BAIANINHO
BAIANINHO
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Nome Completo: Eládio
Gomes dos Santos
Ano de nascimento: 1936
Ano de falecimento: 2020
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Nascido em Salvador, Bahia, em 3 de
setembro de 1936, o menino Eládio, aos 10 anos de idade, foi
morar no Rio de Janeiro. Sua família fincou raízes no
bairro de Cavalcanti. Na adolescência, começou a descobrir
a música quando, aos 16 anos, passou a tocar clarineta na escola
onde estudava.
Apaixonado por carnaval, em
1959, participou da fundação da escola de samba Em Cima
da Hora, integrando-se à Ala dos Compositores. Em 1972,
lançou um compacto simples com dois sambas de sua autoria,
"Cuidado Zé" e o samba enredo "Bahia, berço do Brasil". O
disco foi editado pelo Selo AESEG (Associação das Escolas
de Samba do Estado da Guanabara) em conjunto com a gravadora Top Tape.
Ainda neste mesmo ano, passou a fazer parte do grupo Os Cinco
Só, ao lado de Wilson Moreira, Jair do Cavaquinho, Velha, Zito e
Zuzuca do Salgueiro. Em 1973, Baianinho ganhou o prêmio
Estandarte de Ouro oferecido pelo júri do jornal O Globo na
categoria samba-enredo, com "O saber poético da literatura de
cordel". Foi o primeiro compositor a conquistar a menção,
assinando sozinho um samba enredo, já na segunda
edição do prêmio. Cantor de boa
dicção e de timbre de voz agradável (lembra um
pouco a do intérprete David do Pandeiro), Baianinho é o
típico compositor que gosta e prefere interpretar suas
próprias músicas, sempre gravando os sambas que ele
compôs para ir para a avenida.
Baianinho também
participou do carnaval paulistano e pertenceu também à
Ala de Compositores da Sociedade Rosas de Ouro, pela qual desfilou com
um samba-enredo de sua autoria, em parceria com Royce do Cavaco:
"São Paulo: seu povo, sua gente". Apesar de ser conhecido como
"Baianinho da Em Cima da Hora" (sua escola de origem e de seu
coração), também concorreu com sambas em outras
escolas do Rio. Em 1990, assinou o samba que a Imperatriz Leopoldinense
levou para a Marquês de Sapucaí.
Como compositor foi onze
vezes campeão de sambas de enredo, sendo nove pela ECDH, uma
pela verde e branco de Ramos e uma pela azul e rosa da Vila
Brasilândia. Baianinho também foi vencedor do concurso
Cidadão Samba, em 1992. Entre os artistas com os quais Baianinho
gravou (em quase 60 anos dedicados ao samba), destacam-se: Jorge
Benjor, Jair Rodrigues, Bezerra da Silva, Jorginho do Império e
Conjunto Nosso Samba. Seu maior sucesso em disco é "Ê
baiana", gravado por Clara Nunes, em 1971, no disco "Claridade".
Em 2001, ao lado de
baluartes do samba, como Nei Lopes, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara,
Dauro do Salgueiro, Niltinho Tristeza, Casquinha, Zé Luiz,
Nilton Campolino, Jair do Cavaquinho, Monarco, Elton Medeiros, Luiz
Grande, Jurandir da Mangueira e Aluízio Machado, participou do
show "Meninos do Rio", apresentado no Centro Cultural Banco do Brasil,
no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, foi lançado o CD
homônimo pelo selo Carioca Discos. Em 2004, o compositor foi
homenageado pela Beija-Flor de Nilópolis e no ano seguinte pela
Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro.
Morreu em 4 de julho de 2020, vítima de pneumonia.
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Inicio: 1959, ao fundar a GRES Em
Cima da Hora.
1972 - Em Cima da Hora (cantor principal)
1982 - Em Cima
da Hora (cantor principal)
GRITO DE GUERRA: Baianinho é da
época em que os puxadores de samba não tinham um grito de
guerra específico.
CACOS
CARACTERÍSTICOS: Baianinho foi um dos primeiros puxadores de
samba a usar dos gritos de empolgação na
gravação dos sambas de uma maneira espontânea, sem
ser medida. Entre seus cacos estavam: "vamos
nós, minha gente"; "que beleza"; "ah meu Em Cima da Hora"; "ah
meu povo de Cavalcante", "vamos nós", "Em Cima da Hora pede
passagem".
SAMBAS DE SUA AUTORIA: "Insurreição
pernambucana" (Em Cima da Hora/1961, com Zeca do Varejo), "Apoteose
econômica e financeira do Império" (ECDH/1962, com Zeca do
Varejo), "Bahia, berço do Brasil" (ECDH/1972), "O saber
poético da literatura de cordel" (ECDH/1973), "A festa dos
deuses afro-brasileiros" (ECDH/1974), "Bahia, Bahia tradicional Bahia"
(ECDH/1980), "Popó, Papá, Bubu, Babá" (ECDH/1982),
com Jair Torrada), "Terra Brazilis" (ECDH/1986, com Lino,
Fabrício, Walter Bastos, Marquinhos Pagodeiro) "São
Paulo: seu povo, sua gente" (Rosas de Ouro/1987, com Royce do Cavaco),
"Samba-ô" (ECDH/1988); "Terra Brasilis, o que se plantou deu"
(Imperatriz Leopoldinense/1990, com Zé Catimba, Preto
Jóia, Tuninho Petróleo e Jorginho da Barreira).
OUTRAS MÚSICAS:
"É baiana"
(com Fabrício da Silva, Ênio Santos Ribeiro e Miguel
Pancrâncio);
"Cuidado Zé";
"Decadência"
(com Bezerra da Silva).
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OUTRAS
FOTOS DE BAIANINHO
Baianinho e o amigo Haroldo Costa
(à direita)
Baianinho segura o
pavilhão da Em Cima da Hora, escola que ajudou a fundar
Baianinho cantando no palco da
quadra da ECDH
Baianinho (segurando
os papéis), junto com baluartes da ECDH na
comemoração do cinquentenário da escola, em 2009
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