PRINCIPAL    EQUIPE    LIVRO DE VISITAS    LINKS    ARQUIVO DE ATUALIZAÇÕES    ARQUIVO DE COLUNAS    CONTATO

Os sambas de 1972

Os sambas de 1972

A GRAVAÇÃO DO DISCO - A gravação é a mais tradicional possível, com o samba tendo cara de samba mesmo, de maneira a pensarmos que o disco foi gravado ao vivo de um terreiro. O coral das pastoras aparece sempre ativo, com a bateria sendo formada por tamborins e caixas e o cavaco compondo uma excelente harmonia com o samba. Agogô e cuíca também marcam presença. 1972 apresenta uma safra inesquecível, incrementada pelos clássicos da Portela, da Imperatriz, da São Carlos, da Vila Isabel e da Mangueira, sem dúvida quatro sambas nota dez. NOTA DA GRAVAÇÃO: 8 (Mestre Maciel).

De capa amarela e sem figuras, o LP de 72 esconde belos sambas antológicos como o da Portela e da Vila Isabel. Contém um encarte com as informações de todas as agremiações do Grupo 1 (especial). Na contra-capa, a bela foto da avenida Presidente Vargas (que saudades!!!). Produzido pela Top Tape. Aos "ratos" de sebos: este foi o mais difícil LP que encontrei, mas valeu a pena. NOTA DA GRAVAÇÃO: 8 (Luiz Carlos Rosa).

1A - PORTELA - Nunca mais teremos sambas como "Ilu Ayê" na avenida. Composto de apenas dezessete versos, o hino portelense de 1972 está na minha lista dos dez melhores de todos os tempos devido a sua melodia valente, clamorosa e, sobretudo, extraordinária. Os dois refrões, então, são perfeitos. No disco, ganha a interpretação do imortal Silvinho na primeira passada e, nas duas seguintes, as pastoras interpretam com maestria a obra-prima de Cabana e Norival Reis. Destaque também para o cara responsável pelos cacos no refrão central "É samba, é batuque, é reza...". Presente nas três passadas no disco, ele anima bem essa parte do samba. A bateria da Portela aparece, na faixa, com um swing irresistível, que se repetiria no disco de 1973 com o samba "Pasárgada". Detalhe: a última parte "Negro é sensacional/É toda a festa de um povo/É dono do carnaval" não tem repetição originalmente. Nas regravações posteriores (como a de Dedé da Portela para a Coletânea Sony e a do Conjunto Nosso Samba para o CD Carnaval Volume Dois), os dois últimos versos do samba seriam transformados em refrão. NOTA DO SAMBA: 10 (Mestre Maciel).

Trata-se de umas das maiores obras-primas da história do carnaval. "Ilu Ayê" tem uma melodia tão rica e fantástica que emociona até quem não gosta de carnaval. Cabana, um dos compositores dessa sambão, redime-se do fracassado "Tronco do Ipê" de 1968. Apesar do terceiro lugar, a Águia tem que se orgulhar muito por esta inigualável contribuição. NOTA DO SAMBA: 10 (Luiz Carlos Rosa).

Nada menos que o segundo melhor samba-enredo de todos tempos (na minha opinião), perdendo apenas para "Os Sertões" (Em Cima da Hora). O refrão principal, mesmo sem rimas, encanta. Extraordinário!!! A primeira parte também é maravilhosa, apesar da rima ser pouca também. O refrão central é maravilhoso, a melhor parte do samba-enredo. A segunda parte é bem lírica, apresentando a escola e o tema para o público. Sem mais comentários. NOTA DO SAMBA: 10 (Vitor Ferreira).

