Natural
de
Mesquita e filho de um mestre-sala de uma extinta escola do
município fluminense, Marquinho Art Samba adotou o sobrenome
artístico devido ao grupo de pagode que integrou quando jovem, o
Art Samba. O conjunto durou apenas três anos. A
vocação do então pagodeiro para intérprete
de escola de samba foi descoberto por um vizinho ao ouvi-lo cantar no
chuveiro. "Eu tinha o costume de
tomar banho sempre cantarolando e um dia a minha voz foi além
das paredes. Meu vizinho Hugo Freitas me ouviu cantar e um dia quando o
encontrei ele me falou que queria me apresentar ao amigo dele,
Sérgio Fonseca, um grande compositor da Baixada Fluminense.
Gostei da idéia e fui conhecê-lo. O Sérgio gostou
do meu timbre de voz e me convidou em 1993 para defender a sua
composição e de mais dois amigos para o enredo da
Beija-Flor. Interpretei o samba 'Uni-duni-tê, a Beija-flor
escolheu: é você!' e o samba foi escolhido o
campeão. Naquele ano, a Beija-Flor ficou na 3ª
colocação no Sambódromo, mas o mais importante
para mim foi que, sem experiência alguma com samba, consegui
levar a composição do Sérgio Fonseca e seus amigos
a ser o samba-enredo de uma grande escola", relembrou. Um dos
amigos de Sérgio era Edeor de Paula, autor do antológico
"Os Sertões". Na ocasião, defendeu a obra ao lado de
Jackson Martins, que mais tarde se consagraria na Caprichosos. Dois
anos depois, ajudaria mais um samba a ser campeão em
Nilópolis, com o enredo em homenagem a Bidu Sayão.
As portas das agremiações se
abriram para Marquinho. Sua primeira passagem por um carro de som na
Sapucaí foi pela Grande Rio em 2002, levado por Émerson
Dias. No ano seguinte, já apadrinhado por Bruno Ribas,
estava na Inocentes de Belford Roxo (na época da
Baixada). Na Beija-Flor, conseguiria mais uma vitória em
2004, ano do clássico "Manoa". Integrou tambem os carros de som
de Portela, Grande Rio e Mocidade. Sempre ao lado de Bruno Ribas. "É uma pessoa da qual tenho um
carinho enorme. Somos amigos dentro e fora do samba, já que ele
é padrinho do meu filho. Foi uma parceria de seis anos cantando
juntos", elogia. Após cantar na disputa da Porto da Pedra
o samba campeão para o Carnaval 2008, foi convidado por Luizinho
Andanças para tomar parte da equipe do Tigre.
Após
três anos na Porto da Pedra,
pensou em parar ao ver a ascensão dos intérpretes mais
jovens. Então surgiu a oportunidade de ser primeiro
intérprete na Unidos de Padre Miguel. Comandou a
vermelho-e-branco da Vila Vintém de 2013 a 2015. Em 2015, voltou
a cantar junto
com Bruno Ribas na Mocidade. Em 2016, estreou como titular
numa escola do Grupo Especial, como cantor oficial da Imperatriz
Leopoldinense. Em 2017, puxou o Império Serrano e foi
campeão da Série A, seguindo na verde-e-branco no Grupo
Especial em 2018. Em 2019, estreou como intérprete oficial da
Estação Primeira de Mangueira. E em seu primeiro ano, foi
pé-quente, conquistando o título. No Carnaval de 2022,
encarnou Jamelão, um dos homenageados do enredo "Angenor,
José e Laurindo", com vestimentas e trejeitos iguais ao do velho
José Bispo, saindo até em cima do carro de som. Durante a
apresentação, passou mal e precisou ser socorrido pelos
médicos. Ainda assim, ficou até o fim do desfile. A
partir de 2023, terá Dowglas Diniz ao seu lado como cantor
oficial.
Fontes: Prefeitura de Mesquita,
SRZD e Carnavalesco
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Início: Beija-Flor,
eliminatórias de samba-enredo de 1993
Primeiro ano como intérprete oficial: 2013 (Unidos de Padre
Miguel)
2002 - Grande Rio (apoio de Quinho)
2003 e 2004 - Inocentes da Baixada (apoio
de Bruno Ribas)
2005 - Portela (apoio de Bruno Ribas)
2006 - Grande Rio (apoio de Bruno
Ribas)
2007 - Mocidade (apoio de Bruno Ribas)
2008 a 2011 - Porto da Pedra (apoio de
Luizinho Andanças)
2013 a 2015 - Unidos de Padre Miguel
(intérprete oficial)
2015 - Mocidade (apoio de Bruno Ribas)
2016 - Imperatriz (intérprete oficial)
2017 e 2018 - Império Serrano (intérprete oficial)
Desde 2019 - Mangueira (intérprete oficial, a partir de 2023 ao lado de Dowglas Diniz)
GRITO DE
GUERRA: Alô (nome da escola)! Agora é a nossa vez! Vem, vem, vem, vem comigo!
CACOS CARACTERÍSTICOS: "Simbora minha escola", "vambora, vambora", "tá bonito",
"segura minha escola", "bateria, bateria", "alô minha comunidade,
estamos juntinhos".
SAMBA DE SUA AUTORIA: Onde há fumaça, há fogo! (Unidos de Bangu/2017, com Tem-Tem
Jr, Richard Valença, Diego Nicolau, Dudu Senna, Rafael Prates,
André Baiacu, Professor Fernando, Renan Diniz, Rafael Tinguinha,
Kevin Sardou, Márcio Campos SP e Wallace Tafakgi).
Prêmio
Estrela do Carnaval de melhor intérprete da Série A em
2015. SRZD de intérprete em 2019.
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