5º (Acesso)
2020 Os Caminhos que levam à Paz 18º (Acesso)
2019 Opereta Tupinambara - Bem Vindo à Ilha Encantada 6º (B)
2018 Muito prazer, sou Agenor de Miranda Araújo Neto, mas caprichosamente me chamem de Cazuza, pois tempo… O tempo não para não desfilou

SINOPSE ENREDO 2022

Bravas Amazonas


Bravas
a. Que não estão ou não foram domesticadas.
b. Que mostram bravura ou coragem.
c. Aplausos.

Amazonas
a. Mulheres guerreiras.
b. Senhoras que montam cavalos.
c. Mulheres de costumes varonis

Amazonas, das lendas que narram histórias de guerra e contos de amor.
Mulheres que inspiraram a arte, a literatura e a música.
Mulheres que ousaram desafiar os costumes patriarcais.
Mulheres que foram moldadas a partir do olhar do outro.

Ato 1

O olhar do homem criou as Amazonas.
Mulheres das tribos pastoras da Ásia Menor, cuja imagem foi incorporada na
mitologia grega, representando heroínas corajosas.
Sagradas mulheres protegidas pela virgem Ártemis, a Deusa da caça e da Lua.
Filhas de Ares, o Deus da guerra, de quem herdaram a força e a coragem.
História que se espalhou por toda a Europa e chegou aos ouvidos do homem
colonizador, que atravessou as águas das Ondinas em busca de riquezas.

Ato 2

O olhar do homem transformou as Amazonas em mito.
No “País de las Amazonas”, o explorador adentrou as águas do Rio Paranauaçu
e foi recebido a flechadas por mulheres guerreiras.
Ykamiabas, as Filhas de Yaci, a Mãe-Lua.
Mulheres dos rituais de “amor” no lago Espelho da Lua.
De suas mãos, o Muirakitã esculpido como forma de agradecimento.

Ato 3

O olhar do homem romantizou as Amazonas.
Jurupari, o filho do sol, tomou o reino das Ikamiabas para si e as puniu.
Amazonas, aprisionadas nas lendas do amor não correspondido – Naiá.
Ykamiabas, profanadas pelos homens – Naruna.
Mulheres, afogadas nos contos que narram punições pela não submissão às
leis patriarcais – Ceuci, Dinahí e as 3 mulheres de pedra.

Ato 4

O olhar revisitado é conquista de lutas; não presente dado de boa vontade.
Hoje, mulheres contam sua história a partir do seu próprio olhar.
Ykamiabas saíram das lendas e tomaram o seu reino de volta.
Amazonas se fazem presentes na música de Dona Onete, no estudo folclórico
de Odinéia Andrade, na arte de Duhigó, na palavra de Sônia Guajajara e na fé
de Zeneida Lima.

Hoje, o GRESV Caprichosos da Harmonia exalta a Ykamiaba que existe dentro
de todos nós.
Amazonas. Bravas!

[Autor: Jhonathan Martiniano]

Elucidário:

a. Ares: divindade da mitologia grega. Deus das guerras selvagens, que presenteou a rainha
das Amazonas, Hipólita, com o “Cinturão de Ares”, como símbolo do poder, da força e da
proteção.

b. Ártemis: divindade da mitologia grega. Deusa da caça, da Lua, da castidade e dos animais
selvagens. Protetora das Amazonas.

c. Ceuci: divindade da mitologia indígena brasileira. Protetora das lavouras. Mãe virgem de
Jurupari. Foi fulminada por um raio conjurado pelo próprio Jurupari, em punição por ela ter
adentrado a cerimônia sagrada dos homens. Transformada na estrela mais brilhante da
constelação das Plêiades.

d. Dinahí: heroína mítica da extinta etnia Manaó. Por causa da sua coragem, foi perseguida
pelos guerreiros de seu próprio pai, Kaúna, que a atiraram no encontro das águas dos rios
Negro e Solimões. Resgatada pelos peixes, transformou-se em mulher-serpente. Rainha das
águas.

e. Duhigó: a primeira mulher indígena, amazonense, artista plástica, a compor o acervo do
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP.

f. Jurupari: divindade mitológica indígena amazônica. Filho do Sol, que foi enviado para
reformar os costumes e instaurar o patriarcado nas sociedades indígenas. Criou as
cerimônias exclusivamente masculinas.

g. Muirakitã: amuleto lítico confeccionado pelas Ykamiabas como símbolo de força, saúde e
poder. Talismã verde com o qual as Ykamiabas presenteavam os indígenas Guacaris após os
“rituais de amor”.

h. Naiá: heroína mítica indígena amazônica. De tanto contemplar o céu, apaixonou-se pela lua
Jaci. Atirou-se nas águas atraída pelo reflexo da lua, onde se afogou sem ter seu amor
correspondido. Transformou-se na estrela das águas, a Vitória-Régia.

i. Naruna: heroína mítica indígena. A mais bela rainha das Ykamiabas. Foi enganada e
subjugada às leis por Jurupari.

j. Ondinas: seres elementais das águas, assim como as sereias e ninfas. Representam as
emoções, a purificação e o mundo dos sonhos.

k. Rio Paranauaçu: nome dado ao grande rio pelas sociedades indígenas à época das
invasões europeias na América Latina. O explorador espanhol Francisco Orellana nomeou-o
de Rio das Amazonas.

l. Yaci: divindade da mitologia indígena amazônica. Deusa da lua e guardiã da noite.
m.Ykamiabas: mulheres indígenas que habitaram a região amazonense de Nhamundá, no
período pré-colombiano.

Autor do enredo: Jhoni Martiniano