Mais um clássico portelense, um dos melhores sambas da historia do carnaval. É pra sair cantando, pulando, batendo no peito. Letra e melodia em conjunto de rara perfeição. NOTA DO SAMBA: 10 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

2A - IMPERATRIZ - Outro que faz parte da lista dos melhores da história e é, para mim, o terceiro melhor samba-enredo da Imperatriz, atrás apenas dos sambas de 1969 e de 1989 da escola. Assim como o samba da Portela, também tem apenas dezessete (belos) versos (não inclui aí a repetição do refrão por duas vezes na mesma passada). De melodia cativante e envolvente, o hino da Imperatriz abrilhanta ainda mais a safra de 1972. "Martim Cererê" fez parte da trilha sonora da novela "Bandeira Dois" da Rede Globo, já que o enredo da novela também falava sobre o carnaval e a emissora escolheu a Imperatriz como a escola da novela após uma grande disputa entre as agremiações para ver quem incluía o seu samba-enredo na trilha sonora do folhetim. O samba de 1972 da Imperatriz é a primeira faixa do disco da novela, relançado em CD recentemente. NOTA DO SAMBA: 10 (Mestre Maciel).

A curiosidade deste excelente samba é que foi trilha sonora da antiga novela global "Bandeira Dois", cujas cenas passavam numa quadra de escola de samba. A maior coincidência é que o personagem da trama "Zé Catimba" tem o mesmo nome do vitorioso compositor deste samba. Quanto ao samba, tem uma letra bem interessante e a melodia cadenciada e suingada. Mais um sambaço da "pequena" Imperatriz. NOTA DO SAMBA: 9,7 (Luiz Carlos Rosa).

Outra pedrada. Uma marcha-enredo maravilhosa. Apesar de não ter visto este carnaval e ter nascido bem depois, na primeira vez que escutei esse samba tive a certeza de já o ter ouvido, mas é quase impossível. Falando do samba: a primeira parte é microscópica, mas é muito boa. O refrão é muito animado, excelente, apesar de eu ser contrário a palavras inexistentes (lárárá, ôôô... essas coisas) rimarem. A segunda parte é maravilhosa. Aí volta o refrão. O outro bis é esplêndido. Lindíssimo samba. NOTA DO SAMBA: 10 (Vitor Ferreira).

Bom samba, um dos mais conhecidos de Ze Catimba, também pelo fato de estar na trilha da novela "Bandeira Dois". Gosto muito dele, principalmente por causa da excelente cadência, que dão um toque especial a uma letra nao tao boa assim. NOTA DO SAMBA 9,7 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

3A - UNIDOS DE LUCAS - Bonito samba-enredo do Galo de Ouro, de melodia toda lírica, com destaque para o belo refrão "Ó pescador..." e também para sua última parte, iniciada por "Oh, duzentas milhas sagradas...". Samba-enredo de qualidade, para a Unidos de Lucas, é sem sombra de dúvida um costume. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Mestre Maciel).

"... ó pescador/solte o barco e abre a vela..." é um belíssimo refrão e o ponto alto deste samba. A melodia casa perfeitamente com a voz do intérprete Pedro Paulo. O "Galo de Ouro" é uma emergente agremiação, mas tem uma seleção de sambas inesquecíveis. E este está entre os dez melhores de sua história. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Luiz Carlos Rosa).

Samba bom, um dos melhores de Lucas. A primeira parte é muito boa, mas o seu começo é maravilhoso. O refrão também é muito bom. A segunda parte também é muito boa, apesar de os versos "Guardião avançado da soberania / Do nosso Brasil! Brasil!" serem cantados muito rapidamente. Um bom samba, apesar de não ter muita importância no disco por causa de algumas obras-primas. NOTA DO SAMBA: 9,6 (Vitor Ferreira).

Samba maravilhoso! Poetico e forte, tem um refrao belissimo "Ó pescador, ó pescador/Solta o barco e abra a vela/Como se fosse um pintor/Estendendo a sua tela". Excelente obra da Galo de Ouro. NOTA DO SAMBA 9,7 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

4A - UNIDOS DE PADRE MIGUEL - Um coral tradicional de pastoras aparece cantarolando o único refrão do samba "Madureira, seu samba, sua história /Madureira cantamos sua glória ", repetido duas vezes por passada. O samba que exalta Lourenço Madureira (que deu o nome ao bairro berço da Portela e Império Serrano, citados na letra) possui uma melodia das antigas, cantada toda em tom baixo. Foi o último ano em que a escola vizinha da Mocidade desfilou entre as grandes (foi rebaixada em último lugar). NOTA DO SAMBA: 9,1 (Mestre Maciel).

