Hoje, domingo, dia 6 de fevereiro de 2010, iremos para mais uma curiosidade:

Curiosidades CH 2011 – 2


Outra vez as bochechas do Quico?

O episódio da vez é o Seu Madruga o Fotógrafo, parte 2.
Alguns consideram esse episódio como perdido, mas isso já são outros 500...
Depois de o Chaves atrapalhar o Seu Madruga de bater a foto do Quico e o Quico gritar "cale-se! Cale-se! Cale-se! Você me deixa louco":

Chaves – Tá bom, mas não se irrite!
Seu Madruga – "Tá bom, mas não se irrite"! Pois então não fique atrapalhando! Eu preciso pegar a luz.
Chaves – O senhor quer pegar a luz?
Seu Madruga – Claro que sim!


Chaves olha para a "luz".

Chaves olha para cima e vai na casa do Seu Madruga pegar uma cadeira.


O bochechudo coloca as suas bochechas na frente da câmera.

Enquanto isso o Quico coloca as suas bochechas na frente do foco.


Chaves tapa o foco com o que todo mudo tem atrás.

O Chaves volta com a cadeira, sobe bem na frente do foco e o Seu Madruga pensa que são as bochechas do Quico novamente.


Chaves tira a lâmpada do teto do pátio da vila.

O Chaves mostra a lâmpada para o Seu Madruga, que disse que queria pegar a luz.
Ou seja, o Chaves pensa que o Seu Madruga queria pegar a lâmpada.
Foi uma adaptação forçada, eu ainda não vi esse episódio em espanhol mas a resposta para essa curiosidade é porque lâmpada em espanhol se diz "foco". O que o Seu Madruga queria era pegar o foco, mas o Chaves se engana de "foco" e pega a lâmpada.
E a propósito, esse é mais um episódio que tem teto no pátio da vila.
Vamos para o 27º aniversário do Mestre Maciel.

O Estranho e Misterioso Caso da Sumida que Sumiu

Marco Felgueiras como Mestre Maciel
Eduardo Gouveia como Valette Negro
Juan Ortega como pança loca
Pópis-Iara

1º Bloco:

E num lindo dia 6 de fevereiro, Mestre Maciel acorda:

Mestre Maciel – UÁÁÁÁ!! Nham... nham... ah que domingo lindo, maravilhoso! Nada como acordar cedinho às quinze horas para começar bem o dia!

Focaliza o relógio na parede marcando 3 horas.

Mestre Maciel – E antes que eu me esqueça, tenho que dar bom dia pra Manoela do Monte, minha miniestátua de pedra-sabão, presente de aniversário antecipado que o meu amigo Andy comprou com o dinheiro que ele ia pagar o domínio do Portal Chaves (renovou o domínio colocando na conta do Motodoido CH...) já que ele não vai poder vir na minha festa porque mora a quilômetros de distância da minha casa.

Mestre Maciel volta até a cama e começa a puxar a coberta.

Mestre Maciel – Bom dia minha musa e...

Não está na cama. Nisso surge o Valette Negro na janela.

Mestre Maciel – Ué! Cadê?
Valette Negro – Ué! Cadê?

Mestre Maciel olha pra tela com cara de chimpanzé reumático.

Mestre Maciel – Eu deixei ela aqui!

Fala olhando pro Valette, como se esse fosse suspeito.

Valette Negro – Ela quem?
Mestre Maciel – O meu presente do Andy.
Valette Negro – E o que era?
Mestre Maciel – A Manoela do Monte, você não a viu?
Valette Negro – Sim.
Mestre Maciel – ONDE? ONDE ESTÁ? ONDE VOCÊ A VIU?
Valette Negro – Na tevelisão.

Mestre Maciel olha outra vez pra tela com cara de chimpanzé reumático. Valette Negro pula a janela.

Mestre Maciel – ESTOU FALANDO DA BONECA!!!
Valette Negro – À direita ou esquerda?

Pergunta apontando para cada pulso de seu braço.

