Filho
de um soldado do Corpo de Bombeiros e natural da comunidade Nova
Holanda (bairro Bonsucesso) no Rio, Anderson Paz foi uma das belas
revelações surgidas nos últimos tempos como cantor
de samba enredo. Começou a cantar em Madureira, nas rodas de
samba da Portela. Tanto que apareceu com o nome de “Anderson da
Portela”. Foi apoio na Águia de 1998 a 2001. Estreou como
intérprete oficial na Lins Imperial em 2000, quando, com o samba
“No ano 2000, o Rei Conga é cultura nos 500 anos do Brasil”
conquistou
o prêmio Sambanet de melhor intérprete naquele ano. Depois
do bom desempenho na Lins, Anderson Paz foi contratado para ser o
cantor oficial da São Clemente, onde ficou por quatro anos.
Estreou na agremiação amarela e preta em 2001, com o
samba “A São Clemente mostrou, e nada mudou nesse Brasil
gigante”. No mesmo ano, deixou a Portela, já que iria
defender a São Clemente no Grupo Especial no ano seguinte.
No
período em que passou na São Clemente, a escola se
transformou em ioiô, desfilando por dois anos intercalados no
Grupo Especial (em 2002 e 2004). Após o carnaval de 2004, foi
dispensado pela escola da Zona Sul e foi sondado para ir para a
Paraíso do Tuiuti. Com a renovação de Ciganerey,
Anderson Paz foi contratado ser o substituto de Jackson Martins, na
Caprichosos. Ficou em Pilares por apenas dois meses e, com a
mudança da presidência da escola, foi dispensado. Foi
apresentado como cantor principal da Acadêmicos da Rocinha em
dezembro de 2004, logo após o samba-enredo da escola ter sido
gravado no CD oficial do Grupo A por Alexandre D’Mendes e
conquistou o título do Acesso em 2005. Em dois anos consecutivos
no Grupo Especial, amargou dois rebaixamentos após conduzir a
Rocinha em 2006 e a Estácio em 2007. Em 2008, voltou à
Rocinha, onde desfilou pela escola por duas vezes consecutivas no Grupo
A. Chegou a acertar com o Império
Serrano para 2010, mas acabou se desligando da escola antes mesmo da
gravação do CD e se transferiu para o Paraíso do
Tuiuti, onde foi intérprete oficial. Deixou a escola logo
após o desfile e acertou seu retorno à Acadêmicos
da Rocinha, em sua terceira passagem pela
agremiação. No carnaval virtual da LIESV, defendeu a
GRESV Imperatriz Paulista entre 2007 e 2010. Anderson Paz foi dono
de um estilo que privilegia uma condução correta do samba
na avenida, dedicando poucos cacos de empolgação.
Trabalha como motorista particular e vigilante.
No
dia do lançamento do enredo da Rocinha para 2013, Anderson
comunicou à escola seu abandono do mundo do samba para se
converter à religião evangélica, planejando
construir carreira como cantor gospel. Inclusive revelou que seu nome
artístico passaria a ser "Anderson Paz de Deus". "Não
saberia te explicar como resolvi tomar essa decisão. O que vem
de Deus não tem explicação. Recebi um convite para
conhecer a Igreja Batista da Nova Holanda e, lá, senti a paz do
senhor bater em meu coração, um chamado de Deus",
justificou, em entrevista para o site Carnavalesco. No entanto,
Anderson mudaria de ideia e em 2014 retornou ao Carnaval como
intérprete da Porto da Pedra, onde permaneceu até 2017.
Desde 2016 também integra o
carro de som da São Clemente, auxiliando Leozinho Nunes no Grupo
Especial. Em 2018, defendeu a Inocentes de Belford Roxo ao lado de
Ricardinho Guimarães. Para 2019, seria titular na Vizinha
Faladeira na Intendente, mas acertou com o Império Serrano pra retornar como titular na
elite do Carnaval, empunhando o microfone imperiano ao
lado de Leléu.
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Início: Portela
1998 a 2001 -
Portela (apoio de Rogerinho e Gera)
2000 –
Lins Imperial
2001 a 2004
– São Clemente
2005 a 2006
– Rocinha (em 2005, apenas na avenida, não gravou no
CD)
2007 - Estácio de Sá
2007 a 2010 - Imperatriz Paulista (LIESV)
2008 e 2009 - Rocinha
2010 - Tuiuti
2011 e 2012 - Rocinha
2014 - Unidos da Saudade (Nova Friburgo-RJ)
2014 a 2017 - Porto da Pedra
Desde 2016 - São Clemente (apoio de Leozinho Nunes, Bruno Ribas e Grazzi Brasil)
2018 - Inocentes de Belford Roxo (ao lado de Ricardinho Guimarães)
2019 - Império Serrano (ao lado de Leléu)
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GRITO DE GUERRA: Alô (fala o nome
da escola)! Canta,
família (cita a
região de origem da escola).
CACOS DE EMPOLGAÇÃO: “segura
aí”;
“se liga aí”;
“que é que tem?”;
“simbora, bateria”;
“segura, segura, segura”;
“vamos nessa”;
“no gogó”;
“vâmbora, minha
comunidade”;
“vamos lá, minha
Velha Guarda”;
“alegria...alegria...”,
"salve as crianças".
SAMBA DE SUA AUTORIA: “Guapimirim,
paraíso ecológico abençoado pelo Dedo de Deus”
(São Clemente/2002, com Eugênio Leal, Fabinho, Paulo
Renato e Rodrigo “Índio”) e
"Onisuáquimalipanse" (São Clemente/2017, com Toninho
Nascimento, Luiz Carlos Máximo, Anderson Paz, Gustavo
Albuquerque, Camilo Jorge e Marcelo SP).
Possui
um prêmio Sambanet de melhor intérprete do Grupo B em
2000, quando atuou pela Lins Imperial (prêmio dividido com
Edmilson Villas, na época da Villa Rica) e outros Sambanet's de
melhor intérprete do Grupo A em 2011 e 2012, ambos defendendo a
Rocinha, e 2016 pela Porto da Pedra.
Também tem um Prêmio Sambario de melhor intérprete
do Grupo A em 2010, pela Tuiuti e um Estrela do Carnaval em 2012 pela
Rocinha.
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