A história do bairro de Madureira foi bem explorada pela vemelho e branco de Padre Miguel. Assim como o Salgueiro fez uma homenagem a sua madrinha Mangueira, a Unidos não esqueceu de citar Portela e Império. Rebaixada, fez seu último desfile no grupo de elite. NOTA DO SAMBA: 8,8 (Luiz Carlos Rosa).

Belo samba para um belo enredo. A primeira parte é de intenso agrado. O refrão é maravilhoso, típico dos anos 70. A segunda parte é muito boa, melhor que a primeira. Aí depois volta ao refrão. Um bom samba da história da Unidos de Padre Miguel. Apesar de ser belo, o samba-enredo é um dos piores sambas-enredo do ano. Quanta saudade! NOTA DO SAMBA: 9,4 (Vitor Ferreira).

Considero um samba muito agradável, principalmente a segunda parte. Honrosa homenagem a Lourenço Madureira e as grandes Portela e Imperio Serrano. NOTA DO SAMBA 9,4 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

5A - IMPÉRIO DA TIJUCA - Samba curto, mas de uma bela melodia, simples e envolvente. A letra também é bastante poética. O hino da Império da Tijuca de 1972, tradicional por seus grandes sambas-enredo, possui fácil canto. Vamos obedecer então a ordem do samba: vamos sambar, não importa o lugar! NOTA DO SAMBA: 9,3 (Mestre Maciel).

Comparado ao samba anterior, este é muito fraquinho. É animadinho, mas muito xinfrim. A única parte que me agrada é o refrão "...vamos sambar/não importa o lugar..." que serve como lema para eles. "Vamos sambar não importa se no Especial ou Grupo A". Mais uma rebaixada!!! NOTA DO SAMBA: 8,1 (Luiz Carlos Rosa).

Ótimo samba. O começo da faixa é maravilhoso. A primeira parte é muito animada. O refrão é muito bom. A outra parte desse samba é a melhor da obra. Um dos piores do ano, mas não é tão ruim, porém está longe dos outros sambas-enredo do Império da Tijuca. O samba mais animado do ano. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Vitor Ferreira).

Deliciosa melodia, mesmo com a simplicidade da letra, faz deste samba da Imperio um samba muito gostoso de se ouvir, mesmo não sendo destaque da excelente safra de obras de 1972. Gosto do trecho "Sou o samba, sou o elo, ligado a grandes amizades". O samba, graças a Deus, é um 'fazedor' de amizades! NOTA DO SAMBA 9,2 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

6A - VILA ISABEL - Mais uma obra-prima do grande Zé Ferreira, o Martinho da Vila. Sua melodia é excelente e envolvente e a letra é bastante didática. O refrão-ciranda embeleza ainda mais o hino de 1972 da Vila. Martinho, em seus sambas, tinha o costume de acrescentar trechos de clássicas cantigas infantis em seus sambas-enredo, como em 1967 com "Ciranda Cirandinha" (Chico Buarque, julgador do quesito Samba-Enredo naquele carnaval, tirou pontos da escola por isso) e em 1970 com "Prenda Minha". Em 1972, despontam os versos "Cirandeiro, cirandeiro oh/A pedra do seu anel/Brilha mais do que o sol". Mais uma obra-prima do carnaval, sem dúvida! NOTA DO SAMBA: 10 (Mestre Maciel).