Mestre Maciel – Eu disse boneca e não munheca! Falo da miniestátua da Manu que o Andy importou de um país estrangeiro de origem internacional e me mandou por encomenda pelo correio na opção mais barata que ele encontrou, levando só 60 dias pra chegar. Eu sempre a coloco perto do travesseiro.
Valette Negro – Aaahhh...
Mestre Maciel – Aaahhh...
Valette Negro – Porque você está vestido de Papai Noel?
Mestre Maciel – Como? Tá louco é? Isso é um pijama, a não ser porque ele vem com um gorro de dormir.
Valette Negro – Não, você está com a roupa de Papai Noel, olha lá no espelho.
Mestre Maciel – Acho que nem vai adiantar porque eu ainda não pus os óculos, mas claro que não é, vou até apertar o pijama para sentir o tecido e... NOSSA! Estou mesmo vestido de papai noel!!! Eu me equivoquei-me! Estou vestindo a roupa da empresa que me contratou para ser Papai Noel do Shopping no ano passado. Então se eu estou com a roupa da empresa, o que eu usei no trabalho no Shopping?

A tela exibe o Mestre Maciel do gorro as botas.

Mestre Maciel – Então foi por isso que as crianças riram de mim quando me via? Nenhuma delas quiseram tirar foto comigo. Lembro que no final do dia o patrão me avisou que no dia seguinte eu seria substituído, mas nunca entendi por que...

Valette Negro faz uma cara de impressionado.

Mestre Maciel – Mas que culpa eu tenho se não era permitido usar óculos no expediente? Falando nisso, pegue os óculos para mim para evitar surpresas futuras.
Valette Negro – Onde você deixou?
Mestre Maciel – Em cima do armário.
Valette Negro – Hahahahahahahahahaha!!!
Mestre Maciel – O que foi?
Valette Negro – É que deve ficar muito engraçado ele de óculos, hahahahahaha!!!
Mestre Maciel – Ele quem?
Valette Negro – O Romário, que você disse.
Mestre Maciel – Eu disse armário! A-R-M-A-R-I-L!

Pópis-Iara entra no quarto do Mestre.

Pópis-Iara – Escuta, não é assim que se escreve armário.
Mestre Maciel – É, está faltando um H no começo. Mas o que esse burro vai entender?

Pópis-Iara fica com os olhos arregalados.

Valette Negro – Aqui no armário não está, tem é uma caixa de encomenda.
Mestre Maciel – Ah sim, a caixa que veio a minha Manu. Então onde será que eu deixei os óculos?
Pópis-Iara – Impressão minha ou cheguei cedo demais para a festa?
Mestre Maciel – Sim, ainda não terminaram de arrumar.
Pópis-Iara – E o que falta pra terminar?
Mestre Maciel – Começar.
Pópis-Iara – Ah...

E novamente com os olhos arregalados.

Pópis-Iara – Então posso ajudar a encher as bolas?

Mestre Maciel faz uma cara de espanto.

Pópis-Iara – Me refiro as bexigas de enfeitar as festas.

Mestre Maciel fica aliviado.

Mestre Maciel – Ah sim, como não, como não. Se não me engano eu coloquei as bexigas dentro da caixa de encomenda que veio a minha boneca.
Pópis-Iara – Hahahahahaha! Hahahahaha! Hihihihirronrronrron! Um menino brincando de bonequinha! Vamos brincar de casinha? Hahahahahaha!
Mestre Maciel – Se não fosse menina eu brincava de quebrar a carinha.
Pópis-Iara – Hahahahahaaaaaaaa...

Fica séria.

Mestre Maciel – Eu falo de um miniestátua da Manoela do Monte, que veio naquela caixa. As bexigas estão lá dentro.
Pópis-Iara – Ah bom. Não... aqui só tem chicletes de hortelã. E são chicletes de jogadores do Chapolin.
Mestre Maciel – Ah sim, mas não é Chapolin, é Colorado!
Pópis-Iara – Dá no mesmo.
Mestre Maciel – Ai... então as bexigas devem estar na estante da sala, porque não vai lá procurar?
Pópis-Iara – Boa idéia!

Quando a Pópis-Iara ia saindo, o Mestre observa algo em Valette e ela pára para ouvir.

Mestre Maciel – Valette, porque você está com um pé descalço?
Valette Negro – Ah é que eu vou levar o meu sapato no sapateiro, que, aliás, eu deixei do lado de fora da janela. Vou lá pegar antes que passe algum roubão.
Mestre Maciel – E posso saber por que vai levar o seu sapato a um sapateiro?

Enquanto o Mestre faz a pergunta o Valette pega o seu sapato pela janela.