Que sambão, galera!!! De melodia valente e letra impecavél, grande obra-prima que Martinho nos apresentou. O intérprete Paulinho da Vila também contribuiu com sua bela interpretação. Vale ressaltar a estupenda performance do cuiqueiro que, na gravação, dá um show. E o refrão final "....cirandeiro, cirandeiro ó...''. é tudo de bom!!! Kizomba é fichinha perto deste sambaço, o melhor da história da Vila que, nos anos bissextos, apresenta sambas antológicos. NOTA DO SAMBA: 10 (Luiz Carlos Rosa).

Simplesmente maravilhoso. Na minha singela opinião, o melhor samba-enredo da história da Vila Isabel. A gravação do disco, na minha opinião, é muito rápida, o que deixa o samba muito acelerado. A primeira parte é excelente. O refrão central cai um pouco de nível, deixando o samba meio arrastado no disco. A segunda parte é de enorme qualidade. O refrão principal é a melhor parte desse lindo samba. NOTA DO SAMBA: 10 (Vitor Ferreira).

Mais uma (que surpresa nao?) excelente contribuição de Martinho à sua Vila Isabel. Melodia, ritmo, numa cadência crescente, letra empolgante. Um dos maiores sambas da grande coleçao de sambas da Vila. NOTA DO SAMBA: 10 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

1B - SALGUEIRO - Zuzuca, autor do revolucionário "Pega no Ganzé" do ano anterior, desponta mais uma vez como o compositor do samba da Academia para 1972. E o enredo é até hoje um dos mais polêmicos da história do carnaval, pois pegou mal para muitos a homenagem do Salgueiro à sua "madrinha" Mangueira, responsável, segundo o enredo, pelo "batismo" da escola. O samba, de melodia bem tradicional, é bonito, mas criticado por alguns bambas. Eu, particularmente, gosto de cantar e ouvir o "Tengo-Tengo Santo Antônio Chalé & cia". NOTA DO SAMBA: 9,2 (Mestre Maciel).

Depois do oba-oba, Zuzuca desta vez fez um belo samba. Talvez tenha feito o desfile mais emocionante do ano. Samba com poucas variações melódicas, mas gostoso de se ouvir. NOTA DO SAMBA: 9,4 (Luiz Carlos Rosa).

Na primeira vez que ouvi este samba, odiei. Hoje já gosto. O primeiro refrão (Ôôô...) é bom, mas não é grande coisa. O refrão principal (Tengo-tengo) é apenas correto, mas a melhor parte desse samba. O outro refrão é bom também, mas é a pior parte. O único trecho que não é repetido é apenas bom. Um médio samba-enredo, um dos piores da história do Salgueiro. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Vitor Ferreira).

Mais um 'refrão' famoso do Salgueirão (Tengo Tengo Santo Antonio, Chalé/Minha Gente é muito samba no pé). Gosto do samba, mas ele não tem nada de especial. Acho inclusive inferior ao "Pega no Ganzé" do ano anterior. NOTA DO SAMBA 9,1 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

2B - IMPÉRIO SERRANO - Esse samba talvez seja um dos pioneiros do oba-oba presente nos sambas atuais. Pra quem pensa que expressões rudimentares nos sambas-enredo de hoje apareceram apenas nos últimos tempos não acredita que, no longínquo 1972, despontariam gírias como "Que grilo é esse/Vou embarcar nessa onda". Há quem diga que a vitória da "marchinha" de Maneco, Wilson Diabo e Heitor Rocha teria sido uma das responsáveis pela morte do lendário Silas de Oliveira, magoado por seu samba perder no concurso da escola para um que dizia "Cai, cai, cai, cai...". E foi Silas quem caiu duro... Eu francamente acho o samba fraco, curto demais e de letra pobre. Para mim, apenas o da Em Cima da Hora é inferior ao da Império Serrano entre todos os sambas de 72. Mesmo assim, o samba deve ter funcionado no desfile, já que a Império conquistou o título do carnaval de 1972. O samba-enredo, vinte e dois anos depois, ganhou uma belíssima gravação de Jorginho do Império para a Coletânea da Sony. O samba, animado originalmente, ganhou um tom lírico na excelente voz do filho de Mano Décio da Viola. Ah, e que vozinha esquisita tem esse intérprete Damasceno, que gravou o samba no disco original. NOTA DO SAMBA: 8,5 (Mestre Maciel).

Gosto deste samba. É oba-oba, mas bem diferente do que o do Salgueiro de 1971. É um samba empolgante, apesar da letra fraca e melodia bem agradável. NOTA DO SAMBA: 9 (Luiz Carlos Rosa).

Ih, vou ter que me proteger! Tava pensando aqui em casa: digo a verdade sobre o samba ou puxo o saco de todos? Decidi que vou falar o que acho! Agrabilíssimo. Este samba me agrada, e muito. A única parte deste samba me agrada. O seu refrão central (se pode chamar assim nesse caso) é bem legal. O refrão principal é ótimo também. É um samba marcheado que todos odeiam e trash até o talo. NOTA DO SAMBA: 9,2 (Vitor Ferreira).

Creio que a Imperio veio 'mordendo asfalto' em 1972, ou seja, fez um belo desfile, porque, se fosse pelo samba, não teria chances! O samba tem a letra curta, com alguma qualidade apenas ate o refrão. Os refrões, aliás, são chatos pacas (principalmente o "cai, cai"). Fraco! NOTA DO SAMBA 8,4 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

3B - SÃO CARLOS - Mais uma obra-prima da escola oriunda do berço do samba. De melodia diferenciada e cativante, a São Carlos cantou o samba que ganhou o primeiro Estandarte de Ouro (o prêmio do jornal O Globo havia sido criado naquele ano), superando Martim Cererê, Onde o Brasil Aprendeu a Liberdade, Rio Carnaval dos Carnavais e Ilu Ayê (embora eu ache este último melhor). O intérprete no disco e também autor do samba Dario Marciano também tem uma voz feinha, assim como o cantor da Império Serrano. Dario também é um dos autores do samba de 1975 do Círio de Nazaré. Mesmo com essa obra-prima de samba, a Unidos de São Carlos infelizmente amargou o rebaixamento ao Grupo 2 depois do desfile. NOTA DO SAMBA: 10 (Mestre Maciel).

Ganhou o primeiro Estandarte de Ouro como melhor samba-enredo. Discordo do prêmio de 72, que seria bem entregue ou à Portela ou à Vila. Mas este samba é muito bom. Sua letra é didática, a melodia lembra sons de berimbau como se estivesse na Bahia. Destaco o fortíssimo refrão "...oeoo, oeaa saravá meu povo/e salve todos os orixás". NOTA DO SAMBA: 9,3 (Luiz Carlos Rosa).

Um dos clássicos da finada São Carlos (hoje Estácio de Sá). Lindíssimo samba. A primeira parte é muito boa, como todo o samba. O ponto forte é o refrão, que é entoado quatro vezes por passada. A segunda parte é um pouco superior à primeira. Aí depois volta o refrão. Maravilhoso samba. O intérprete que canta na gravação é bem limitado ou a gravação o deixou limitado, não sei! E tem palavras nesse samba que não consigo entender sem a letra. NOTA DO SAMBA: 10 (Vitor Ferreira).

Clássico da escola, um primor de samba enredo, tem um refrão irresistivel "Voce me chamou de moleque/Moleque é tu". Comparando com o samba anterior (do Império), e muitos outros exemplos mais atuais, vemos o quanto excelentes sambas não são suficientes para manter uma escola em seu grupo. O intérprete tem uma voz de doer, mas não chega a estragar a magia desse samba. NOTA DO SAMBA 10 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

4B - MOCIDADE - O samba possui um belíssimo balanço, puxado pelo refrão "Oi, que dança boa/Para se dançar/Dava um negócio no corpo/Ninguém conseguia parar", repetido duas vezes por passada. A tradicional melodia das demais partes também é bem qualificada e a Mocidade cantou, em 1972, um samba bem envolvente que mistura muito bem balanço com lirismo. NOTA DO SAMBA: 9,3 (Mestre Maciel).