Valette Negro – É porque fizeram o pé direito ao contrário.
Mestre Maciel – Ao contrário?
Valette Negro – Sim, fizeram o sapato do pé direito virado para o pé esquerdo e o do pé esquerdo vice-versa.

Focaliza o Valette Negro com o pé esquerdo calçado com o sapato ao contrário. Destaque na cara de chimpanzé reumático de Mestre Maciel.

Pópis-Iara – Não fizeram o sapato ao contrário, fizeram ao contrário foram os seus pés.

Mestre Maciel faz mais uma cara de chimpanzé reumático.

Mestre Maciel – Escuta Valette, porque você não faz uma coisa: porque não coloca este sapato no seu pé direito?
Valette Negro – Porque eu não tenho o pé direito.
Mestre Maciel – Você não tem o pé direito?
Valette Negro – Não, não, os dois são bem tortinhos, olha.

Maciel faz outra cara de chimpanzé reumático.

Mestre Maciel – E isso é tudo o que tem o seu sapato?
Valette Negro – Não, esse sapato também me aperta muito.
Mestre Maciel – Que número você calça?
Valette Negro – Bom eu calço o 41, mas teria que comprar o 45.
Mestre Maciel – E por quê?
Valette Negro – Porque o 41 me aperta.

E mais uma cara de Maciel faz o Mestre chimpanzé... perdão (nesse momento ele faz mais uma cara de chimpanzé reumático)... eu quis dizer mais uma cara de chimpanzé faz o Mestre Maciel.

Valette Negro – Aliás, ele me aperta tanto que eu sinto como se tivesse uma pedrinha dentro do sapato.
Mestre Maciel – Se você me permite, deixa eu dar uma olhada no seu sapato.

O Mestre Maciel olha dentro do sapato do Valette.

Mestre Maciel – Você disse que sente como se tivesse uma pedrinha dentro?
Valette Negro – Acho que sim.

Valette Negro – Nossa!
Pópis-Iara – Achou a pedra?
Valette Negro – VOCÊ FEZ DE PROPÓSITO!
Pópis-Iara – Vou contar pra minha mãe que você gritou comigo!
Mestre Maciel – Tá, tá, tá, tá, tá; Pópis-Iara, você não ia ajudar a encher os balões?
Pópis-Iara – Ah sim, já vou.

E sai de cena.

Valette Negro – Mestre me dá um chiclete do Chapolin... digo... Colorado?
Mestre Maciel – Ah não Vallete, é que nessa caixa só tem 590 e eu estou colecionando todas as figurinhas.
Valette Negro – Mas eu não quero as figurinhas, quero só os chiclé.
Mestre Maciel – Menos! Pois eu gosto de separar as figurinhas e colá-las no álbum enquanto estou mascando os chicletes.  Mas voltando ao assunto, se os meus óculos não estão no armário, onde será que eu coloquei?
Valette Negro – Aahhh!
Mestre Maciel – Não, aí eu não coloquei.
Valette Negro – Aaahhh!
Mestre Maciel – Não, aí eu já olhei.
Valette Negro – Aahh!
Mestre Maciel – Aí eu jamais colocaria!
Valette Negro – Aaaahh!
Mestre Maciel – Sim, aí sim!

Mestre Maciel faz uma cara de confuso.

Mestre Maciel – Onde você iria dizer que eu coloquei?
Valette Negro – Se você não colocou ao lado da cama como eu sempre faço.
Mestre Maciel – Não, não, mesmo porque não tem mesinha do lado.
Valette Negro – Aaahhh...
Mestre Maciel – Lembrei!
Valette Negro – Onde colocou?
Mestre Maciel – De certa forma coloquei do lado da cama, mas colocado nos olhos da Manoela do Monte que continua desparecida.
Valette Negro – Agora são dois.
Mestre Maciel – E se ela foi sequestrada por algum gremista que não gosta de mim só porque eu apenas xingo todos eles quando vejo um na rua e faço a festa quando dá Inter e Grêmio é derrotado????

Mestre Maciel vai até a cômoda e liga o seu celular.

Mestre Maciel – Pronto, agora só aguardar os sequestradores ligarem para negociarem o resgate.

Valette Negro tem uma idéia.

Valette Negro – Hihihihóhóhóhóhó!

Fica com uma cara diabólica.

Valette Negro – Dá licença de eu ir ao banheiro?
Mestre Maciel – Vai, enquanto eu fico aguardando os sequestradores.