Como sempre, a bateria dá um show. Pena que este samba é muito pobre em letra. NOTA DO SAMBA: 8,3 (Luiz Carlos Rosa).

Samba bem simpático. O refrão prinicipal (que serve para central também) é a melhor parte. A primeira estrofe é muito boa. O refrão que antecede o central é de intenso agrado. Aí depois volta o refrão princiapal. A segunda parte é média. O outro refrão é muito bom. Um bom samba, mas muito criticado pelos bambas. Tá certo que não dos melhores, mas é um samba de intenso agrado. NOTA DO SAMBA: 9,5 (Vitor Ferreira).

O forte do samba é a melodia envolvente e a força do refrão. Bom samba da Mocidade. NOTA DO SAMBA 9,2 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

5B - EM CIMA DA HORA - Este samba de Baianinho é muito fraco. Nem se compara com o seguinte que ele faria para o carnaval de 1973. De melodia praticamente reta, o samba da Em Cima da Hora de 1972 é puxado pelo refrão quase que inexpressivo "Êêê Bahia/Bahia de São Salvador". É o pior samba do ano, o primo-pobre de uma safra tão qualificada. NOTA DO SAMBA: 7,5 (Mestre Maciel).

Baianinho, autor-puxador, de tão empolgado na gravação do samba, soltou o caco "ê Bahia" antes da hora. O samba é bom de boca vazia, mas mesmo assim vivo cantando. NOTA DO SAMBA: 8,9 (Luiz Carlos Rosa).

Me agrada, mas não muito. Um samba que não se compara aos desse ano e à história da ECDH. O refrão principal é bem legal. A primeira parte é média. O refrão é ótimo também. Aí volta ao refrão principal. A segunda parte é média e microscópica. O outro refrão é médio também. Baianinho, nesse ano, não foi muito feliz, mas também não fez um samba inescutável. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Vitor Ferreira).

Acho um samba um tanto quanto enjoado, chato, coisa rara em se tratando de enredos sobre a Bahia. A única parte mais qualificada é o refrão do meio (da Festa da Ribeira). O resto nao tem muita força. NOTA DO SAMBA: 9 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

6B - MANGUEIRA - Maravilha de samba! A Mangueira apareceu, em 1972, com um samba de melodia bem variada e de excelente qualidade. Os dois refrões são de intenso agrado, sobretudo o central "Para a alegria geral/Esse é o nosso carnaval...", cuja melodia é parecida com aquela música que toca em eventos internacionais realizados no Rio de Janeiro (como no desfile da própria Mangueira que marcou o encerramento dos Jogos Pan-Americanos de 2003 e na etapa da Copa do Mundo de Ginástica realizada em 2004 no Riocentro). Para mim, é um dos melhores sambas-enredo da história da Mangueira, porém pouco lembrado pelos bambas. NOTA DO SAMBA: 10 (Mestre Maciel).

Um samba pouco comentado e esquecido por muita gente. De letra simplória e melodia atraente, a Manga tem sambas melhores do que este. NOTA DO SAMBA: 9,1 (Luiz Carlos Rosa).

Um bom samba da Mangueira. A primeira parte é boa, como todo o resto. O refrão central é bem legal, mas os dois primeiros versos têm um ritmo semelhante à marchinha, mas, por mais incrível que pareça, não é marcheado. A segunda parte é a melhor do samba. O refrão principal me agrada muito, a segunda melhor parte do samba. Um dos melhores sambas-enredo da história da Mangueira. NOTA DO SAMBA: 9,8 (Vitor Ferreira).

Um dos grandes sambas mangueirenses da decada de 70. Letra e melodia contagiantes, um refrão muito feliz, daqueles que não paro de cantarolar. Pode nao ser dos mais lembrados, mas é um excelente samba da Manga. NOTA DO SAMBA 10 (Eduardo). Clique aqui para ver a letra do samba

Voltar à seção Comentários