Valette Negro sai de cena (já era tempo).

Valette Negro – Eu ouvi heim!

Digo... digo... Valette Negro sai de cena por alguns minutos.

Mestre Maciel – Será que eles vão demorar a ligar?
Celular – Na tela da TV no meio desse povo!! A gente vai se ver n... [PLIN].
Mestre Maciel – Marco Felgueiras Mestre Maciel chavesmaníaco, boa tarde em que posso servi-lo?
Sequestrador – Você não me serve nem pra tapete. Eu sou o sequestrador e estou com os seus óculos, mano!
Mestre Maciel – Os óculos não me importa, o que eu quero é a minha boneca... digo... miniestátua importada da Manu, modelada na Inglaterra!!!
Sequestrador – Ah sim, estou com isso também mermão e se quiser ela de volta, com os óculos de brinde, terá que pagar o resgate, mano!
Mestre Maciel – Eu pago! Eu pago! Coloco na conta do Motodoido CH se possível for.
Sequestrador – Coloque na janela do banheiro, pelo lado de fora, 10 chicletes que eu libero a sua boneca, mermão!
Mestre Maciel – É pra já! Não vai embora!

O Mestre Maciel joga o celular no chão, perto do sapato do Valette que ficou no chão, e pega mais de 20 chicletes da caixa de encomenda. Ele pula a janela sem usar as mãos. Volta pela janela e atende o sapato do Valette.

Mestre Maciel – Pronto, voltei! O resgate já está feito! Agora me devolva a... alô! Alô! Alô! Responda!!!

Entra o Valette mascando vários chicletes.

Mestre Maciel – Que bom que você voltou do banheiro, que aliás eu tive que colocar o resgate pelo lado de fora por o banheiro estar ocupado e... ei, onde você arrumou tantos chicletes?

Valette Negro – Eu me efquefi.
Mestre Maciel – Nossa e essas figurinhas?
Valette NegroVão figurinhaf do Infernafionauf, quer? Fó torfo pro flamenco.
Mestre Maciel – Obrigado, mas todas essas figurinhas eu já tenho no álbum. Por que você não troca com algum torcedor do Inter que tenha figurinhas do Flamengo?
Valette NegroBowa idéia, volf faver ifo.
Mestre Maciel – Valette, você poderia cuspir o chiclete?
Valette NegroFim.

Tira o chiclete da boca.

Valette Negro – CUSP!

Coloca o chiclete da boca.

Mestre Maciel – Eu quis dizer se você não poderia jogar o chiclete fora. Pode?
Valette Negro – Ah fim.

Tira o chiclete da boca, finge que joga perto da cama e esconde atrás.

Mestre Maciel – Não no chão não, seu porquinho! Onde foi parar o chiclete?
Valette Negro – Não sei, deve ter caído no corredor.

E cola o chiclete na cômoda.

Mestre Maciel – Bem, isso a gente vê depois. Mas como eu ia dizendo, o sequestrador desligou o telefone depois de eu pagar o resgate.
Valette Negro – Mas o telefone está ligado ainda.
Mestre Maciel – Como você sabe?
Valette Negro – Porque estou vendo a luz dele ligada aqui no chão...

[PLUN]

Valette Negro – Estava ligado, acabou de acabar a bateria.
Mestre Maciel – Ué, como o meu celular está aí se eu estou com ele aqui?

O Mestre Maciel percebe que estava falando no sapato do Valette.

Mestre Maciel – Então o mau-cheiro que eu estava sentindo era...?

O Valette Negro fica olhando reto pro Mestre.
[BU! CABOF!]
Agora fica olhando pra baixo, aparece o Mestre Maciel caído no chão.

2º Bloco:

Aparece o pança loca passando pano no corredor.

pança loca – O que aconteceu com o Maciel?
Valette Negro – Ele se enganou de celular.

pança loca fica meio confuso.

Valette Negro – Eu não sabia que você estava aqui.
pança loca – É que eu cheguei cedo demais também e estou ajudando na organização da festa, mas primeiro estou limpando a casa para a festa. Já que a mãe do Maciel está ocupada com o bolo, os sanduiches de presunto e os chocolates quentes.
Valette Negro – Me empresta este balde para acordar o Mestre.
pança loca – Tá, mas tenha cuidado. Não vá molhaAAAAAAAAA!!!

[TCHUAAAAAA]

Mestre Maciel – Cof! Cof! Cof! Glub!
pança loca – Mas Olha isso! OLHA ISSO!
Valette Negro – Mas é que eu queria acordar o Mestre.
pança loca – “Mas é que eu queria acordar o Mestre”. ME DÁ ISSO AQ...

Toma o balde do Valette, que ainda tinha a metade da água, mas acerta a Pópis-Iara, que estava voltando ao quarto.

Pópis-Iara – Olha, eu já terminei de ench...

[TCHUAAAAAA]

Pópis-Iara – Olha o que você fez com o meu vestido que eu ia estreias na festa!!!!!

pança loca fica com cara de arrasado.

Pópis-Iara – Mas eu vou contar tudo pra minha mãe, viu! Ah eu vou contar!!!

Pópis-Iara sai de cena.

pança loca – Bem, vou ter que pegar mais água para passar o pano. Com licença.
Mestre Maciel – E eu vou passar um telegrama, já volto.
Valette Negro – Mas os correios abrem no domingo?
Mestre Maciel – E VOCÊ CALE-SE! Com licença.

Ia saindo do quarto, mas volta para pegar um jornal e sai com ele dobrado.

pança loca – Valette, se não for pedir demais, evite passar pelo corredor agora para não sujá-lo.
Valette Negro – Ah, mas eu nem penso em sair agora, não sem antes achar o meu sapato. Onde ele foi parar?
pança loca – E eu sei lá.

Começa a procurar pelo quarto, abre uma gaveta, levanta uma caixa no chão, levanta uma cadeira, levanta o pança loca.

pança loca – Ei, ei, ei, ei, que isso?
Valette Negro – Me enganei, eu ia levantar o cabide ao lado.

Pança loca olha irritado para a tela.
Por sua vez o Valette levanta o vaso de porcelana que estava na cômoda e procura dentro do vaso.

pança loca – Ei, tome cuidado com esse vaso. Ele me custou um dinheirão.

E toma o vaso das mãos do Valette.

Valette Negro – E como você sabe?
pança loca – Ora, porque fui eu quem comprou. Esse foi o presente que eu dei ontem à noite ao Mestre Maciel.
Valette Negro – De qualquer forma eu não ia quebrar, estava só olhando dentro dele para ver se o meu sapato não está aí.

E pega o vaso para olhar.

Valette Negro – É, não está.
pança loca – Melhor eu colocar esse vaso em outro lugar antes que algum idiota vá destruir num instante. Dá ele aqui.
Valette Negro – Não.
pança loca – E porque não?
Valette Negro – Porque você acabou de dizer que um idiota pode destruir num instante.
pança loca – O QUE DISSE?
Valette Negro – Er... que eu vou dar para você guardar em outro lugar.

O Valette Negro vai até o pança loca, mas olhando para todos os lados para ver se achava o seu sapato. Entre uma virada e outra, o Valette Negro passa direto pelo pança loca a caminho da cômoda, que não entende nada, e entrega o vaso ao quadro que está na parede entre a porta e o guarda-roupa.

Valette Negro – Toma.

[CRIC]
pança-loca coloca suas mãos na cabeça, com os olhos bastante arregalados. Já o Valette faz uma cara de que fez coisa errada.

pança loca – E o que eu estava falando a respeito dos idiotas, Valette?
Valette Negro – Pois... pois...
pança loca – “Pois... pois...”. VIU O QUE VOCÊ FEZ? O QUE EU ACABEI DE DIZER?
Valette Negro – Pois... pois...
pança loca – “Pois... pois...”. CALADO! Eu vou pegar uma vassoura seca e uma pá!
Valette Negro – Eu ajudo a recolher os cacos.
pança loca – NÃO! FIQUE ONDE ESTÁ! E AI DE VOCÊ SE PASSAR POR ESTE CORREDOR!

E sai de cena.

Valette Negro – Mas eu não ia passar mesmo, primeiro eu tenho que achar o meu sapato!

E continua procurando quando ele cansa, e apoia a sua mão direita na cômoda (exatamente onde está o chiclete que ele colou).
Ele começa a fazer força para soltar o chiclete e começa a derrubar as coisas que estavam na cômoda, inclusive o vidro de perfume e o espelhinho de parede que estavam em cima.

pança loca – Que barulho foi esse... AAHHH!!! MAS O QUE ESTÁ FAZENDO??? VOCÊ VAI DESTRUIR O QUARTO DO MACIEL!!!
Valette Negro – É que eu fui me apoiar na cômoda para descansar, e não vi que lá estava o chiclete que eu coloquei e agora secou.
pança loca – COM MIL DEMÔNIOS!

Pópis-Iara está de volta.

Pópis-Iara – Valette, o seu sapato parou no final do corredor, aqui está e... o que está acontecendo aqui?
pança loca – Pergunta pro seu amiguinho!
Pópis-Iara – O que você fez, Valette?
Valette Negro – É que eu colei a mão no chiclete que deixei na cômoda e agora secou.
pança loca – Viu só, Pópis? E ainda destruiu quase tudo no quarto do Maciel.

E o Valette continuava fazendo força para tentar desgrudar a sua mão da cômoda.

pança loca – Não, fique quieto. Deixa que a gente resolve. Pópis, eu seguro a cômoda e você vai empurrando o Valette para trás até a mão dele se soltar, tudo bem?
Pópis-Iara – Tá.

O pança loca fica segurando à cômoda enquanto a Pópis-Iara vai empurrando o Valette para trás.

pança loca – Muito bem: é um! É dois! E é três!

A Pópis-Iara consegue soltar a mão do Valette da cômoda, que vira em cima do pança loca, que bate a cabeça no roupeiro e desmaia.

Pópis-Iara – Valette!!!! A cômoda tá esmagando o pança loca!!!
Valette Negro – Nossa é mesmo! Vamos tirá-lo.
Pópis-Iara – Olha, um levanta a cômoda e o outro puxa o pança loca.
Valette Negro – Tá!

Os dois seguram à cômoda, depois seguram o pança loca, voltam a segurar à cômoda, voltam a segurar o pança loca, voltam a segurar à cômoda, finge que vão segurar o pança loca e voltam a segurar à cômoda. Essa última cena se repete por mais cinco vezes.

Pópis-Iara – Taaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaá! Você levanta à cômoda e eu puxo o pança loca!
Valette Negro – Sim.

Os dois seguram à cômoda...
Pópis-Iara dá um sorriso amarelo para disfarçar e segura o pança-loca.

Pópis-Iara – Você levanta que eu vou puxar ele, mas tenha cuidado para ela não cair em cima de você também.

Valette Negro – Ah não, só se eu fosse burro.

pança loca acorda do desmaio e faz cara de irritado para a tela.

Pópis-Iara consegue tirar o pança-loca debaixo, mas o Valette Negro estava segurando uma das mãos na cômoda em uma das bolinhas de abrir a gaveta, que se solta e vai parar na porta do quarto. Mas a cômoda volta a ficar em pé.
Mestre Maciel está de volta.

Mestre Macielque não vê a bolinha da gaveta no chão, claro, por está sem os óculos, pisa nela – Que barulheira foi essa que... OOOO... [CABOF] ... AAAAHHHHH [POF] [PUF] [CABAM]

Foi parar no roupeiro e o resto na figura do botão abaixo.

Todos – NOSSA!

3º Bloco:

Mestre Maciel – Uuuiii... aaaaiiii...
Pópis-Iara – Doi alguma coisa, Mestre?
Mestre Maciel – O cabelo...
pança loca – O cabelo?
Mestre Maciel – O cabelo é a única coisa que não doi. Uuuiii...
Valette Negro – O impacto foi tanto que a cara dele está mais vermelha que o Seu Madruga apanhando da Dona Florinda.

Mestre Maciel faz uma cara de chimpanzé reumático, seguido de rosno.

Mestre Maciel – Grrrrr... aaaaaaiiiii!
pança loca – Peraí, embora tenha sido muito rápido, eu lembro que quando o Maciel entrou a cara dele já estava vermelha.
Mestre Maciel – Bem, eu estava fazendo a barba, passei o creme de barbear e a cara começou a arder em alguns minutos, eu pensei que era porque estava sangrando mais do que o normal... Meu Deus!
Pópis-Iara – O que foi?
Mestre Maciel – É que agora que eu me lembrei de que a espuma do creme de barbear ficou pronta muito mais rápida do que sempre ficava.
pança loca – O que isso tem a ver?
Mestre Maciel – É que só a pasta de dente faria espuma em 15 segundos.
pança loca – Ah, isso explica porque sua cara ficou vermelha.
Valette Negro – Então não me diga que você escovou os dente com...
Mestre Maciel – Pshii, pshii, pshii! Deixa quieto.

Valette Negro fica confuso.

Mestre Maciel – Tenho que achar logo esses óculos, e claro, a minha Manu.
Pópis-Iara – Então quando você está sem os óculos você costuma trocar as coisas?
Mestre Maciel – Algumas vezes sim.
Valette Negro – Sempre!
Mestre Maciel – E VOCÊ CALA A BOCA!

Claro que com mais uma cara de chimpanzé reumático.

Mestre Maciel – Mas porque você quer saber, Pópis? Por acaso você acha que eu confundi a Manu com alguma outra coisa?
pança loca – Elementar Maciel, você pode ter mexido nela pela última vez quando você estava sem os óculos.
Pópis-Iara – Sim, e você costuma tirar os óculos quando está na cama, mas acordado usando o seu notebook?
Mestre Maciel – Sim, mas eu não confundi a Manu com o Notebook.
pança loca – Você tomou ou comeu alguma coisa enquanto estava no MSN?
Mestre Maciel – Isso sim, eu peguei a vasilha de sorvete napolitano na geladeira, pois estava um calor desgraçado, e trouxe para a cama enquanto esperava o Andy responder no MSN (ele sempre demora a responder quando sai um pouco do PC e vai para o notebook dele...), mas depois eu voltei lá para guardar.
Pópis-Iara – Por acaso é essa vasilha com um líquido colorido aqui debaixo da colcha?
Mestre Maciel – Ué o sorvete está aqui? Quer dizer, o que já foi um sorvete... se o sorvete está aqui então o que eu levei ontem para a...
Mãe do Mestre – Marco, o que faz essa estátua no congelador?
Mestre Maciel – MANU! ENTÃO VOCÊ NÃO FOI SEQUESTRADA!
Mãe do Mestre – Bem, eu tenho que voltar a fazer os preparativos, alguém pode me ajudar a enrolar os brigadeiros?
Pópis-Iara – Eu ajudo, já que a “boneca” foi encontrada.
Mestre Maciel – Nossa, os meus óculos estão congelados, mas dá pra ver melhor do que sem eles.
Valette Negro – Você ama muito mesmo essa estátua, hein.
Mestre Maciel – Sim e ela foi feita por um escultor inglês.
pança loca – Escultor inglês?
Mestre Maciel – Sim. A estátua é inglesa.
pança loca – Deixe-me ver... você falou que é inglesa?
Mestre Maciel – Isso.
pança loca – Porque aqui diz “Made in Bahia”.
Mestre Maciel – Er... esses ingleses tem mania de falsificar os produtos da Bahia.
Valette Negro – Bem, vou levar o meu sapato ao sapateiro e não demoro.
Mestre Maciel – Ao contrário, demore bastante.
Valette Negro – O que será que ele quis dizer?

Valette Negro sai pela janela.

Mestre Maciel – Bem, eu vou trocar de roupa.
pança loca – Vai em frente, eu vou passar pano no salão para começar a fazer a decoração.

Pança loca sai de cena.
O Mestre Maciel fecha a porta do quarto e tira o seu “pijama”, estando usando por dentro a roupa da festa de hoje.

Mãe do Mestre – Filho, eu posso abrir a porta?
Mestre Maciel – Pode mamãe, eu já troquei de roupa.
Mãe do Mestre – Tem mais uma coisa que eu gostaria de perguntar.
Mestre Maciel – Pois pergunte!
Mãe do Mestre – Lembra que ontem eu fui dormir e deixei o seu pai vendo televisão na sala?
Mestre Maciel – Sim, mamãe!
Mãe do Mestre – E lembra que eu disse que sempre que fosse à cozinha, que passasse na sala para ver se ele estava ainda acordado e que se caso ele cochilasse, era para você levar ele pra cama?
Mestre Maciel – E eu levei! Logo depois de levar o lixo pra fora!
Mãe do Mestre – Certo! Então, onde está o seu pai?

Mestre Maciel – Nossa!

Feliz aniversário Mestre e continue com sua dedicação as séries CH e a nós chavesmaníacos!!!

Junte-se a nós!

Naturalmente o Mestre Maciel só deverá ler isso a noite, "portonto", durma bem e... só durma!!!
Até a próxima edição

andy.henriques@gmail.com